Bem-vindo ao Blog do Caminho das Folhas.

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

curtas e soltas natalinas

Neste período as pessoas mal lêem... mas tem gente me cobrando e aí vão umas dicas e lembranças soltas pra encaixarem nas frestas do seu dia a dia natalino...
Outro dia fui plantar umas folhas no matinho do alto da rua e descobri jurubeba nascendo, como contei. Até já fiz floral com as flores! Pois bem, descobri que uma árvore de folha totalmente diferente, a erva-prata, tem a flor igual... Ligeiramente menor, ou nem isso, já que diferentes jurubebas têm flores ligeiramente distintas. E de fato, comprovei que é uma solanácea como a jurubeba (e a batata branca, e, e, e...) Porém nem toda solanácea tem aquele modelo de flor- costumam isso sim ser bem vistosas. Sim, inclusive a batata.. que eu me recuso a chamar de inglesa já que é andina. Dizem que em rodelas batata cicatriza e ajuda em queimaduras... dizem que folha de eucalipto também... mas tem coisa melhor...
Água sanitária! sim senhor... depois da água fria como primeiro socorro, água sanitária esguichada direto onde queimou. Se chegar a empolar, empola pouco. Bem.. se puder ajudar com uma acupunturazinha auricular ainda é melhor, passa em minutos. Sem a acupunturazinha, mais do que nunca, vale a água sanitária.
E sempre bom lembrar. Pra qualquer mordida de inseto que fique coçando depois do inseto morto e dia seguinte ainda coça, SAL! O que eu uso em casa é o dito "marinho"; mas sal tipo Cisne também dá jeito. Só não vá esfregar sal grosso porque tem quinas agudas...
E falando nisso, banho de sal grosso nunca vai na cabeça, nem é ideal tomar puro, sempre com alguma erva junto. Retire a erva antes de introduzir o sal na vasilha e deixe-a de adubo num vaso ou num jardim, direto na terra pra lhe dar força e a você. Não jogue fora num saco plástico. E boas festas!

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

ventanias

Me pediram para falar um pouco de Iansã, cuja festa é 4 de dezembro, dia de Santa Bárbara, e ainda não o fiz neste espaço.
Orixás são vibrações, ligadas a forças da natureza. A vibração de Iansã (Ya Mesan Orun em ioruba: Senhora dos Nove Céus) está no vento, nos raios, na chuva também, principalmente no seu movimento. Portanto está na água, como as outras Mães, embora não nos rios. Iansã - o termo é um qualificativo de Oyá- vibra na verdade nos quatro elementos pois também está na Terra em sua persona mais sisuda, a Iansã que não tem medo de eguns.
Por conta desta característica é o único orixá que permanece durante a Quaresma quando os demais, na visão da Umbanda, estão em seu descanso na Aruanda. Permanece, mas não se bate normalmente para ela durante o período, e se deve evitar pedir-lhe graças nesse momento. Na realidade poucos são os filhos dela que resistem a lhe pedir uma proteçãozinha quaresmeira...
Algumas de suas folhas são a mutamba pacificadora, trazida da Angola, a folha de abacate, que baixa a pressão; por aí se vê que Oyá não é um orixá colérico (quem tem pressão alta via de regra é) e que não ter medo não significa ser agressivo. A dormideira, Mimosa pudica, é outra ainda entre muitas, e dela se faz na linha de Minas um floral para trazer coragem a quem dela carece.
Sedutora e apaixonada nos mitos, transmite algo disto às filhas que costumam dar muito valor à fidelidade mútua quando vivem um relacionamento. Quando se vêem solteiras, prezam a diversidade... Afinal o vento muda de direção e entra em qualquer lugar.
Que os filhos de Iansã, e os que não são, possam se unir para pedir-lhe que leve o excesso das chuvas que assolou Santa Catarina para irrigar a caatinga e o sertão. Ventou, mas que ventania...

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

ex fumo lucem

Este é o lema gravado no prédio antigo da companha de gás. E na vida também acontece que das sombras nasça luz.
Neste espaço falei da jurubeba que se foi numa ventania. E também do animal que partiu. Pois visitando a cova onde o sepultei, para plantar fortunas e alpínias, percebi que de uma semana para a outra DUAS jurubebas floriram no matinho (do qual também falei aqui) e ganharam imensas folhas novas onde certamente havia só brotos pouco reconhecíveis no conjunto das copas baixas, onde agora se destacam.
Vou poder voltar a preparar floral de jurubeba, e muito melhor do que o anterior já que estes pés não estão na rua...
Uns quatro ou cinco anos atrás tive dois sonhos que anotei. Num o gato que se foi era o que recusava ser apanhado no colo com os outros, preferia ficar sentado no gelo. No outro após um grande obstáculo uma mudinha brotava para mim bem no meio da folha. Era uma folha longa: uma espada de são jorge, pensei na época.Não conhecia ainda maricá. Que eu saiba é a única planta que dá brotos assim, saindo do meio da folha.
Agora além do maricá que nasce aqui perto ganhei duas lindas vizinhas de flores amarelas. A fortuna, que citei acima, também muito curiosa, é aquela que brota a partir das bordas da folha e em pouco tempo só com uma folhinha deixada no chão se tem uma touceira. É prima do saião e entra no lugar dele para qualquer coisa.
E nesse dia 4 de dezembro peço que os ventos sejam clementes com maricás, mutambas e jurubebas, e com tudo aquilo pelo que temos carinho.

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

luto programado

Foi assim que alguém definiu o ter animais domésticos em casa, e sem dúvida há um aspecto de verdade na definição. Como a maioria das definições contundentes, é simplificadora ao excesso.
Sem dúvida, você só não vai sofrer com a partida de um animal querido se você, justamente, não lhe quisesse bem. Mas isso afinal faz parte da vida.
Existindo oportunidade na sua vida de adotar um ou mais animais e cuidar bem deles, adote. Morrerão, um dia, não há outra opção. Mas você pode fazer que a vida deles seja boa enquanto dure e aprender inúmeras coisas, inclusive sobre você, junto a eles.
O argumento das criancinhas com fome é muito usado por quem também nunca faz nada pelas criancinhas com fome. Pessoalmente não vejo em quê o ser humano mereça automaticamente mais consideração do que os bichos; me parece haver um tanto de arrogância nessa postura.
Ajude as criancinhas e os adultos também, à vontade, e não esqueça de cuidar de você também; mas não seja esse o motivo que lhe impeça de adotar um ou vários amigos.
Nem o saber que vai perdê-los um dia. A morte faz parte de tudo, inclusive a sua: programe-se pra ter quem cuide dos seus amigos peludos e a sua passagem se der antes da deles. E cães e gatos são amigos, mas são cães e gatos, não são gente peluda: metade das coisas vendidas em loja para bichos (como o "presente de Natal": uma cesta embrulhada em celofane com alguns badulaques, tudo a preço de ouro) são besteiras monumentais e dispensáveis.
Por fim, perdendo um animal mas tendo outros em casa, não esqueça de dar florais contra a saudade excessiva para os que ficaram; tomá-lo tambem; e repor a perda rapidamente se o sobrevivente ficou sozinho. A vida segue!

domingo, 16 de novembro de 2008

jongando a vida- saravá Umbanda sempre

Essa postagem tem dois objetivos. Um, recomendar um lindo evento (bom, foi lindo ano passado), o II Jongá na Caixa Cultural da Rio Branco. Não gente, não é o Jongo da Serrinha mais uma vez (e nada contra eles). Quem puder, vá ver. É de graça ainda por cima... Muito enriquecedor, mesmo. E cheiroso... perfumado de folhas. Ewe´!
O outro, enfim corrigir publicamente uma afronta feita à Umbanda e na mesma tacada explicar por que, além de motivo de agenda, não irei este ano.
No domingo de Páscoa de 99, ao fim de gira festiva especial para saudar a volta dos Pretos Velhos ocorreu um fato muito sério cujo autor segue endeusado por aí nas Lapas e rodas da vida; tendo-o avistado com a habitual corte ao redor no primeiro evento, não irei ao segundo, já que tenho por princípio levantar-me de mesa onde ele sente, e ele sabe por quê.
Muitos já sabem também. Nessa ocasião, desrespeitando à Casa de Umbanda que o acolhia, à data sagrada para tantos, aos Pretos e Orixás que regressavam, à amizade que segundo ele tinha por um então casal, aos atabaques que é indigno de tocar e que naquele instante tamborilava, e aos seus cabelos brancos, este senhor entregou a uma filha-de-branco, que era eu, um livro pra abrir em casa contendo uma carta em que se declarava de forma que não tivera hombridade para fazer em circunstância menos escabrosa.
Esta figura, que estava na platéia sendo adulado, até onde sei não organiza o Jongá. Não é motivo pra alguém deixar de ir- menos eu. E se organizasse, também não significaria que os seus erros fossem passar para a sua arte. Mas para mim, ela é oca e soa falso. Como um atabaque rachado.
Não perdôo a ofensa contra mim, até porque nunca me foi pedido perdão. As ofensas contra o terreiro, os santos e os tambores não sou eu que tenho de perdoar, nem contra a Umbanda, que neste momento cumpre cem anos oficiais. A confluência destas duas datas é um bom momento para enfim publicar um desagravo que se não venho a fazer neste grande momento, calando-me, faria de mim uma cúmplice. Salve os cem anos, Saravá, Umbanda. Salve as folhas que estavam no terreiro e que viram a cena. Ewé assá, as folhas dão jeito.

sábado, 8 de novembro de 2008

mostarda, alho, amamentação e acupuntura

A maioria das mulheres brasileiras amamenta hoje, apesar da campanha violenta de décadas passadas para implantar leite em pó. Todavia, na cabeça de algumas as dúvidas permanecem, principalmente quando existe influência de quem se programou para não conseguir.
Nessa hora a insegurança pode se manifestar na mãe em forma de mastite, aquela inflamação dos seios. Ao contrário de algumas lendas, pus NÃO passa pro leite e o melhor remédio é mesmo dar de mamar à vontade.. da criança.
Acupuntura é um grande remédio também, e permite tratar junto o lado psicológico da mãe. Recentemente precisei tratar uma jovem mãe com recidiva de mastite em ambos seios, só que ela estava noutra cidade...
Aplicadas nos pontos de acupuntura que vinham ao caso, as sementes de mostarda, coladas em esparadrapo de arroz artesanalmente pelo pai do neném que vem a ser meu filho, ou vice-versa, curaram a mastite em horas via internet... Taí uma aplicação útil da tecnologia... usamos skype, chat e o que mais deu numa ligação horrível (ou imagem, ruim, ou som, ruim...) mas que acabou dando resultado. Mesmo tendo durado quase duas horas. Foi a consulta mais cansativa que já realizei e a que mais me realizou... a mastite não voltou, a neném está enorme.
Há pontos reflexos dos seios até no rosto. Em compensação, o ponto do mamilo não se usa nem para aplicar semente, só se trabalha a energia ali.
Comer mostarda em pasta porém, como qualquer alimento muito picante, pode não ser ideal quando se amamenta, já que o neném tende a rejeitar leite com sabores fortes. Alho particularmente pode produzir cólicas. Melhor deixar o pãozinho de alho pra quando a criança estiver desmamada já... e disso não se tenha pressa..

terça-feira, 28 de outubro de 2008

tempo tempo tempo

Lua Preta. Bem, vocês podem chamar de Nova. Pra mim, Nova é só amanhã, quando nasce a primeira lua da fase. A fase que termina hoje terça é propícia a limpezas de todo tipo.
Não adianta ir contra o tempo, bom é usá-lo a seu favor, sabendo que um dia ele te devorará de todos os modos, como sabemos que convém. Ou não? Aqui no Rio por exemplo o tempo não estava maduro para o candidato verde, com ou sem trocadilho ao gosto do freguês. Valeu a tentativa. Mas muita gente estava votando não pelas idéias e sim contra Fulano ou Sicrano. Nunca vi eleitorado tão heteróclito.
As fases da Lua são um bom marcador. Algumas agendas trazem impressas as fases, que não correspondem ao que vemos no céu. Muitos de nós consideramos que Crescente é enquanto cresce, e que apos o plenilúnio começa a míngua, e nos programamos em conseqüência disso.
Idealmente, é bom evitar acupuntura no dia do plenilúnio e da Lua Preta, nos quatro dias anuais de solstícios e equinócios e, nos dizem, durante terremotos, embora não cogito quem fosse querer uma sessão de agulhas durante um terremoto. Creio que é um caso em que a prática se antepõe à teoria.
A representação da Lua e o Sol juntos, em determinada posição é o caracter chinês ming, brilho. Noutra posição é o caracter yi, mutação. Este é o significado do yi/i do I Ching, Livro Sagrado (ou Tratado) da Mutação.
Os ciclos destes astros regem nossos dias, nossos meses e anos mas ainda há outros ciclos, estelares, que permitem definir horários melhores ou menos ruins para as diferentes atividades. Esse é um ramo da astrologia chinesa que nada tem a ver com mapa astral; na verdade é geminada ao Feng Shui tradicional e pode ser aplicada de modo universal independente de quem nasceu quando.
O segundo turno da eleição caiu num dia por esse cálculo favorável a plantios e plantas; pode ser uma bênção oculta a não eleição do candidato verde, posto que ia sobrar muito pouco para elas no andar da carruagem que se estava vendo. Que elas possam preencher as nossas falhas e abençoar nossos acertos.

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

programa de índio

Ainda falando das "ewe" e nesse tempo de eleições municipais, mais do que nunca.preocupa a situação do chamado campinho de futebol de Laranjeiras, no sopé do Dona Marta. Na verdade é uma matinha e um pomar, cujo acesso se faz pelo campinho de futebol. Ao redor já há vegetação. Lixo de todo tipo desce a encosta na chuva e resíduos recicláveis de lanches que poderiam ter sido consumidos noutro local aumentam a bagunça. Ao perceber a imundície, anos atrás, liguei pra companhia de limpeza urbana que declarou ter vistoriado e encontrado o campo limpo. De fato os metros quadrados onde os garotos jogam são livres de entulho. A parte com vegetação já foge do âmbito da Comlurb. Avisei a associação de moradores que jamais se interessou pelo assunto. Tentei um órgão do Estado e informaram não ser ali.
Acabei divulgando nos grupos de discussão de que então participava uma tarde de limpeza num domingo a que dei o nome de Programa de Índio já que afinal os primeiros moradores dessas terras não depredavam como a civilização" depreda e destrói. A única pessoa que se dispôs a vir teve em cima da hora uma gravação, e sozinha retirei dois sacos e meio (dos grandes, pretos) de lixo reciclável em estados variados de preservação. Ficou limpo!
Diversas pessoas vieram elogiar (ajudar, é ruim..) mas o real e imediato resultado foi que dias depois um muro de tijolos se erguia entre as aroeiras e sabiás (árvores). É que a área tinha dono, mas como vim a saber era non aedificandi mesmo assim. Acabei descobrindo o órgão certo para denúncia, e ao mesmo tempo os jardineiros do município- que sabiam a quem recorrer, e fazem um trabalho primoroso no pomar por eles plantado-denunciaram também, e a obra foi sustada, o dono, presumivelmente, multado pelo corte de 4 sabiás, e uma placa do órgão colocada. Entre o começo do muro e a ordem da Prefeitura, os jardineiros disseram que outros donos tinham andado medindo, com medo de perder o terreno. Ou seja, tudo sujo, tudo bem!
A área voltou a ficar imunda e agora recolho quando por lá vou só o que cabe nas mãos. O que desanimou foi o corte da aroeira velha e os despachos que ficam lá, com toalhas de náilon, vidro e outros materiais que a terra não absorve e ainda por cima são combustíveis, numa cidade que conhece também períodos muito secos.
Que o futuro prefeito olhe pela educação ambiental acima de tudo, em todo lugar. Que os moradores de encostas e morros separem o seu lixo e o levem para baixo, nas áreas em que o gari não sobe. Que as pessoas que tenham despachos a oferecer dêem preferência a materiais que a terra come, ou os venham recolher dias depois.
E que jamais, em hipótese alguma deixem velas ardendo na mata. Vamos acender uma vela bem longe dos troncos e das copas, das delicadas ervas medicinais, para que os céus iluminem ao futuro prefeito e aos cariocas todos.

terça-feira, 7 de outubro de 2008

ko si ewe...

Quebrando a minha norma de não comentar política, fiquei feliz, como umbandista, de ver eliminado o candidato da intolerância religiosa. Congratulo-me com o candomblé e os cardecistas, todos nós demonizados conjuntamente sob o rótulo de "espíritas", e com todas as demais correntes que não sejam a do candidato em questão, e sejam a favor da paz e da pluralidade religiosa.
Fiquei feliz também de poder votar com um mínimo de convicção no partido que usa a cor da folha por bandeira. A convicção é plena no que tange à folha... a minha dúvida quem a inspira sempre são os políticos, verdes ou azuis.
Não creio no mérito de um voto umbandista e mais uma vez tomando de arrepio bandeiras levantadas por aí, candidatos que têm por plataforma apenas se dizerem umbandistas inspiram-me pouca confiança. Se querem ser prefeitos e governadores, como haveriam de governar para um setor apenas? E desde quando professar alguma, qualquer, religião é automaticamente prova de honestidade e ética?
Espero que no governo ou fora dele, as Marinas Silva e os políticos que se valem da cor da folha façam o que todo umbandista deveria estar fazendo: cuidando da folha, propagando-a, conhecendo-a, aprendendo com ela, usando com moderação e respeito. Por mais carnívoro que você seja, o boi comeu folha. Sem ela não há vida. Ninguém come pré-sal nem quartzo liquido.
Sem folha não há água, sem água não há folha. Parem de construir piscinas. Ponham hortas e canteiros dentro. Como diz o ditado ioruba, ko si ewe, ko si orixa; ko si ewe ko si omi, orixa ko si.

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

flores, florais, pássaros e outros bichos

Sangue-de-adão. Se você conhece a planta, provavelmente conhece por esse nome. Flores vermelhas quase sempre.. bem, às vezes são brancas... É uma sálvia, Salvia splendens, Salvia ignea, mas essa não se costuma comer (há muitas variedades de sálvia). E também não é a que dá barato... Com essa esplêndida sálvia se faz uma essência floral na linha de Minas. Na verdade com qualquer flor praticamente dá para fazer algum floral.
Não conheço o floral feito com a flor do camarão, mas não duvido que exista- há inúmeras linhas de florais, e só no Brasil há muitas. Qualquer um pode, seguindo condições básicas de luz, higiene e vibração que é o pulo-do-gato.
"Camarão" pra quem não está lembrando é aquela flor em forma de camarão, vermelha também e outras vezes amarelinha, cor até mais comum no Rio. O que as duas flores têm em comum é que atraem beija-flor. Em Belo Horizonte uns anos atrás plantaram um jardim público pensando nesses cuitelinhos. Só plantas que os atraem e plantas que possam florir em diferentes épocas para ele nunca ficar sem... Não sei a quantas ele anda, quem souber me conte.
Porém tudo que atrai, atrai o lado ruim também. Plantas de atração tendem a chamar muito parasita. O parasita de ambas é o mesmo, aquele bichinho branco com uma mancha escura, parecendo feito de pasta de dentes. Tendem a grudar na própria flor assim que começa a querer brotar. Lave com água ou limpe um por um com a mão.
Bem, joaninha come tudo e preserva a planta... Com algum cuidado os camarões pelo menos se firmam (atraem caramujo, mas esses são mais fáceis de ver e tirar).
E a vantagem é imensa: néctar natural pros beija-flores.
Se você usa garrafinhas, não use nem açúcar nem mel nelas. Já quase todos sabem disso. Ainda assim, poucos sabem que o certo (em termos de garrafinhas) é arrancar TODAS as flores e pétalas, deixando a garrafinha "no osso"; a pressão vai manter a água lá dentro (provavelmente porque há vários furos simétricos). Se você não toma esse cuidado, pode estar oferecendo um veneno letal aos pássaros: aquele lodo negro que se cria facilmente. Por isso melhor lavar e renovar todo dia.
Dá trabalho? tou dizendo... Plante camarão e sangue-de-adão! Ou ponha uma vasilha de ágate ou vidro com água na sacada pra servir de pisicna e bebedouro... Também tem de lavar e renovar todo dia... você conhece algo que valha a pena e não dê trabalho?

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

requiem por uma jurubeba

Pra mim dia da árvore é todo dia; por acaso soube que coincidia com a caminhada pela tolerância religiosa, no dia também dedicado à paz. Pra mim, a idéia de paz também é todo dia e dia 21 é o equinócio chegando.
Onde é que a jurubeba entra nisso?
Bem... no começo eram duas, a jurubeba e a mutamba. Não fui eu que plantei, foi um maravilhoso jardineiro, João Severino, que trabalha no bairro e que por livre e espontânea vontade arborizou quase toda a rua. Eu com uns tempos de bairro notei, e notei também que eram regularmente (de)predadas. Seu João também havia notado. Até avisei nas listas virtuais de que então participava, para chamar uma corrente positiva sobre elas.
Não havia dúvida de que estas duas árvores, importantes aos cultos de influência africana (mutamba é inclusive um nome banto) vinham sendo perseguidas por algum vândalo intolerante. Vandalismo simples quebraria galhos indiscriminadamente por toda a rua. O outro foco do ódio do(s) vândalo(s) é o canteiro da sinagoga. Precisa dizer mais?
Cheguei a pensar num umbandista predador, que los hay... colhendo com brutalidade e sem discernimento (e achando que mesmo assim o banho de folhas lhe faria bem). O volume dos estragos e o caso da sinagoga me convenceram que se tratava realmente de perseguição fanática.
Comecei a cuidá-las, não me peçam detalhes... e as adotei assim que soube do programa da Prefeitura, às vezes criticado por dizerem que desta forma o governo empurra as responsabilidades pro público. Bem, também não foi o governo que as plantou, foi seu João... Nem estou trabalhando pela Prefeitura, trabalho pelas folhas; e pronto. Seu João também adotou várias das que plantou, suas filhas se tornaram suas afilhadas...
Os estragos diminuiram e as árvores cresceram, já com os cuidados e mais com a adoção. Parece que gostaram! Cresceram ao ponto de eu não mais poder retirar galhinhos secos ou parasitas com a mão... agora quem limpa é a chuva.
Há dois anos um carro roubado bateu de frente na jurubeba que se quebrou, e com os nossos cuidados rebrotou. Deve ter ficado porém fragilizada. Por volta do equinócio anterior, há seis meses, comecei a organizar um evento comemorativo de cantos de Umbanda que de fato ocorreu em julho, no Museu Militar em São Cristóvão. Foram necessários ensaios e antes, uma reunião aqui em casa. Nessa noite choveu muito e ventou. Dia seguinte a jurubeba estava quebrada tão rente que até seu João não reclamou quando a limpeza urbana "removeu", como deram pra chamar o corte.
Parques & Jardins prometeu "plantar outra muda da mesma espécie no local". Tomara. Mas fiquei chocada com o acontecido e com a coincidência temporal (sem trocadilho). Até parece o mito de Iansã com Ossãe... mutamba é folha dela, jurubeba é folha dele... E como fica quem carrega energia dos dois?
Trabalho com sinais, não profissionalmente, espiritualmente. É tema do livro Sinais de Vida. Outro dia recebi uma enxurrada de sinais que só fui entender no dia seguinte, quando a repórter ao telefone comentou que domingo era dia da árvore...
Nunca participei de caminhadas pela paz e não penso ir nessa. Trabalho pela tolerância religiosa todos os dias. Para a passeata do dia 21, a minha participação já está definida: estou homenageando a jurubeba, que se tornou amiga e me permitiu até elaborar florais dois anos seguidos;através dela todas as folhas do mundo inteiro; e através das folhas todos os cultos do mundo inteiro que respeitem à natureza e aos demais cultos. Harmonia e luz.

terça-feira, 16 de setembro de 2008

semeando com o vento

Quem não dispõe de quintal, mas tem uns palminhos de varanda, sacada, laje ou mesmo peitoril de janela pode criar algum tipo de jardim urbano por limitado que seja...
Isso nunca foi novidade. Tem gente com boa mão para, em espaços minúsculos, criar manjericão e outras ervas da panela. Não tenho essa sorte (e lembre, as revistas de jardinagem trabalham com fotos lindas que nem sempre representam a realidade... Os vasinhos estão na foto mas eu não freqüentei a casa pra saber se vingaram...)
Tem erva que não gosta de sacada, exige o contato com o chão e não raro com a própria terra. O tempo, grande professor, lhe dirá quais são.
Mas não despreze aquilo que o vento traz. Procure identificar o que brota espontâneamente ao redor da sua muda de gerânio ou buganvílea. Aproveite para aprender com as folhas, que elas lhe ensinarão muito mais do que botânica. Você poderá ganhar lindos presentes assim; e mesmo uma ervinha mais humilde que não chega a dar flor e que você chama de mato pode vir a ser uma erva forte e útil que cura resfriados, febres, ou aftas... Ou ainda, uma folha que depois você vai procurar no erveiro da esquina!
Não ferva a folha fresca ao preparar os chás; é o bastante para algumas ervas secarem no pé e nunca mais nascerem para você. Sementes e galhinhos secos podem se submeter à fervura, mas de um modo geral prefira a infusão à decocção...
Isso vale pras ervas frescas compradas no erveiro ou no hortifruti; você não quer que sequem os pés de onde vieram, quer?! Respeite as folhas, respire o vento, aproveite a hora e aprenda sempre que puder!

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

na ponta da língua

Recentemente, relendo Rubens Fonseca me deparei com a expressão com o coração tremendo na ponta da língua.
Me impressionou porque justamente a língua é para a medicina chinesa considerada um "broto" do coração.
A cada um dos cinco órgãos principais, como lembrei anteriormente, corresponde uma parte da cabeça... e a língua corresponde ao coração, o que pode explicar por que treme, por exemplo, quando estamos ansiosos ou transtornados.
Em certas condições (adversas) pode mesmo inchar levemente, o bastante para que as laterais fiquem tropeçando nos dentes e até sendo mordidas sem querer... Língua gretada é má alimentação, fazendo ou não 3 refeições ao dia. Equilibre o excesso ou deficiência do que for.
A língua, como tantas partes do corpo, é um pequeno mapa holográfico do organismo. Tais áreas são reflexos de tais vísceras (órgãos ocos). Raiva ou medo podem fazer se desprender um leve sabor amargo ou salgado. O centro corresponde, como sempre na filosofia chinesa, que tão bem reflete o nosso organismo, à Terra, ou seja, ao estômago.
Por fim, a posição que a língua deve adotar até mantê-la durante o sono, é a da criança que mama. Ou seja, a pontinha no céu da boca, quas encostando nos dentes mas sem encostar.
A famosa posição de ioga. Ou yoga. Você decide, nessa eu não entro.

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

colorindo a saúde

Cromoterapia e medicina chinesa (um conjunto muito abrangente que inclui de medicina para a casa, ou seja Feng Shui, ao Chi Kung e T´ai Ch´i Chüan) dão valores diferentes às cores; existem bons livros e profissionais de cromoterapia, e é melhor deixar esse capítulo com eles.
No feng-shui, por exemplo, nunca se vai usar uma lâmpada de cor verde, porque isto sedaria a energia vital! (o profissional de cromo, por sua vez, usa brevemente a luzinha verde, e sabe onde e por que usar a cor).
E, ainda no feng-shui, usa-se o vermelho, cor normalmente associada à raiva, para sedar brigas e não, naturalmente, para fomentá-las. Não é o caso de sair a esmo acendendo luzes coloridas pela casa, já que é preciso saber ONDE colocá-las e por quantos meses.
A leitura de cores do Feng Shui e da medicina chinesa atribui uma cor, que há muitíssimas gerações alguém canalizou, a cada um dos cinco Elementos (como se sabe, a cada um destes corresponde um órgão, uma víscera, uma parte da cabeça, uma emoção, uma qualidade positiva, um defeito... uuufa!)
Sou- como, é de se presumir, todos os que trabalham na área- suficientemente imbuída dessa filosofia para ao ver um par de objetos iguais, um vermelho e outro azul, associar o vermelho ao masculino e o azul ao feminino, porque em vez de pensar rosa- menina e azul- menino penso yang-vermelho e yin-azul.
A pessoa que está iniciando o estudo de Feng Shui normalmente atribui um valor excessivo às cores na decoração (é diferente do caso das luzes). Todos começamos achando que a vida mudaria se pintássemos as paredes de amarelo ou de lilás. Pintar tem a sua importância, traz boa energia e bom aspecto... se ainda por cima a cor combinar com o que aquela construção necessita, melhor... mas não jogue fora as almofadas coloridas e lembre-se que mais do que a tonalidade, o que estará trabalhando por você ou contra você são os materiais, o uso do cômodo, e inúmeros outros aspectos que nada têm a ver com a cor.

domingo, 17 de agosto de 2008

lançamento de livro- dia 27 quarta 19 horas

O poema abaixo é um dos que selecionei para Eu comi a Lua, meu segundo livro publicado, a ser lançado dia 27 na Mem de Sá 126. Quem gosta de poesia se alegre, e quem não gosta também pois no gênero será por muito tempo filho único. Não sei qual será o terceiro porque depende das editoras... mas será um dos que estão na lista de espera e nenhum destes é poesia!!
Rio sem Ressaca é a parte mais concreta que resta de um projeto suspenso no tempo e que já é inclusive oportuno reativar uma hora dessas... O Projeto Noites Claras, que visa oferecer aos que gostam da noite mas por algum motivo não querem beber álcool um ponto de lazer noturno em que as pessoas possam conversar, ler ou ouvir música (ou tocar ... ou...ou...)
Não se destina apenas aos abstêmios; eu nem sou abstêmia, apenas não bebo, jamais, cerveja. E no mais... com vocês...

...rio sem ressaca
cansei de ver naufragar
sonhos, promessas, bandeiras
cansei de ver colarinhos
enforcar palavra inteira
cansei de ver esperanças descer o ralo da noite
bater o carro na esquina
estrebuchar na sarjeta
e de ver no arco-íris nódoas velhas de cerveja
cansei do engarrafamento
na porta dos botequins
quero um rio sem ressaca
quero caber no seu riso
rio de frente pro mar
quero rir no paraíso.

sábado, 9 de agosto de 2008

peças afro-brasileiras apreendidas- cadê?

Quando descobri onde estavam as peças apreendidas pela polícia no tempo em que era proibido o exercício dos batuques, telefonei para o Museu da Polícia Civil e perguntei se podiam ser visitadas; responderam que sim. Não era bem assim, o rapaz não estaria de má fé mas estava desinformado. Um senhor muito simpático, educado e culto me mostrou duas mesas enceradas e pouco mais, explicando que era necessário, para ver a coleção do meu interesse, escrever carta justificando pesquisa. Embora esclarecendo que discordava de tal princípio escrevi e não obtive resposta alguma. Dois ou três meses depois voltei por lá e outro senhor gentil e simpático abriu a carta, e mostrou-me então inúmeras peças fascinantes como bolas de cristal e mapas de leitura de mão, apreendidos pela mesma época... mas não a coleção de atabaques e outros objetos ligados aos cultos de matriz africana.
Desde então ouço as mais variadas desculpas. Como disse, não concordo que apenas pesquisadores tenham acesso às peças. E vai ficando claro que estes pesquisadores não podem ser umbandistas, devem ser jornalistas ou antropólogos. Por quê?
Existe, sei, uma corrente na Umbanda que deseja retirar as peças de lá para formar um museu. Não creio que a solução seja ideal, e não estou sozinha nisso. Pois por um lado, as peças são do tempo dos batuques; pertencem portanto a todos os que se reconhecem em alguma religião de matriz africana - ainda que com outras raízes mais, como a Umbanda, que as tem entre as culturas indígenas e européias também.
Por outro lado, pertencem a todos os brasileiros. Estão mais a salvo de agressões -como as que vimos há poucos meses- no espaço neutro do Museu da Polícia; a violência que levou à apreensão faz parte de nossa História. Ninguém acha que a última Polé (forca) usada no país deva ficar na casa dos descendentes do último condenado. Está no Museu Histórico Nacional, e ali está muito bem.
É certo que ao contrário da Polé, as peças pertenciam aos que as fabricaram, e acima destes às Vibrações. Mas os terreiros ou bruxos, como dizia João do Rio, de quem foram tomadas não existem mais. A apreensão faz indissociavelmente parte de sua história e o fato pertence a todos nós.
Visitando o Museu da Polícia nota-se que o imóvel, belíssimo, está em mau estado por falta de dinheiro. O Governo pouco tem ajudado, parece. Vale uma sugestão: cobrem um preço simbólico de entrada, para manutenção do patrimônio ali guardado, e franqueiem esta entrada a todos.
Não é justo impedir o acesso a um Mais Velho, como sucedeu ao que me acompanhou, porque não é antropólogo. Não é justo manter a população longe de sua História- todas as tendências que formam a população.
Não é concebível que tendo sido penalizados uma vez, com a apreensão das peças e as humilhações impostas a quem as portavam, os que formam o mundo afro-brasileiro continuem sendo punidos. Pela transparência: harmonia e luz.

terça-feira, 29 de julho de 2008

é tudo garganta

No pescoço estão situados importantes pontos de acupuntura chamados Janela do Céu. (Se você se arrepia ao associar acupuntura e garganta saiba que raramente se espetam com agulha. Normalmente são regulados com sementes ou mini-esferas de aço aplicadas com adesivo. E qualquer ponto, esteja onde esteja, antes de mais nada é uma boca mandando recados. Alguns jamais se espetariam, como os do mamilo!)
Cada mestre antigo tem uma lista de cinco que varia tanto como variam as listas dos chacras principais- você pode ter notado que o Manipura "viaja" para cima e para baixo dependendo da fonte. Isso porque assim como há mais chacras do que os sete que perfazem a boa conta, há mais pontos importantes do que os cinco que perfazem a conta dos Cinco Elementos.
Pontos "Janela do Céu" harmonizam cabeça e corpo e desbloqueiam o que está engasgado, na matéria e metaforicamente.
Falando em engasgar, não pigarreie nunca. Essa dica é dada por fonoaudiologistas, para quem o pigarro é uma agressão das grandes às cordas vocais. Engula saliva em vez disso! Observe que a posição da glote é a mesma no começo do movimento. Além de evitar o pigarro, você hidrata as cordas, obrigando a trabalhar a musculatura.
E como andamos falando de reflexologia, para algumas escolas o pescoço representa os intestinos. Da próxima vez que estiver com prisão de ventre não vá comprar laxantes, hidrate-se bem e massageie!

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Umbanda canta no Museu - Projeto Ventania

2008 é o ano do centenário oficial da Umbanda.
Na quinta-feira dia 24 de julho às 19 horas o Projeto Ventania, festejando a data, levará cantos da mais conhecida das religiões nascidas no Brasil ao Museu Militar Conde de Linhares, em São Cristóvão.
O evento, aberto a todos, é gratuito e começa rigorosamente às 19 horas.
O telefone do Museu é 2589 9734, e o endereço é avenida Pedro II 383 (fica próximo à Quinta e mais ainda ao Museu do Primeiro Reinado).
Vamos mostrar alguns de nossos pontos mais bonitos, e a Linha do Oriente estará também representada. Venha cantar conosco.
Saravá Umbanda, paz, harmonia e luz.

segunda-feira, 14 de julho de 2008

estudo de um caso II- da helioterapia em gatos

Gatos gostam de calor e de sol; quanto mais velhos mais precisam dos raios solares que ajudam a mantê-los em forma. Em terras frias é comum vê-los sentados sobre toalhas postas a secar nos radiadores. Mas nada vale algumas horas de sol por semana, para felinos e humanos; tanto que em latitudes muito frias dão óleo de fígado de bacalhau pra crianças nos meses sem sol (hoje em forma de cápsulas).
Quando não chove, o meu gato exige passar uma ou duas horas meditando na lateral do prédio, observando de longe o movimento da rua. A área comum do prédio sempre foi movimentada deste ponto de vista. Os gatos de outra moradora entravam e saíam a toda hora; um Doberman galopava todas as noites (sem focinheira) ao redor dele e os gatos da vizinhança visitam regularmente o perímetro.
No entanto, o ex-dono do Doberman, que morreu, cogita mover processo contra o condomínio por causa do banho de sol do meu gato.
Nessa hora recordou um parágrafo esquecido da convenção... Este prédio é tão rico em processos quanto em animais domésticos; já existem duas ações em andamento- contra um síndico que fugiu com o dinheiro do condomínio e contra a senhora que tinha os gatos e agora possui Pinschers que regularmente molham e sujam as portas alheias (menos a minha, por sinal).
A pergunta chave naturalmente seria por quê? Por que motivo determinado senhor que na audiência isentou de culpa esse mesmo gato "heliófilo" no caso das portas batizadas agora se volta contra a presença dele? Terá o gato se tornado agressivo?
Não, a agressão partiu da esposa desse distinto, como relatado na postagem anterior sobre os perigos de se ativar energias negativas com motores, objetos a pilha e afins. O marido partiu em cruzada contra quem discordou da mulher, e eu em cruzada contra a cruzada do marido.
Não permitam que convenções preconceituosas e antiquíssimas cerceiem o seu direito a cuidar de animais de estimação que sem você seriam mais um número na Suípa. Aqui, é verdade que a convenção autoriza a sua existência, proibindo a permanência em área comum, o que até agora nunca ninguém lembrou de invocar por questão de bom senso.
Excesso de legalismo é uma coisa muito perigosa. Quando impera o excesso de legalismo, os bons cidadãos denunciam, cheios de virtude, e os judeus, com demais indesejáveis, vão queimar em Auschwitz ou nas fogueiras da Inquisição. Se estas ainda vigorassem hoje não tenho dúvidas que meu bom vizinho já teria alertado o inquiridor.

domingo, 6 de julho de 2008

estudo de um caso I - escadas e escalas

Há muita confusão sobre o que seja Feng Shui inclusive na China, até porque durante a Revolução Cultural o estudo de artes taoístas foi proibido e hoje há mestres chineses de formação mista ou simplesmente intuitivos. O Feng Shui tradicional mesmo era destinado às sepulturas, (yin feng-shui); lá e cá hoje todos convêm que o planeta não comporta mais essa técnica que de todo tempo foi destinada a raríssimos privilegiados. O taoísmo hoje recomenda cremação.
Muitos crêem que pendurar badulaques tipo espelhos octogonais ou ideogramas seja feng-shui; não é bem assim. Uma das escolas mais eficientes de Feng Shui é a das Estrelas Voadoras.
Não são evidentemente as estrelas que saem voando, nem no céu nem muito menos na sua casa. O que se desloca segundo um determinado esquema, traduzido no céu por mudanças na aura de nove estrelas, é a energia. O famoso quadrado mágico, que nós conhecemos através de Pitágoras, apenas expressa esse "vôo".
Isso faz que Feng Shui bem aplicado seja uma coisa viva e mutante, como o mundo. As áreas regidas por tal ou tal energia sofrerão influências e mudanças ao longo dos ciclos. Pode-se favorecer ou reduzir essa influência segundo que está boa ou ruim. O que ativa as energias é o movimento.
A energia mais perigosa de todas corresponde a Terra negativa; durante 160 anos traz destruição para só durante outros 20 trazer dinheiro e fertilidade.
Moro num edifício construído durante a regência dessa estrela, o que acarreta a sua regência perene no centro do mesmo. Só foi bom na época da construção... Daí até um síndico estelionatário houve por aqui antes de eu chegar.
Contudo, não sendo área de permanência e sim de passagem, com boa vontade é possível ir levando. Até que...
Um síndico decidiu mandar lixar a escada. Lixa elétrica, movimento artificial, o mais contundente, durante dois dias inteiros. Não a melhor das idéias num condomínio pobre, talvez. Neste, com a tal regência no centro, ou seja na escada, detonou reações em cadeia, uma pior do que a outra.
Apontarei nas postagens seguintes, e sob outros aspectos, como fui afetada por isto. Começar do começo traz melhor visão do conjunto.
A horas tantas o síndico avisou que a poeirada (entrava pelas vedações de janelas e portas) havia acabado e que se poderia limpar a casa. Uma hora depois disso precisei sair e me deparo... com a lixa elétrica recém-ligada de novo, mandando poeira e barulho. Reclamei educadamente com o mestre de obras, Senhor! o senhor prometeu que havia terminado com isso!!
Ouvi então na escada um som estridente e agressivo: alguém repetia estou fazendo na MINHA casa!
Ora, se assim era, cabia fazer de portas fechadas - ou no mínimo avisar e desculpar-se previamente. E nem eram modos de falar. E isso declarei, e pedi à pessoa que se identificasse, até porque já havia identificado pela voz.
Exigi então mais respeito, inclusive porque sempre havia tratado cordialmente os membros da família. O diálogo se repetiu na íntegra, falas A e falas B, e um ano depois só cresceu se envenenou.
Como, é o que veremos proximamente..
E o senhor que mandou lixar a escada? está brigando com vários moradores e a atual administração, não quer pagar o condomínio do mês... Moral: cuidado! com movimento artificial!!!!!!

quarta-feira, 2 de julho de 2008

com a orelha em pé

Reflexos, falando do nosso corpo, são áreas distantes de um órgão ou mesmo de outra área em que estes se fazem sentir; através daqueles, estes podem ser tratados; por este prisma os pontos de acupuntura são reflexos, mas normalmente se usa o termo para pontos e pequenas áreas dos pés, das mãos, da cabeça e principalmente das orelhas.
Uma das mais eficazes, senão a mais eficaz de todas as técnicas de reflexoterapia é a auriculoterapia. A sua origem é polêmica (chinesa? européia? se for européia, por que motivo os europeus empregam termos chineses para os principais pontos?) e como toda técnica de reflexoterapia pode ser usada independentemente da acupuntura sistêmica- ou seja a clássica, que trabalha pernas, braços e tal.
Porém combinando as duas o resultado é fantástico!
Ouve-se muito que o pavilhão auricular representa um feto de cabeça pra baixo, ou um recém-nascido. Bem... é verdade contanto que você não vá exigir ver um desenho anatomicamente perfeito.
Mas não faria sentido que a orelha correspondesse ao corpo humano e fosse tudo espalhado, o reflexo do pé ao lado do reflexo do olho, faria?
E já que estamos falando de orelhas, é verídica a tradição popular segundo a qual os ouvidos zumbem quando falam da gente... a vox populi inclusive afirma que zumbe à esquerda quando falam mal e vice-versa... o que ainda não foi comprovado... pelo sim pelo não fiquemos de orelha em pé!

quinta-feira, 26 de junho de 2008

ser correto não é ridículo...

...rídiculo é agir errado. Alguém já disse décadas atrás que as guerras cessarão de uma hora para a outra se as pessoas forem convencidas que guerras são ridículas; o argumento de que não são boas faz muita gente dar de ombros, mas o medo do ridículo é preponderante...
Traduziram para o português um livro, Comendo pelo Planeta, ainda não li mas parece muito interessante. Carne, não adianta reclamar, você já sabe que faz mal pro mundo (até se no livro não constar...)
Enquanto isso o prefeito de Londres pedala para diminuir os engarrafamentos, e muitos londrinos já tinham aderido. Outras cidades da Europa se renderam ao que a Holanda já fazia há muito.. Mas aqui há lançamentos na Barra com vagas para quatro carros. Sem comentários.
E não é só na Europa: o governo indiano, preocupado com a escalada da junk food, a preponderância do cigarro e uma epidemia de doenças ligadas à má alimentação (diabetes, obesidade, problemas cardíacos..) selou um acordo com o mais badalado dos iogues indianos, Baba Ramdev.
Ele deverá treinar cem mil professores para levar as técnicas às aldeias, onde até agora é coisa isolada de tal ou tal indivíduo, sem que seja uma prática nem coletiva, como o Tai Chi nas praças chinesas, nem realmente disseminada.
Note-se que o ministro indiano da saúde e o guru eram adversários até ontem; uniram-se pelo denominador comum.
É um falso problema 0 brasileiro se digladiar sobre a pronúncia (ioga ou iôga?), mais interessante seria vermos academias populares financiadas pelo governo... em vez de pendurar todo patrocínio de evento público nas marcas de cerveja e refrigerante...

sábado, 14 de junho de 2008

guerra, paz e você

Um jovem inglês de 30 anos se dedica a plantar canteiros em áreas abandonadas. Chama isso de Guerrilla Gardening. Regularmente visita os locais para manutenção. Já teve problemas com a burocracia mas segue impávido.
Isso de trabalhar terra parada me lembra um ponto que Clementina cantava, Taratá. " ... de taratá, crioula, de taratá, em terra que não tem dono eu gosta de cavucá!"
Isso foi a parte "paz". O jardineiro rebelde tem consciência de estar fazendo a sua parte e sugere que todos sigam o exemplo.
A parte "guerra" é que segundo o WWF, o modelo seguido pelos 45% "de cima" da pirâmide social brasileira leva ao colapso. Se o país inteiro fosse aplicar, seriam necessárias três Terras. Disseram algo semelhante sobre a China na mesma semana: se cada chinês se pusesse a seguir, como possivelmente deseja, o modelo norte-americano, os recursos do planeta acabariam em meses.
Não se trata de entrar no estúpido jogo de empurra ele fez, eu também quero. Folheando qualquer suplemento dominical ou caderno feminino, folheando os semanários principais, apelos ao consumo e mais consumo de bens sem importância real alguma. Chamam a isso " crescimento", então tá.
Há décadas sou contra piscina particular, não entendo como ainda emitem alvarás para sua construção; há dois anos se falou de proibir as novas mas eis algo quer ainda não pegou. Quanto a proibir o uso das antigas... Segundo o estudo do WWF, 13% dos brasileiros ficam mais de 20 minutos com o chuveiro aberto a cada banho (imagina o desperdício no verão!) Cortando pela metade, o volume economizado daria para abastecer uma cidade de 3 milhões de habitantes, ainda segundo o WWF. O modelo de consumo não pode seguir sendo o do nosso vizinho do norte, e nem ele pode mantê-lo tampouco.
"Você precisa mesmo comprar aquele carro novo? para quê mudar todo ano de celular?" são perguntas que muita gente já se faz. Mas dá para ir além disso, antecipar os problemas e não apenas reagir a eles.
Enquanto isso a luz fica acesa dia e noite em diversos pontos da cidade e a Light considera "dentro do desperdício normal".

quinta-feira, 5 de junho de 2008

na palma da mão

Na palma da mão quiromantes e quirólogos (intuitivos os primeiros, os segundos estudaram) lêem passado e presente. A leitura de mão chinesa, baseada nos 5 elementos, já tem outra visão.
Mas na nossa mão além dos montes de Vênus, de Marte e tudo mais existem pontos de acupuntura e pontos de reflexologia também.
Muita gente já ouviu dizer que o pé tem áreas, os "reflexos", que correspondem a diferentes órgãos ou membros; a orelha também, o que gera a poderosa acupuntura auricular; e a mão também.
Além dos reflexos, os pontos de acupuntura da mão estão entre os mais usados em tratamentos. Nada menos do que seis dos doze meridianos começam ou terminam nos dedos, e muitos desses pontos tratam o mental, o emocional e até o astral além do físico.
Tem sido difundido pela rede uma antiga técnica chinesa para segurar AVC (derrame) que consiste em fazer sangrar a ponta dos dedos. Pode salvar a pessoa se o hospital estiver longe. Mesmo com a ambulância a caminho vale a pena, já que as seqüelas do derrame dependerão exatamente da presteza de reação. O que infelizmente a mensagem eletrônica esquece de dizer é que se trata de técnica tradicional de acupuntura e que o dedo a ser espetado primeiro é o médio.
No I Ching, ou oráculo da Mutação, a mão corresponde ao trigrama Montanha (imaginem a palma voltada para baixo) ao Filho mais Velho e a outras coisitas mais. Costumo sempre dizer que os trigramas não são pictogramas, não representam a imagem e sim a energia. Mas disso se falará noutro dia...

terça-feira, 27 de maio de 2008

do nome das rosas

Schinus terebenthifolius, e em português é tão suave o nome: aroeira.
Pois 24,6 de sementes foram ILEGALMENTE coletadas e apreendidas pelo Batalhão Florestal da PM no RJ. Deu no Globo de sábado.
Essa foi a parte que eles viram, pode ter havido mais. Tudo pra comer sob o nome de poivre rose. Os franceses amam! e brasileiros sem consciência também. Como se vê, nada tem de pimenta e na verdade não tem muito de rosada.
Os cultos afro-brasileiros normalmente se abstêm de colher as sementes porque representam vida; eis um exemplo a ser seguido.
Outro caso de pimenta só no nome é a "hortelã pimenta" como é conhecida no RJ, que nem é pimenta nem muito menos hortelã. Da família do (falso) boldo, o chamado tapete-de-oxalá, essa erva é medicinal mas pode ser consumida à mesa também. Pois é, o "boldo" é outro caso de nome errado...
mas há uma explicação: como no caso dos picões, chamam de "boldo" uma série de ervas com idêntica ação.
Uma das histórias mais fascinantes é bem recente e tem a ver com uma alpínea de raíz comestível. Alpíneas são aparentadas ao gengibre e em algumas qualidades, nem todas, a raíz pode servir de tempero.
Alpinea galanga chegou ao Brasil por vários caminhos, na rota dos restaurantes tailandeses e no bolso de um tailandês amigo de um amigo meu, e chamado, para os nossos imperfeitos ouvidos, algo como "Nome".
A galanga pegou que foi uma beleza e já está sendo comercializada em pequena escala pro lado de Minas com a poética apelação de erva-d0-nome!

domingo, 18 de maio de 2008

abrindo o olho

O nosso olho, que no I Ching corresponde ao fogo, à luz e ao Sol, à filha do meio e a muitas coisas mais, é tido com razão por ser a janela da alma, merecendo até a alusão de um excelente documentário nacional com esse nome...
Todos vêem o seu brilho quando estamos bem.
E quando não estamos tão bem?
Quando existe algum desconforto no olho podemos sempre começar por duas coisas muito simples. Uma, beber água, sem cloro pois o cloro ataca a Vesícula Biliar e a água limpa o organismo. A outra, alisar repetidas vezes a sobrancelha e a área correspondente abaixo do olho.
Porque esta área é rica em pontos de acupuntura. Vários canais de energia, ou "meridianos" como dizem os acupunturistas, passam ou mesmo iniciam nessa região.
Os três canais yang "do pé" começam aí, por exemplo. Um abaixo do olho, dois nos cantos. E um deles é o da Vesícula Biliar...
Para quem está chegando agora, os vasos de energia que percorrem a pele, e onde ficam os pontos, não encostam necessariamente na região do órgão ou víscera... existem vasos internos que vão lá; e abrangem uma área muito além do tamanho do órgão. Por isso o canal da Vesícula, começando no olho e acabando no pé, é um dos principais canais ligados à vista.
Se usam esses e outros pontos para coisas sérias e com tendência a crônicas, e para outras agudas e menos sérias como conjuntivites, por exemplo.
Mas outras coisas ótimas para conjuntivite são, uma: lavar toda hora com água da torneira mesmo; mais radical porém excelente, pingar uma ou duas gotas de limão de meia em meia hora: enquanto estiver ardendo muito, é que existe presença do vírus. Olho saudável recebe o limão como um tônico, pode tentar.
Se trincou os dentes só de pensar o que posso fazer? tou falando a verdade. Mas ainda sugiro ginástica ocular, sempre boa de se fazer um pouquinho algumas vezes por semana; em caso de conjuntivite faça do seu olho um atleta preparando maratona e pisque, gire a vista para todos os lados, pisque mais, muitas pequenas sessões de alguns minutos que o alívio progressivo se faz notar de imediato.
Tem mais uma coisa, conjuntivite representa o que não estamos querendo ver... uma cegueira psicológica.
Abra o olho!



quinta-feira, 8 de maio de 2008

argila: mantendo os pés na terra (e o resto)

Existem diversas argilas úteis para a saúde. Afinal de contas argila medicinal nada mais é do que terra seca e peneirada; todos já vimos garrafinhas de terra colorida, nem sempre "colorizada" artificialmente, e todos já ouvimos falar de locais onde banhos de lama trazem saúde, e no Brasil não são poucos.
Mas quem não vai aos banhos de lama, nem é argiloterapeuta, pode se beneficiar com argila em sua casa.
Qual comprar? existem até argilas importadas, em enormes potes plásticos. Tenho pinimba com ambas coisas. Para tratar cravos, espinhas, pequenos edemas ou hematomas, e até manifestações de herpes, a mais simples ainda é a melhor. Amarelada, é discreta na pele, podendo até ajudar a mascarar alguma coisa inestética como um hematoma. Poucos têm pele exatamente daquele tom - mas ninguém possui pele verde, certo? o pó amarelinho se funde melhor na pele morena, negra ou branca.
Barato e produzido no país, vem em dois saquinhos de plástico (para evitar vazamento..) , mais singelo impossível.
O ideal é imediatamente transvasar o pó para algum frasco de vidro vazio, como os de mel. O plástico, dizem especialistas, não faz bem à argila. Independente disso, imagine manipular durante meses dois saquinhos mal fechados contendo um pó finíssimo... imaginou? pois é.
Existe outra marca nacional, embalada de forma similar, cujo único defeito seria a cor verde. Se só encontrar essa, use sem susto, mas lembre de retirar bem os vestígios de pó antes de sair!

terça-feira, 29 de abril de 2008

olha o vento que balança a folha

Hoje não estou com a menor vontade de postar dicas de saúde pra ninguém...rsrs..
Hoje quero falar de uma folha, a conhecida guiné.
Repleta de curiosidades, a começar pelo nome. Ou pelos nomes.
O nome "guiné" sugere que veio da África. Ora, Pithiveria alliacea é nativa do continente e até na Amazônia se acha. Certamente mais um dos inúmeros malabarismos dos portugueses, que levaram goiaba até a Índia e trouxeram de lá a manga, pra não mencionar tudo que foi e veio entre Brasil e a Costa africana.
Gente, a batata branca andina não tem quem chame de "batata inglesa"? então.
E o alliacea? é que as raízes têm odor de alho, mesmo. Por isso, no tempo do cativeiro, não raro a cozinheira ia "temperando" os senhores com raíz ralada misturada à comida. Diz que deixa calmo, indiferente a princípio, com o tempo é tóxico e envenena. Bom, se os herdeiros da fazenda fossem piores ainda, mais guiné neles!
Daí outro nome, hoje pouco usado, "amansa-senhor".
A folha da guiné é diurética, embora haja outras folhas com a mesma ação hoje preferidas a ela. Ninguém sabe de onde vem o -pipiu de "guiné-pipiu", como também é chamada; alguns dizem "guiné pipi" e afirmam não ser outro o motivo. Há controvérsias...
Muitos cultos afro-brasileiros a usam em banhos ou defumadores. A variedade guiné de caboclo, mais escuro, dizem que é mais "forte". E existe inclusive uma linha de entidades que levam Guiné no nome.
Olha o vento que balança a folha, ô Guiné, olha a folha como balança!

domingo, 20 de abril de 2008

soltinhas

No meio de um feriadão e só para não perder a prática, aquelas dicas soltas que nunca se encaixam ou sempre são esquecidas....
Consta que a única marca honesta de chá gelado é a Lipton´s. Li no livro do cara que criou a campanha publicitária (mais uma vez foi inevitável citar o nome da empresa- agora, se aqui produzem direitinho ou fazem trapaça não sei). Seguinte: essa marca fabrica um imenso saquinho de chá e mergulha n´água quente! as demais usam processos químicos para obter o mesmo sabor.
Me pergunto como será feito o nosso querido Matte Leão? mais do que nunca, é melhor prepará-lo em casa mesmo...
Ainda a dengue:
- ouço que citronela exposta ao sol queima a pele. Nunca usei e não sabia. Fico com a própolis e o inhame...
- pra quem não pegou ainda, outro bom repelente é álcool de cereais em que se esvaziou um ou dois saquinhos de cravo-da-índia. Há quem substitua ou acrescente pedras de cânfora. Mas lembre que a cânfora da farmácia é uma essência sintética e o cravo não.
- por fim, perguntei a veterinários... apesar de inegavelmente serem picados por mosquitos à procura de variedade na dieta, não procede o temor de alguns que animais domésticos possam ajudar a transmitir, ou adoecer de dengue. Segundo o doutor, até se o pernilongo estiver contaminado os seus bichinhos ficarão incólumes. Você, já é outro problema...

sábado, 12 de abril de 2008

Chuva, dengue e você

Não adianta culpar a chuva pela epidemia. Isso é besteira de carioca sempre procurando alguém pra pôr a culpa. Água é vida. Quando não chove, dizem que vão racionar energia e até água. Aí chove e reclamam da dengue.
Da mesma forma que as companhias de energia dão mau exemplo, achando normal deixar luzes queimando em pleno dia (como na Glória, ou pontos de Laranjeiras) os poderes públicos se retraíram e esperaram a bomba estourar. Não foi só com a dengue. Só eu que notei que de uns anos pra cá, as matérias sobre bairros pobres mostram sempre mulheres com sete ou oito filhos? Pra aonde foi o planejamento familiar, o que foi feito dele? Que retrocesso é esse? O poder tem medo de chegar lá, o bandido é quem faz a lei, e quem não chega na favela, onde mora metade da população, como vai fazer valer diretivas pela saúde pública?
E não e só na favela que não chegam, não. E as latinhas do Jardim Botânico? E a piscina abandonada da Gávea? E os terrenos abandonados do próprio governo?
Fumacê é contra-producente, os que têm saudades dele deveriam se informar melhor. Não queria deixar de falar é das caixas d´água. Evidentemente que vão virar criadouro se deixar destampada. E poderão entrar ratos, baratas, outros pernilongos que não o Aedes... Mas, pensem só: captar água da chuva é solução pra muita coisa. E a Prefeitura vinha ajudando condomínios a instalar o necessário, e exigindo que prédios novos tivessem essas instalações. (Não sei em que medida isso pôde ser driblado pelos (des)interessados, nem em que medida a epidemia afetou o projeto).
A solução pra quem gostava de deixar a caixa d´água aberta é evidente: tela de náilon fina. Idealmente, dobrada, duas espessuras pra evitar rasgões. Inteiramente assentada pelos lados com corda, elástico de armarinho ou o que seja. Evite o mosquito, sim. E continue captando água de chuva. Não culpe o Céu pelos seus próprios desmandos!

quinta-feira, 3 de abril de 2008

estação da terra

Chega ao fim o período de mudança de estação, conhecido na acupuntura como "Estação (da) Terra".
Não sou, até prova em contrário, adepta do termo canícula para designá-lo. Foi impossível dessa vez tirar a dúvida com o Observatório Nacional, mesmo usando o novo prefixo que eles divulgam, mas o termo "canícula","cadelinha" em latim, refere-se em todas as neolatinas a dias de calor intenso em que, segundo a lenda, "só cachorro sai á rua". The dog days, dizem em inglês.
Engraçado é que no dicionário de latim não consta esse sentido, não era decerto latim clássico... Segundo alguns dicionários é igualmente o período em que Sirius, a estrela do Cão, está em conjunção com o Sol (quero perguntar ao pessoal gentilissimo do O. N. se essa conjunção ocorre 4 vezes por ano, e nas mudanças de estação. Se ocorrer, passarei a dizer canícula também... será a "prova em contrário"...)
Bem, se toda mudança de estação não é necessariamente quente, toda mudança de estação, (e mais uma vez o povão já sabia disso antes da primeira agulha ser fincada em algum ponto IG4 no território nacional) traz vulnerabilidade a doenças.
Basta andar na rua para ouvir o coro de tosses... para não falar na dengue. Se você é um dos que andam tossindo, o que limpa o pulmão é água h2o e água de coco em grandes doses. Evite todo laticínio, carne, acúcar e enlatados no período (bem, o ideal é evitar sempre...) E se a tosse te exaurir alguma hora ou estiver no cinema, tente soprar e vez de tossir. Não vai limpar os brônquios mas pode em alguns casos suprimir ou encurtar aquele acesso. Soprar, esvaziando o pulmão, é o que se recomenda a quem tem acesso de asma e está "sem ar".
Neste ano especificamente a mudança de estação (18 dias em torno dos equinócios e solstícios) coincide com a minguante da Lua, excelente momento para limpeza. Aproveite a onda!

segunda-feira, 31 de março de 2008

batata, inhame e você

Oportunamente o Globo publicou uma reportagem sobre o valor da batata.
Por coincidência, bem na hora em que arquivos e mais arquivos circulam, conclamando a comer inhame. Eu estou achando que os produtores de batata estão em polvorosa...
Vamos lembrar algumas coisinhas...
(a menor delas é que jornais se prestam a isso, sim... lembro do JB publicando matéria sobre a então modelo-e-estudante filha do Cacciola quando este respondia a processo...)
Mas coincidência ou não, o que há na batata que no inhame não há, e vice-versa?
Sim, a batata, uma solanácea, pode conter muitos nutrientes. A batata lá dos Andes. Todos viram fotos de tubérculos pretos, vermelhos, azuis e roxos- sem ser batata doce, outra família. As batatas que se vendem no Rio não são essas. São as variedades que foram levadas para a Europa e de lá trazidas de volta pro continente com o absurdo nome de batata inglesa.
Essa batata-branca já não contém tanta coisa assim; se deixar de comer a casca então... E na casca, surpresa, se concentram os agrotóxicos que nos Andes não se usam..
Prefira sempre vegetais locais, nativos, ou aclimatados de climas semelhantes. Vegetais vindos de climas contrastantes necessitam de muita química.
O inhame tropical tem outra vantagem. É bom para a saúde como um todo, para o sangue e o baço mais ainda. Nutre muito mais que a batata branca. Restaura a saúde; poucas raízes fazem isso.
O livro citado no jornal Alimentos que curam, Alimentos que matam, é excelente. Mas é adaptado de outra realidade, a norte-americana; confunde um pouco todos esses tubérculos tropicais, dá a todos o mesmo valor. Quem sou eu pra discutir com as Seleções.. Entre inhames e carás todos nutritivos, só um vai além da nutrição e restaura, é o inhame daqui, cabeludo e feinho. Casas de Umbanda recomendam a planta há décadas.
Só ele, também, ajuda a combater dengue. Então pare de reenviar pela décima vez o mesmo arquivo que recebeu e passe aos atos: COMA INHAME!

terça-feira, 25 de março de 2008

florais e adultos

Florais intervêm em três níveis no tratamento, costumo dizer. O mais óbvio, sem dúvida é aquele que nos traz até esse tipo de cura: como o mundo incomoda você.
Ou seja, raiva, tristeza, inveja, mágoa, saudade, medo e coisas afins. É o nível ai, tá doendo.
O segundo nível já ocorre - em geral- um pouco mais para a frente e freqüentemente nem chega a ocorrer: como você incomoda o mundo. De novo a raiva, a inveja, talvez noutras formas, vista por outros ângulos, o autoritarismo, o ciúme excessivo, o egoísmo, a mania de ajudar demais... às vezes numa pessoa só...
O nível mais sutil, porque mexe com o seu carma, é como você se incomoda. Erros recorrentes, covardia, auto-ilusão, generosidade excessiva em detrimento do bom senso, cegueira, e o que você possa imaginar que atrasa seu caminho.
E como a vida naturalmente não é arrumadinho em suas manifestações, pode acontecer em qualquer momento misturas desses níveis, porque ninguém está a salvo em momento algum de se deparar com algum obstáculo dos grandes... Os erros servem para aprender e não temos obrigação nenhuma de sermos perfeitos, porque a perfeição, por defnição, não existe neste mundo. Pode servir de sinalização no caminhar, não de meta obrigatória...

segunda-feira, 17 de março de 2008

florais, criança e bichos

É freqüente se ouvir alguém pedir "um floral" para alguma criança malcriada, ou com alergia, ou sem apetite...
O tom é não raro de pouco interesse, só interessa o bom comportamento da criança, o que até se compreende.
E já é um bom caminho que o adulto esteja pensando em dar floral em vez de calmante de farmácia, que saiba que a linha de tratamento existe, em vez de perguntar "Florais de Bach?" quase a 100% um indicador de que nada sabe do assunto....
E por fim errar é humano, é o caminho de toda aprendizagem; então não se trata de pichar esses adultos...
mas enfim, criança com distúrbio de comportamento ou de saúde do tipo asma, alergia, bronquite crônica, sensibilidade umbilical - ou seja, situações crônicas, mais uma vez- indica problema em casa também. Se for algo respiratório melhora se a alimentação melhora: mais água, menos leite, menos refri, mais fruta... mas pode ainda ser insuficiente.
Excesso de timidez, agressividade excessiva, a referida hipersensibilidade do umbigo são exemplos de coisas que os pais por vezes demoram muito a notar porque acham a cria perfeita, ou ainda não lhe têm muito interesse real. Interesse não é comprar jogo eletrônico e matricular no cursinho.
Já problemas respiratórios são impossíveis de ignorar e traduzem uma profunda angústia. O floral agirá nisso sem dúvida, mas se a causa da angústia permanece inalterada será como enxugar gelo.
Portanto a família inteira deveria usar florais, havendo um problema em alguma criança da casa. Tudo deve ser considerado, a alimentação, os adultos que lidam com a criança, a casa e as relações na casa e fora dela.
Criança mal cuidada vira adulto com problemas...
Por fim, uma palavrinha sobre alergia. Em adulto ou criança indica intolerância a algo que está em sua vida e não é aceito, ou medo de ter de aceitar algo. Intolerância a pelo de gato por exemplo não se deve tratar afastando o animal, e sim indo ver a causa da alergia... Animais são companheiros que muito têm a ensinar e são usados em hospitais atentos ao lado humano para alegrar crianças doentes!

quarta-feira, 12 de março de 2008

a mãe do corpo

Quando falamos do Vaso da Concepção (pra quem está chegando agora o canal de energia yin que em todo ser humano liga o períneo à boca) deixamos de mencionar as parteiras do Brasil.
Em muitos pontos do país elas seguraram/ seguram muita gente. Não raro são também elas que ajudam na passagem ou na preparação do corpo.
Em certas regiões do Norte do país, as parteiras costumam examinar as mulheres, num verdadeiro pré-natal energético. Medem a energia colocando o dedo no umbigo nu da pessoa.
Exatamente onde pulsa forte o Vaso da Concepção. Chamam a isso
chamar a mãe do corpo. Sabem, pela pulsação, se as energias da mulher estão baixas ou não.
(E os homens? bem, varão não tem útero, embora tenha Vaso da Concepção. Não vai a parteira nem engravida. Fica quieto, tá?)
Se a mãe do corpo está boa, sente bater certinha, que nem um relojinho, declarou uma parteira. Quando está fraca, fica toda espalhada.
Aí as parteiras "chamam" de volta, pressionando o dedo no umbigo, ou seja: estimulando o Vaso da Concepção que está fraco.
Não é o único caso em que se encontram sabedoria popular e medicina chinesa. Quem viu Central do Brasil lembrará do caminhoneiro e da escrivã comentando que para "palpitação e mal-estar do coração, tem que apertar muitas vezes o mindinho perto da unha com a unha do polegar".
Ou seja, estimular o meridiano do coração num ponto que inclusive estimula também alegria de viver!
Voltando aos partos, já existem no Brasil as "servidoras" doulas, que prestam assistência emocional ao casal ou mulher gestante- é preciso agora que o serviço se universalize! Doula é um termo grego que se espalhou nos últimos anos pelo mundo e ainda vai longe...

sábado, 8 de março de 2008

o que há num nome?

What´s in a name? Ao se falar de plantas, o nome é muito.
Antes de mais nada, praticamente toda planta de alguma forma é medicinal. As que não servem para uso interno nem externo, quase sempre servem ou para preparar florais (exemplo clássico, azevinho; o Holly
de Bach) ou então simplesmente ajudam pela vibração.
As que servem para uso interno podem trabalhar contra ou a favor quando as comemos na refeição.
Quem leu O Nome da Rosa talvez lembre do monge hervanário explicando ao jovem Adso que não existem plantas boas para comer que não sejam medicinais também.
Bem, ao se falar de banana ou goiaba, é difícil haver confusão (embora haja zil espécies de banana e algumas são mais adequadas do que outras para certos problemas) mas quando falamos em ervas é necessário um enorme rigor.
As tias (ou os tios) da roça ou do subúrbio podem não saber o nome científico mas sabem reconhecer a planta. E assim, os bons erveiros que trabalham nas nossas ruas. Erveiro bom trabalha com erva fresca. Evite ervas compradas na rua já secas. Dificulta o (re)conhecimento e a detecção de parasitas e sujeira. Para estar seca, é melhor adquirir uma marca com razão social conhecida, ou conhecer muito bem o erveiro.
Mas quando alguém lhe recomenda uma erva qualquer sem estar apontando para a mesma é preciso cuidado. Alguns nomes servem para UMA planta só e aí não há problema. Mas... nomes como mastruço/ mentrasto/ mastruz servem para inúmeras plantas, e também servem todos para designar algumas determinadas outras. Outros nomes são dados a várias espécies de uma família e ocasionalmente a espécies de outras famílias porque são superficialmente parecidas.
Pode ocorrer que isto não traga maiores problemas; por exemplo, toda planta conhecida como picão é excelente para o sistema hepático (equilibra o que estiver errado, e cura hepatite) mesmo sendo de qualidades diferentes.
Este raciocínio aponta uma tendência. Em geral quando lhe dizem que "mastruz" é bom para tal coisa, qualquer coisa chamada popularmente mastruz quebra o galho. Mas tendência não é fato. Cada tipo de "mastruz" tem múltiplos usos. Procure sempre conhecer o nome científico, a aparência da folha e do pé, o seu cheiro e onde e quando costuma dar.
O nome científico, como a crase, não nasceu para humilhar ninguém. É o passaporte internacional da planta, que lhe permite ser reconhecida sem sombra de dúvida em qualquer tempo e em qualquer ponto do globo ou do país. Veja, baiano chama manjericão de "basilicão"; outros chamam de alfavaca, independente do tamanho da folha, e há quem chame de estoraque! E manjericão é folha pra lá de conhecida... imagine as que não são.
Não podemos deixar de atentar para uma praga que contribui muita para a confusão. Trata-se da triste mania de chamar algumas ervas por um nome de medicamento de laboratório, como "melhoral". Esta mania tem poucas décadas, e é fácil ver como nasceu. A planta funciona como o tal medicamento.
Porém a planta não é o medicamento. Possui facetas que ele não possui. A planta que nasce em tal canteiro pode ser uma, e outra pessoa chama de "melhoral" outra espécie de outra família...
Para não dizer nada do malsinado hábito brasileiro de fazer propaganda gratuita para as marcas alheias, ainda vemos outro lado negativo (positivo não há nenhum) neste vezo. Apaga a confiança e a auto-credibilidade do conhecimento tradicional. Indiretamente, veicula a idéia que a planta só é boa porque funciona como tal comprimido. Uma clara inversão de valores.
A planta vai muito além.
Imaginou se chamassem salgueiro de "aspirina"? Por que nome será que a tradicional escola de samba tijucana ia ser conhecida?

quarta-feira, 5 de março de 2008

jardim bis

Volta e meia é hora de poesia, dentro do nosso tema. Dessa vez a volta foi grande...

JARDIM BIS

Abelha subissugando flor adentro
Joaninha tingebeijando a flor
Borboleta escolheu o galho mais bonito
para, elegante, falecer
Aí quando fui ver
só os espinhos estavam sem dono.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

reciclando

Feng Shui não pode ser apenas reestruturar a energia da casa e esquecer o resto. Afinal de contas essa arte nasceu ao ar livre primeiro!
Evitar deixar embalagens e plásticos em canteiros e praias é um mínimo! As pilhas todos já sabemos que não devem ser jogadas no lixo comum. A companhia de Limpeza Urbana instalou algumas cestas verdes pela cidade mas há testemunhos de garis recolhendo tudo junto misturado...
Mas agora duas boas notícias, pilhas podem ser deixadas nas agências do Banco Real, e o famoso óleo de cozinha onde se fritaram pastéis, levado até qualquer loja Extra. Dizem que o nosso Estado vem tendo um bom desempenho na reciclagem deste último... Vamos melhorar ainda.
Não gosto de propaganda grátis mas não há jeito... Avisem os botecos que freqüentarem, afinal em casa, quem frita pastel ainda? Você? então já sabe.
Achou pouco? Quem quer ir mais longe pode ler os trabalhos de Marco Pogantchik como Curar a Terra, vários estão traduzidos aqui. Outro que dizem, pratica litopuntura em pontos específicos da Terra-Mãe é o nosso Kaká Werá Jecupé. Por sermos um país vasto, no chão do Brasil há diversos "chacras", eu sei de três e deve haver mais... Os marcos de pedra podem ser erigidos também para corrigir edificações erradas. Descubram!
Outro trabalho de deixar o cabelo em pé e por coincidência um excelente policial, é Morte em Terra Estrangeira da italo-americana Donna Leon. Está publicado aqui. Vale a pena tomar ciência...

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

parasitas do peixe e antídoto natural

Corre pela rede um arquivo que parece sério, alertando sobre os perigos de se comer peixe cru. Lebre essa já levantada anteriormente aqui e ali.
Porém o que o arquivo não diz é que o apreciador do peixe cru (entre os quais não me incluo) não agarra um peixe inteiro à maneira do urso e mastiga; o peixe é consumido em forma de sushis e afins, e em qualquer restaurante honesto é acompanhado por raíz-forte.
Raíz forte é um poderosíssimo desinfetante e desinfestante do sistema e da comida em si. É importante temperar a refeição japonesa com ele. Existe uma moda do sushi entre nós nas grandes cidades, que leva a uma banalização do mesmo, moda inexistente no Japão, onde é mais caro e mais específico para festas.
Quanto mais comemos, naturalmente mais nos expomos; quanto mais lugares servem o peixe, maior o risco de algum servir peixe contaminado. Muitos restaurantes "a quilo" servem sushi; alguns contratam até nutricionistas seríssimas. Mas será que todos lidam com o produto da mesma forma?
Além da raíz-forte, cenoura crua é um excelente purificador e eliminador de vermes. Prefira sempre a orgânica. Outro é o alho, também cru. Mas ái esbarramos em dois problemas. Um, nem todo estômago agüenta sobre-doses de alho. No fim de uma semana há quem já se sinta enjoado (isso vale para cápsulas também). Já o outro problema relativo ao consumo do alho cru deixo à sua imaginação descobrir.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

entrevista no ar (rjtv)

Hoje a Globo gravou uma entrevista comigo falando de árvores e segundo os repórteres deve ir ao ar ainda hoje no RJ TV. Talvez ao meio-dia.
Rsrs... a que fizeram ano passado eles falaram que sairia na terça e acabou indo ao ar na quarta de modo que não sei... (e não pude ver!)
Apesar da hora inóspita de oito da manhã quando estou normalmente ocupada correndo atrás de outras coisas, tomara que tenha ficado razoável... quem vir a entrevista me conte!

domingo, 17 de fevereiro de 2008

yin e yang no seu dia-a-dia

Pra quem tiver paciência o espaço traz uma dica de como posicionar a língua na boca. Mas vamos primeiro explicar por quê.
Quem trabalha com medicina chinesa imagina que todos que sabem ler sabem o que é yin e yang. O que é falso... Pior, há escolas de alimentação nascidas fora da China que por motivos misteriosos inverteram 90% dos conceitos de yin-yang (se fosse 100 % ficava mais fácil... )
Para quem não sabe, yin é a energia do que é mais lento, pesado, escuro, denso, calmo. Exemplo básico do maior Yin que temos, a Terra. Yang é o leve, o incolor, o rápido, o movimento, a expansão, etc. Exemplo básico, o Céu.
Nenhum dos dois princípios é bom ou mau. Ambos podem ter um efeito positivo ou negativo. Expansão pode ser muito perverso se você é um invasor! Calma pode chegar a estagnação!
Estes princípios regem o mundo manifestado e por conseguinte a acupuntura (além de oráculos como o I Ching e outras coisas mais).
Hoje falamos do vaso da Concepção, que é como nós conhecemos o canal Ren Mai (Jen Mai). Esse vaso não deve ser chamado de "meridiano" já que esse termo se usa para os canais de energia ligados a órgãos-e-vísceras.
Na verdade o Vaso da Concepção é um dos oito Vasos Maravilhosos, sendo que é um dos dois únicos a possuir pontos próprios, pois não se pode falar nele sem falar no Vaso Governador, Du Mai.
Primeiro pela característica de possuirem pontos ao longo de seus percursos superficiais; o mais importante, porém, é que se um canal é o principal canal yin, o outro é o principal canal yang.
Como não devemos nunca pensar em canais de ch´i como sendo o desenho linear que vemos nos mapas de acupuntura, e sim algo como uma meada estirada e vibrante, com vários percursos parcialmente paralelos, as percepções que diversas culturas têm deste literal "par de vasos" não se excluem.
Para a medicina chinesa esta dupla de canais possui um percurso superficial, onde estão os pontos de acesso, ao longo de uma linha que divide o nosso corpo em duas metades iguais. O vaso da Concepção, yin, flui na metade anterior, yin, do nosso corpo, o vaso Governador flui na metade yang. (Se você acha que a metade yang deveria ser a anterior, pois quando avançamos, ato yang, ela fica na frente, veja só duas coisas: uma, existe sempre yin em yang e yang em yin no nosso mundo. A outra é mais objetiva: em posição fetal, qual metade fica para fora? a yang, a área "externa", a área das costas.)
No centro existe um Vaso Maravilhoso sem pontos próprios, que só os mais avançados em meditação sentem, o Vaso Despertador, como uma coluna de energia vital do nosso períneo até a coroa.
Se você pensar nas "meadas" ascendentes de energia yin e yang que são os vasos da Concepção e Governador vibrando sem parar, vai achar parecido com o conceito hinduísta de Idah e Pingalah... e vai lembrar, também, do caduceu de Mercúrio que é o emblema dos médicos!
Coincidência?... claro que não!
Quais afinal são os tais percursos externos onde ficam os pontos de acupuntura? O vaso da Concepção -nas mulheres grávidas tende a ficar mais escuro e marcado, como você talvez já tenha podido notar- vai do períneo à raíz da língua. O vaso Governador vai do períneo (ou do sacro, é ponto polêmico; polêmica boba pois de todas formas há uma junção na base do corpo emtre os dois) até a gengiva superior, passando pela nossa coluna e coroa, descendo pela aresta do nariz.
Existe aí também uma junção dos dois canais de energia, e por esse motivo a posição correta da língua sempre deve ser a "posição de ioga", ou seja a língua no céu da boca perto da raíz dos dentes.
Esta é a posição da língua da criança ao mamar, posição saudável que tendemos a perder, separando artificialmente yin de yang.
Com poucas semanas a pessoa se (re)acostuma à posição correta e ela se torna (novamente) automática mesmo dormindo. (Cuidado para não pôr a língua nos dentes, o que não lhes faria bem, é no céu da boca perto dos dentes, viu!...) Comece agora!

sábado, 9 de fevereiro de 2008

identifique-se com a saúde

... não se identifique com o distúrbio.
Não fique repetindo o rótulo que pregaram na sua testa. Se vc foi arrumar uma diabetes tipo 2, não vá ficar repetindo tristemente que tem. Emagreça!
Você já notou que praticamente todo mundo que toma adoçante é muito acima do peso?
Diabetes tipo 2 acontece depois dos quarenta, em alguns casos depois dos trinta, em gente que come demais, e qualquer redução de peso diminui a diabetes na mesma proporção.
Se você tem problemas digestivos, qualquer que seja o rótulo, decida que vai deixar de tê-los. Veja onde estão os seus equívocos, pesquise, jogue fora os maus hábitos.
Alguns motivos externos comuns, além de motivos internos como genética, astrologia e ansiedade, são beber líquidos à mesa, tomar leite como se quisesse virar bezerro, comer fruta ácida de sobremesa... e paro por aí.
O único líquido bom de se beber à mesa é vinho, de boa qualidade e com moderação, logicamente. Leite, uma vez desmamado, deixe pro bezerro. Fruta, muita, mas entre as refeições, exatamente como água; e principalmente se for ácida...
Qualquer que seja o distúrbio, se identifique com a saúde e não com um conjunto de fatos e limitações. Senão ele fica maior que você e você some!

quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

milho, chuva, rubem braga e i ching

"Um pé de milho sozinho, em um canteiro, espremido, junto do portão, em uma esquina de rua - não é um número numa lavoura, é um ser vivo e independente. Suas raízes roxas se agarram no chão e suas folhas longas e verdes nunca estão imóveis. Detesto comparações surrealistas - mas na glória de seu crescimento, tal como o vi numa noite de luar, o pé de milho parecia um cavalo empinado, as crinas ao vento - e em outra madrugada parecia um galo cantando."
Assim falou Rubem Braga, o maior poeta-em-prosa do Brasil (Um Pé de Milho, 1945.) O volume de crônicas do mesmo nome foi publicado pela editora Sabiá nos anos sessenta e ainda se acha noutras edições.
O milho além de fornecer o alimento básico a milhões de indivíduos ainda tem "cabelos" que servem de remédio, notadamente para o rim.
Mas para quem trabalha com o oráculo do I Ching, é automático desenhar-se na leitura um hexagrama. O hexagrama (de hexa, "seis" em grego) é o conjunto, invariavelmente de seis linhas, desenhado no jogo e formado de dois trigramas. O jogo se desenha de baixo para cima, como as construções dos seres humanos. O trigrama inferior é portanto o primeiro.
Cada trigrama corresponde, o que permite a interpretação do mago, a uma parte do corpo, a uma posição dentro de uma família teórica, a uma direção, uma época do ano, a um Elemento, a uma qualidade, e a um animal, para manter breve a lista.
Ora, o grande Rubem mencionou "cavalo" e "galo".
Primeiro o Cavalo. Trigrama inferior. Céu (porque o Céu nos cavalga, e à Terra). Galo, superior. Vento (porque o canto do galo viaja longe nos ventos).
O conjunto forma o hexagrama mais conhecido entre nós como Poder de Domar do Pequeno, também podendo ser lido Pequeno Acúmulo ou Pequeno Obstáculo. É o 59, também conhecido por nono hexagrama na seqüência tardia.
Qual seria o Julgamento? Fala de nuvens que se acumulam mas ainda não choveu. Há um obstáculo, portanto, mas o texto indica o caminho: a pessoa de bem se deve orientar pelo aperfeiçoamento, literatura e a virtude.
Se, como Érico Veríssimo, não pusermos a virtude "no meio das pernas das pessoas", veremos que o grande Braga não fez outra coisa da vida...
Fica o recado para todos nós: enquanto não vem a desejada chuva, a desejada bênção, resta a cada um se orientar pelo aperfeiçoamento próprio, com a suavidade e penetração do Vento. Só assim ajudaremos a chuva a nos ajudar!

domingo, 27 de janeiro de 2008

unha de gato

Tem uma erva, usada na fitoterapia, com esse nome... e salve ela..
mas hoje, que é quase Carnaval, vou relaxar e falar de unha de gatos peludos mesmo.
Antes de mais nada se os bichanos arranham o tapete não é muito boa idéia cortar as unhas deles (com alicate especial!) pois:
- são necessárias duas pessoas, uma maneja o alicate e a outra conversa e acalma o gato
- é fundamental ter cuidado e só cortar a parte branca da unha
- vai crescer ainda mais depressa cortando... melhor providenciar um arranhador!!!!
Em segundo lugar, pouca gente sabe mas tem gato que limpa as próprias unhas e gato que deixa acumular sujeira. Observe qual é o caso do seu. Gato que limpa as unhas morde, sacode, lambe e arranca pedacinhos de unha morta. O leito das unhas está sempre seco e claro. Ótimo.
Gato que não limpa as unhas com o passar dos anos acumulou tanta célula morta e tanta sujeira que pode até ficar preguiçoso para saltar! O leito das unhas apresenta-se inflamado e cheio de lodo preto. Cabe ao dono limpar, com cotonete umedecido por exemplo, e muito carinho. Depois da primeira faxina, faça sempre a manutenção pingando uma ou duas vezes por semana água oxigenada, que limpa e protege sem atrito. Eles adoram.
E alguns bichanos até começam a lavar as unhas depois que notam a diferença no próprio poder de locomoção! garanto!

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

cozinhando saúde

O conceito do que seja uma boa alimentação varia muito com a pessoa. E o sonho de inúmeros latino-americanos, brasileiros incluídos, de comer carne vermelha duas vezes por dia é um pesadelo dietético. Por outro lado muitos alimentos perdem grande parte do valor por causa do processamento incorreto. Fruta cortada deve ir direto pra boca, não estagiar em caixinha "tupperware"; suco feito se consome na hora, e estamos chamando de suco só o de fruta fresca. Não o concentrado em garrafa para se misturar com água. Suco em caixinha pode, como refresco, porque não? melhor do que muitas outras bebidas industrializadas. Mas não para valer vitamina!
Um dos piores inimigos da saúde mora (entre outros) na cozinha e se chama alumínio. Sim, começando pelo papel idem. Mas pior são as panelas e se a pessoa ainda raspa com colher de metal (conheço alguém que tem uma colher que parece uma pá de tanto raspar) então!
Se você nunca come em casa, vai estar sujeito bastante ao contato do alumínio pois restaurantes em geral usam essas panelas, mais baratas do que as outras. Se come às vezes vale a pena trocar. Troque primeiro a panela ou vasilha mais usada: se é a leiteira, a leiteira; se é a chaleira, a chaleira. Não substitua por anti-aderente que também traz problemas!
Os materiais bons são vários ou melhor todos os que sobram. Começando pelo aço. Mas a sua panela também pode ser de vidro temperado, de ferro, de barro, de ágata ou de pedra-sabão.
Ágata ou ágate é outra forma de chamar a vasilha de ferro esmaltado. Certa vez recomendei a uma paciente por serem mais em conta que o aço e ela correu a Saara, enlouquecendo os lojistas com uma história de panelas de pedra ágata!!!!
A saúde e a doença começam na nossa boca, cozinhar o que deveria ser saúde num caldeirão envenenado é mau cálculo.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

não fique de costas para a saúde

Nas costas dos seres humanos correm canais de energia que ajudam na limpeza do organismo, separando o puro do impuro.
Para quem estivesse chegando agora na acupuntura, esses canais são invisíveis embora um médico coreano tenha há algumas décadas conseguido iluminar o percurso de dois deles, que eram exatamente onde os chineses vêm dizendo há centenas e centenas de anos que ficam... Os outros (inclusive os que vamos focar hoje) permaneceram invisíveis até agora. Só com consciência alterada para enxergá-los ou se alguma irritação na pele faz brotar bolhas ou afins ao longo do canal... o que em caso de problema de pele, pode acontecer.
Particularmente nas costas temos basicamente dois canais sendo que um fica só no alto das costas e o outro as percorre por inteiro. São ambos meridianos yang, e juntos formam um sistema, chamado Supremo Yang, T´ai Yang. Os chineses usam muito essa nomenclatura, acrescentando os termos mão / pé embora empreguem também os termos canal de energia da Bexiga, canal de energia do Intestino Delgado.
Essa dupla de meridianos o que tem a ver com mão e pé?
Bem, todos os canais ligado à energia de um órgão, sem exceção, ou passam pela mão ou passam pelo pé. Melhor dizendo, ou nascem ou terminam na mão ou no pé. Cada sistema formado por um par de meridianos, como esse que serviu de exemplo, tem um canal passando na mão e outro acoplado passando no pé; algumas dessas duplas são yin, outras yang.
O canal da Bexiga faz muito mais do que ajudar a excretar urina. Tanto que é o maior de todos os canais, nascendo no canto interno do olho e terminando no canto externo do menor artelho, tendo passeado pela cabeça e traçado um caminho duplo de cada lado da coluna! O canal do Intestino Delgado, muito usado para dores e artrites, é muito menor, começa no mindinho e acaba na cabeça.
Pois é. O canal onde estão os pontos, que o coreano tentou enxergar, não chega no órgão correspondente. Faz sentido! Se é uma linha (mais como uma meada de muitos fios estendida e vibrante) imaginária na pele, não tem como ir até o órgão. Mas canais secundários vão lá.
E tudo isso vale para todos os outros meridianos, que é o nome usado para os canais geminados que temos replicados do lado esquerdo e direito, ligados à energia de um órgão.
Os canais da Bexiga e Intestino Delgado entre várias funções purificam o organismo. Espinhas em seus pontos indicam bloqueio energético e/ou má alimentação: excesso de gordura, de carne, de leite... Alguns desses pontos podem vazar energia como se estivesse escorrendo um líqüido quente ou frio segundo a tendência mais yin ou yang da pessoa. Podem tornar-se às vezes insensíveis- os tais "pontos da feiticeira" que a Inquisição usava para condenar pessoas.
Uma forma de começar a se ligar na saúde do seu corpo e interagir com ele é sempre massagear as costas com bucha vegetal. Ela estimula os meridianos e ajuda a eliminar depósitos físicos e bloqueios de energia.
Essa é uma área que nós não vemos direito. Mas há coisas demais acontecendo ali para querer ignorar.

sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

acupuntura, gatos e saúde

O primeiro dia 4 do ano tem de ser dedicado a São Francisco, e este espaço mais uma vez abre a porta para os animais de estimação. Não posso falar de animais que não trato, mas muito do que digo dos gatos vale para os cães. Ninguém é obrigado a criar animais; porém as pessoas que alegam alergia a pelo ou simplesmente sofrem dela sem alegar nada precisam saber que essa e toda alergia tem causas psico-somáticas que a acupuntura e os florais resolvem muito bem, na medida que a pessoa quer ficar livre do problema.
Ouve-se também dizer não sabe que tem criancinha com fome, não? e geralmente quem diz é aquela pessoa que também não ajuda as criancinhas com fome: pode observar.
Em compensação não faz sentido deixar os animais se multiplicarem para largá-los no mundo depois. Veterinários e Suípa recomendam castrar direto. Se você cria só machos, pode até ser. Se você cria fêmeas, é duro negar pelo menos uma maternidade a elas. Mas melhor que seja uma só.
Depois castre todo mundo ou deixe o macho inteiro e tire o útero da fêmea, deixando os ovários. É uma cirurgia que a Suípa não executa e por ser trabalhosa muitos veterinários também não gostam de fazer, alegam que pode dar problema depois... O certo é que a fêmea adora pois os cios assim duram semanas!! Claro: isso é só pra quem tem o casal!! Não vá fazer isso com a fêmea que vive só! (nem crie gato sozinho, como não sai à rua fica muito solitário e neurastênico. Tenha no mínimo uma dupla ou casal, a menos que more em casa e o bichano costume passear nas redondezas...)
Por fim, pra quem gostaria de tratar o bicho com acupuntura, ele reage muito bem a ela, se o profissional conseguir fazê-lo superar a tensão ao ver a agulha! já florais costumam adorar de cara- aquele chatinho que não gosta do contas-gotas vai reagir igualmente bem se ganhar o floral lambuzado direto na boca. Depois pode limpar a mão no alto da cabeça. Do bicho, claro!
E salve São Francisco!