Bem-vindo ao Blog do Caminho das Folhas.

segunda-feira, 14 de julho de 2008

estudo de um caso II- da helioterapia em gatos

Gatos gostam de calor e de sol; quanto mais velhos mais precisam dos raios solares que ajudam a mantê-los em forma. Em terras frias é comum vê-los sentados sobre toalhas postas a secar nos radiadores. Mas nada vale algumas horas de sol por semana, para felinos e humanos; tanto que em latitudes muito frias dão óleo de fígado de bacalhau pra crianças nos meses sem sol (hoje em forma de cápsulas).
Quando não chove, o meu gato exige passar uma ou duas horas meditando na lateral do prédio, observando de longe o movimento da rua. A área comum do prédio sempre foi movimentada deste ponto de vista. Os gatos de outra moradora entravam e saíam a toda hora; um Doberman galopava todas as noites (sem focinheira) ao redor dele e os gatos da vizinhança visitam regularmente o perímetro.
No entanto, o ex-dono do Doberman, que morreu, cogita mover processo contra o condomínio por causa do banho de sol do meu gato.
Nessa hora recordou um parágrafo esquecido da convenção... Este prédio é tão rico em processos quanto em animais domésticos; já existem duas ações em andamento- contra um síndico que fugiu com o dinheiro do condomínio e contra a senhora que tinha os gatos e agora possui Pinschers que regularmente molham e sujam as portas alheias (menos a minha, por sinal).
A pergunta chave naturalmente seria por quê? Por que motivo determinado senhor que na audiência isentou de culpa esse mesmo gato "heliófilo" no caso das portas batizadas agora se volta contra a presença dele? Terá o gato se tornado agressivo?
Não, a agressão partiu da esposa desse distinto, como relatado na postagem anterior sobre os perigos de se ativar energias negativas com motores, objetos a pilha e afins. O marido partiu em cruzada contra quem discordou da mulher, e eu em cruzada contra a cruzada do marido.
Não permitam que convenções preconceituosas e antiquíssimas cerceiem o seu direito a cuidar de animais de estimação que sem você seriam mais um número na Suípa. Aqui, é verdade que a convenção autoriza a sua existência, proibindo a permanência em área comum, o que até agora nunca ninguém lembrou de invocar por questão de bom senso.
Excesso de legalismo é uma coisa muito perigosa. Quando impera o excesso de legalismo, os bons cidadãos denunciam, cheios de virtude, e os judeus, com demais indesejáveis, vão queimar em Auschwitz ou nas fogueiras da Inquisição. Se estas ainda vigorassem hoje não tenho dúvidas que meu bom vizinho já teria alertado o inquiridor.

Nenhum comentário: