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domingo, 16 de novembro de 2008

jongando a vida- saravá Umbanda sempre

Essa postagem tem dois objetivos. Um, recomendar um lindo evento (bom, foi lindo ano passado), o II Jongá na Caixa Cultural da Rio Branco. Não gente, não é o Jongo da Serrinha mais uma vez (e nada contra eles). Quem puder, vá ver. É de graça ainda por cima... Muito enriquecedor, mesmo. E cheiroso... perfumado de folhas. Ewe´!
O outro, enfim corrigir publicamente uma afronta feita à Umbanda e na mesma tacada explicar por que, além de motivo de agenda, não irei este ano.
No domingo de Páscoa de 99, ao fim de gira festiva especial para saudar a volta dos Pretos Velhos ocorreu um fato muito sério cujo autor segue endeusado por aí nas Lapas e rodas da vida; tendo-o avistado com a habitual corte ao redor no primeiro evento, não irei ao segundo, já que tenho por princípio levantar-me de mesa onde ele sente, e ele sabe por quê.
Muitos já sabem também. Nessa ocasião, desrespeitando à Casa de Umbanda que o acolhia, à data sagrada para tantos, aos Pretos e Orixás que regressavam, à amizade que segundo ele tinha por um então casal, aos atabaques que é indigno de tocar e que naquele instante tamborilava, e aos seus cabelos brancos, este senhor entregou a uma filha-de-branco, que era eu, um livro pra abrir em casa contendo uma carta em que se declarava de forma que não tivera hombridade para fazer em circunstância menos escabrosa.
Esta figura, que estava na platéia sendo adulado, até onde sei não organiza o Jongá. Não é motivo pra alguém deixar de ir- menos eu. E se organizasse, também não significaria que os seus erros fossem passar para a sua arte. Mas para mim, ela é oca e soa falso. Como um atabaque rachado.
Não perdôo a ofensa contra mim, até porque nunca me foi pedido perdão. As ofensas contra o terreiro, os santos e os tambores não sou eu que tenho de perdoar, nem contra a Umbanda, que neste momento cumpre cem anos oficiais. A confluência destas duas datas é um bom momento para enfim publicar um desagravo que se não venho a fazer neste grande momento, calando-me, faria de mim uma cúmplice. Salve os cem anos, Saravá, Umbanda. Salve as folhas que estavam no terreiro e que viram a cena. Ewé assá, as folhas dão jeito.

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