Neste período as pessoas mal lêem... mas tem gente me cobrando e aí vão umas dicas e lembranças soltas pra encaixarem nas frestas do seu dia a dia natalino...
Outro dia fui plantar umas folhas no matinho do alto da rua e descobri jurubeba nascendo, como contei. Até já fiz floral com as flores! Pois bem, descobri que uma árvore de folha totalmente diferente, a erva-prata, tem a flor igual... Ligeiramente menor, ou nem isso, já que diferentes jurubebas têm flores ligeiramente distintas. E de fato, comprovei que é uma solanácea como a jurubeba (e a batata branca, e, e, e...) Porém nem toda solanácea tem aquele modelo de flor- costumam isso sim ser bem vistosas. Sim, inclusive a batata.. que eu me recuso a chamar de inglesa já que é andina. Dizem que em rodelas batata cicatriza e ajuda em queimaduras... dizem que folha de eucalipto também... mas tem coisa melhor...
Água sanitária! sim senhor... depois da água fria como primeiro socorro, água sanitária esguichada direto onde queimou. Se chegar a empolar, empola pouco. Bem.. se puder ajudar com uma acupunturazinha auricular ainda é melhor, passa em minutos. Sem a acupunturazinha, mais do que nunca, vale a água sanitária.
E sempre bom lembrar. Pra qualquer mordida de inseto que fique coçando depois do inseto morto e dia seguinte ainda coça, SAL! O que eu uso em casa é o dito "marinho"; mas sal tipo Cisne também dá jeito. Só não vá esfregar sal grosso porque tem quinas agudas...
E falando nisso, banho de sal grosso nunca vai na cabeça, nem é ideal tomar puro, sempre com alguma erva junto. Retire a erva antes de introduzir o sal na vasilha e deixe-a de adubo num vaso ou num jardim, direto na terra pra lhe dar força e a você. Não jogue fora num saco plástico. E boas festas!
terça-feira, 23 de dezembro de 2008
curtas e soltas natalinas
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sexta-feira, 5 de dezembro de 2008
ventanias
Me pediram para falar um pouco de Iansã, cuja festa é 4 de dezembro, dia de Santa Bárbara, e ainda não o fiz neste espaço.
Orixás são vibrações, ligadas a forças da natureza. A vibração de Iansã (Ya Mesan Orun em ioruba: Senhora dos Nove Céus) está no vento, nos raios, na chuva também, principalmente no seu movimento. Portanto está na água, como as outras Mães, embora não nos rios. Iansã - o termo é um qualificativo de Oyá- vibra na verdade nos quatro elementos pois também está na Terra em sua persona mais sisuda, a Iansã que não tem medo de eguns.
Por conta desta característica é o único orixá que permanece durante a Quaresma quando os demais, na visão da Umbanda, estão em seu descanso na Aruanda. Permanece, mas não se bate normalmente para ela durante o período, e se deve evitar pedir-lhe graças nesse momento. Na realidade poucos são os filhos dela que resistem a lhe pedir uma proteçãozinha quaresmeira...
Algumas de suas folhas são a mutamba pacificadora, trazida da Angola, a folha de abacate, que baixa a pressão; por aí se vê que Oyá não é um orixá colérico (quem tem pressão alta via de regra é) e que não ter medo não significa ser agressivo. A dormideira, Mimosa pudica, é outra ainda entre muitas, e dela se faz na linha de Minas um floral para trazer coragem a quem dela carece.
Sedutora e apaixonada nos mitos, transmite algo disto às filhas que costumam dar muito valor à fidelidade mútua quando vivem um relacionamento. Quando se vêem solteiras, prezam a diversidade... Afinal o vento muda de direção e entra em qualquer lugar.
Que os filhos de Iansã, e os que não são, possam se unir para pedir-lhe que leve o excesso das chuvas que assolou Santa Catarina para irrigar a caatinga e o sertão. Ventou, mas que ventania...
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quarta-feira, 3 de dezembro de 2008
ex fumo lucem
Este é o lema gravado no prédio antigo da companha de gás. E na vida também acontece que das sombras nasça luz.
Neste espaço falei da jurubeba que se foi numa ventania. E também do animal que partiu. Pois visitando a cova onde o sepultei, para plantar fortunas e alpínias, percebi que de uma semana para a outra DUAS jurubebas floriram no matinho (do qual também falei aqui) e ganharam imensas folhas novas onde certamente havia só brotos pouco reconhecíveis no conjunto das copas baixas, onde agora se destacam.
Vou poder voltar a preparar floral de jurubeba, e muito melhor do que o anterior já que estes pés não estão na rua...
Uns quatro ou cinco anos atrás tive dois sonhos que anotei. Num o gato que se foi era o que recusava ser apanhado no colo com os outros, preferia ficar sentado no gelo. No outro após um grande obstáculo uma mudinha brotava para mim bem no meio da folha. Era uma folha longa: uma espada de são jorge, pensei na época.Não conhecia ainda maricá. Que eu saiba é a única planta que dá brotos assim, saindo do meio da folha.
Agora além do maricá que nasce aqui perto ganhei duas lindas vizinhas de flores amarelas. A fortuna, que citei acima, também muito curiosa, é aquela que brota a partir das bordas da folha e em pouco tempo só com uma folhinha deixada no chão se tem uma touceira. É prima do saião e entra no lugar dele para qualquer coisa.
E nesse dia 4 de dezembro peço que os ventos sejam clementes com maricás, mutambas e jurubebas, e com tudo aquilo pelo que temos carinho.
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quarta-feira, 26 de novembro de 2008
luto programado
Foi assim que alguém definiu o ter animais domésticos em casa, e sem dúvida há um aspecto de verdade na definição. Como a maioria das definições contundentes, é simplificadora ao excesso.
Sem dúvida, você só não vai sofrer com a partida de um animal querido se você, justamente, não lhe quisesse bem. Mas isso afinal faz parte da vida.
Existindo oportunidade na sua vida de adotar um ou mais animais e cuidar bem deles, adote. Morrerão, um dia, não há outra opção. Mas você pode fazer que a vida deles seja boa enquanto dure e aprender inúmeras coisas, inclusive sobre você, junto a eles.
O argumento das criancinhas com fome é muito usado por quem também nunca faz nada pelas criancinhas com fome. Pessoalmente não vejo em quê o ser humano mereça automaticamente mais consideração do que os bichos; me parece haver um tanto de arrogância nessa postura.
Ajude as criancinhas e os adultos também, à vontade, e não esqueça de cuidar de você também; mas não seja esse o motivo que lhe impeça de adotar um ou vários amigos.
Nem o saber que vai perdê-los um dia. A morte faz parte de tudo, inclusive a sua: programe-se pra ter quem cuide dos seus amigos peludos e a sua passagem se der antes da deles. E cães e gatos são amigos, mas são cães e gatos, não são gente peluda: metade das coisas vendidas em loja para bichos (como o "presente de Natal": uma cesta embrulhada em celofane com alguns badulaques, tudo a preço de ouro) são besteiras monumentais e dispensáveis.
Por fim, perdendo um animal mas tendo outros em casa, não esqueça de dar florais contra a saudade excessiva para os que ficaram; tomá-lo tambem; e repor a perda rapidamente se o sobrevivente ficou sozinho. A vida segue!
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domingo, 16 de novembro de 2008
jongando a vida- saravá Umbanda sempre
Essa postagem tem dois objetivos. Um, recomendar um lindo evento (bom, foi lindo ano passado), o II Jongá na Caixa Cultural da Rio Branco. Não gente, não é o Jongo da Serrinha mais uma vez (e nada contra eles). Quem puder, vá ver. É de graça ainda por cima... Muito enriquecedor, mesmo. E cheiroso... perfumado de folhas. Ewe´!
O outro, enfim corrigir publicamente uma afronta feita à Umbanda e na mesma tacada explicar por que, além de motivo de agenda, não irei este ano.
No domingo de Páscoa de 99, ao fim de gira festiva especial para saudar a volta dos Pretos Velhos ocorreu um fato muito sério cujo autor segue endeusado por aí nas Lapas e rodas da vida; tendo-o avistado com a habitual corte ao redor no primeiro evento, não irei ao segundo, já que tenho por princípio levantar-me de mesa onde ele sente, e ele sabe por quê.
Muitos já sabem também. Nessa ocasião, desrespeitando à Casa de Umbanda que o acolhia, à data sagrada para tantos, aos Pretos e Orixás que regressavam, à amizade que segundo ele tinha por um então casal, aos atabaques que é indigno de tocar e que naquele instante tamborilava, e aos seus cabelos brancos, este senhor entregou a uma filha-de-branco, que era eu, um livro pra abrir em casa contendo uma carta em que se declarava de forma que não tivera hombridade para fazer em circunstância menos escabrosa.
Esta figura, que estava na platéia sendo adulado, até onde sei não organiza o Jongá. Não é motivo pra alguém deixar de ir- menos eu. E se organizasse, também não significaria que os seus erros fossem passar para a sua arte. Mas para mim, ela é oca e soa falso. Como um atabaque rachado.
Não perdôo a ofensa contra mim, até porque nunca me foi pedido perdão. As ofensas contra o terreiro, os santos e os tambores não sou eu que tenho de perdoar, nem contra a Umbanda, que neste momento cumpre cem anos oficiais. A confluência destas duas datas é um bom momento para enfim publicar um desagravo que se não venho a fazer neste grande momento, calando-me, faria de mim uma cúmplice. Salve os cem anos, Saravá, Umbanda. Salve as folhas que estavam no terreiro e que viram a cena. Ewé assá, as folhas dão jeito.
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sábado, 8 de novembro de 2008
mostarda, alho, amamentação e acupuntura
A maioria das mulheres brasileiras amamenta hoje, apesar da campanha violenta de décadas passadas para implantar leite em pó. Todavia, na cabeça de algumas as dúvidas permanecem, principalmente quando existe influência de quem se programou para não conseguir.
Nessa hora a insegurança pode se manifestar na mãe em forma de mastite, aquela inflamação dos seios. Ao contrário de algumas lendas, pus NÃO passa pro leite e o melhor remédio é mesmo dar de mamar à vontade.. da criança.
Acupuntura é um grande remédio também, e permite tratar junto o lado psicológico da mãe. Recentemente precisei tratar uma jovem mãe com recidiva de mastite em ambos seios, só que ela estava noutra cidade...
Aplicadas nos pontos de acupuntura que vinham ao caso, as sementes de mostarda, coladas em esparadrapo de arroz artesanalmente pelo pai do neném que vem a ser meu filho, ou vice-versa, curaram a mastite em horas via internet... Taí uma aplicação útil da tecnologia... usamos skype, chat e o que mais deu numa ligação horrível (ou imagem, ruim, ou som, ruim...) mas que acabou dando resultado. Mesmo tendo durado quase duas horas. Foi a consulta mais cansativa que já realizei e a que mais me realizou... a mastite não voltou, a neném está enorme.
Há pontos reflexos dos seios até no rosto. Em compensação, o ponto do mamilo não se usa nem para aplicar semente, só se trabalha a energia ali.
Comer mostarda em pasta porém, como qualquer alimento muito picante, pode não ser ideal quando se amamenta, já que o neném tende a rejeitar leite com sabores fortes. Alho particularmente pode produzir cólicas. Melhor deixar o pãozinho de alho pra quando a criança estiver desmamada já... e disso não se tenha pressa..
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terça-feira, 28 de outubro de 2008
tempo tempo tempo
Lua Preta. Bem, vocês podem chamar de Nova. Pra mim, Nova é só amanhã, quando nasce a primeira lua da fase. A fase que termina hoje terça é propícia a limpezas de todo tipo.
Não adianta ir contra o tempo, bom é usá-lo a seu favor, sabendo que um dia ele te devorará de todos os modos, como sabemos que convém. Ou não? Aqui no Rio por exemplo o tempo não estava maduro para o candidato verde, com ou sem trocadilho ao gosto do freguês. Valeu a tentativa. Mas muita gente estava votando não pelas idéias e sim contra Fulano ou Sicrano. Nunca vi eleitorado tão heteróclito.
As fases da Lua são um bom marcador. Algumas agendas trazem impressas as fases, que não correspondem ao que vemos no céu. Muitos de nós consideramos que Crescente é enquanto cresce, e que apos o plenilúnio começa a míngua, e nos programamos em conseqüência disso.
Idealmente, é bom evitar acupuntura no dia do plenilúnio e da Lua Preta, nos quatro dias anuais de solstícios e equinócios e, nos dizem, durante terremotos, embora não cogito quem fosse querer uma sessão de agulhas durante um terremoto. Creio que é um caso em que a prática se antepõe à teoria.
A representação da Lua e o Sol juntos, em determinada posição é o caracter chinês ming, brilho. Noutra posição é o caracter yi, mutação. Este é o significado do yi/i do I Ching, Livro Sagrado (ou Tratado) da Mutação.
Os ciclos destes astros regem nossos dias, nossos meses e anos mas ainda há outros ciclos, estelares, que permitem definir horários melhores ou menos ruins para as diferentes atividades. Esse é um ramo da astrologia chinesa que nada tem a ver com mapa astral; na verdade é geminada ao Feng Shui tradicional e pode ser aplicada de modo universal independente de quem nasceu quando.
O segundo turno da eleição caiu num dia por esse cálculo favorável a plantios e plantas; pode ser uma bênção oculta a não eleição do candidato verde, posto que ia sobrar muito pouco para elas no andar da carruagem que se estava vendo. Que elas possam preencher as nossas falhas e abençoar nossos acertos.
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