O poema abaixo é um dos que selecionei para Eu comi a Lua, meu segundo livro publicado, a ser lançado dia 27 na Mem de Sá 126. Quem gosta de poesia se alegre, e quem não gosta também pois no gênero será por muito tempo filho único. Não sei qual será o terceiro porque depende das editoras... mas será um dos que estão na lista de espera e nenhum destes é poesia!!
Rio sem Ressaca é a parte mais concreta que resta de um projeto suspenso no tempo e que já é inclusive oportuno reativar uma hora dessas... O Projeto Noites Claras, que visa oferecer aos que gostam da noite mas por algum motivo não querem beber álcool um ponto de lazer noturno em que as pessoas possam conversar, ler ou ouvir música (ou tocar ... ou...ou...)
Não se destina apenas aos abstêmios; eu nem sou abstêmia, apenas não bebo, jamais, cerveja. E no mais... com vocês...
...rio sem ressaca
cansei de ver naufragar
sonhos, promessas, bandeiras
cansei de ver colarinhos
enforcar palavra inteira
cansei de ver esperanças descer o ralo da noite
bater o carro na esquina
estrebuchar na sarjeta
e de ver no arco-íris nódoas velhas de cerveja
cansei do engarrafamento
na porta dos botequins
quero um rio sem ressaca
quero caber no seu riso
rio de frente pro mar
quero rir no paraíso.
domingo, 17 de agosto de 2008
lançamento de livro- dia 27 quarta 19 horas
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sábado, 9 de agosto de 2008
peças afro-brasileiras apreendidas- cadê?
Quando descobri onde estavam as peças apreendidas pela polícia no tempo em que era proibido o exercício dos batuques, telefonei para o Museu da Polícia Civil e perguntei se podiam ser visitadas; responderam que sim. Não era bem assim, o rapaz não estaria de má fé mas estava desinformado. Um senhor muito simpático, educado e culto me mostrou duas mesas enceradas e pouco mais, explicando que era necessário, para ver a coleção do meu interesse, escrever carta justificando pesquisa. Embora esclarecendo que discordava de tal princípio escrevi e não obtive resposta alguma. Dois ou três meses depois voltei por lá e outro senhor gentil e simpático abriu a carta, e mostrou-me então inúmeras peças fascinantes como bolas de cristal e mapas de leitura de mão, apreendidos pela mesma época... mas não a coleção de atabaques e outros objetos ligados aos cultos de matriz africana.
Desde então ouço as mais variadas desculpas. Como disse, não concordo que apenas pesquisadores tenham acesso às peças. E vai ficando claro que estes pesquisadores não podem ser umbandistas, devem ser jornalistas ou antropólogos. Por quê?
Existe, sei, uma corrente na Umbanda que deseja retirar as peças de lá para formar um museu. Não creio que a solução seja ideal, e não estou sozinha nisso. Pois por um lado, as peças são do tempo dos batuques; pertencem portanto a todos os que se reconhecem em alguma religião de matriz africana - ainda que com outras raízes mais, como a Umbanda, que as tem entre as culturas indígenas e européias também.
Por outro lado, pertencem a todos os brasileiros. Estão mais a salvo de agressões -como as que vimos há poucos meses- no espaço neutro do Museu da Polícia; a violência que levou à apreensão faz parte de nossa História. Ninguém acha que a última Polé (forca) usada no país deva ficar na casa dos descendentes do último condenado. Está no Museu Histórico Nacional, e ali está muito bem.
É certo que ao contrário da Polé, as peças pertenciam aos que as fabricaram, e acima destes às Vibrações. Mas os terreiros ou bruxos, como dizia João do Rio, de quem foram tomadas não existem mais. A apreensão faz indissociavelmente parte de sua história e o fato pertence a todos nós.
Visitando o Museu da Polícia nota-se que o imóvel, belíssimo, está em mau estado por falta de dinheiro. O Governo pouco tem ajudado, parece. Vale uma sugestão: cobrem um preço simbólico de entrada, para manutenção do patrimônio ali guardado, e franqueiem esta entrada a todos.
Não é justo impedir o acesso a um Mais Velho, como sucedeu ao que me acompanhou, porque não é antropólogo. Não é justo manter a população longe de sua História- todas as tendências que formam a população.
Não é concebível que tendo sido penalizados uma vez, com a apreensão das peças e as humilhações impostas a quem as portavam, os que formam o mundo afro-brasileiro continuem sendo punidos. Pela transparência: harmonia e luz.
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Labels: umbanda
terça-feira, 29 de julho de 2008
é tudo garganta
No pescoço estão situados importantes pontos de acupuntura chamados Janela do Céu. (Se você se arrepia ao associar acupuntura e garganta saiba que raramente se espetam com agulha. Normalmente são regulados com sementes ou mini-esferas de aço aplicadas com adesivo. E qualquer ponto, esteja onde esteja, antes de mais nada é uma boca mandando recados. Alguns jamais se espetariam, como os do mamilo!)
Cada mestre antigo tem uma lista de cinco que varia tanto como variam as listas dos chacras principais- você pode ter notado que o Manipura "viaja" para cima e para baixo dependendo da fonte. Isso porque assim como há mais chacras do que os sete que perfazem a boa conta, há mais pontos importantes do que os cinco que perfazem a conta dos Cinco Elementos.
Pontos "Janela do Céu" harmonizam cabeça e corpo e desbloqueiam o que está engasgado, na matéria e metaforicamente.
Falando em engasgar, não pigarreie nunca. Essa dica é dada por fonoaudiologistas, para quem o pigarro é uma agressão das grandes às cordas vocais. Engula saliva em vez disso! Observe que a posição da glote é a mesma no começo do movimento. Além de evitar o pigarro, você hidrata as cordas, obrigando a trabalhar a musculatura.
E como andamos falando de reflexologia, para algumas escolas o pescoço representa os intestinos. Da próxima vez que estiver com prisão de ventre não vá comprar laxantes, hidrate-se bem e massageie!
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quinta-feira, 17 de julho de 2008
Umbanda canta no Museu - Projeto Ventania
2008 é o ano do centenário oficial da Umbanda.
Na quinta-feira dia 24 de julho às 19 horas o Projeto Ventania, festejando a data, levará cantos da mais conhecida das religiões nascidas no Brasil ao Museu Militar Conde de Linhares, em São Cristóvão.
O evento, aberto a todos, é gratuito e começa rigorosamente às 19 horas.
O telefone do Museu é 2589 9734, e o endereço é avenida Pedro II 383 (fica próximo à Quinta e mais ainda ao Museu do Primeiro Reinado).
Vamos mostrar alguns de nossos pontos mais bonitos, e a Linha do Oriente estará também representada. Venha cantar conosco.
Saravá Umbanda, paz, harmonia e luz.
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segunda-feira, 14 de julho de 2008
estudo de um caso II- da helioterapia em gatos
Gatos gostam de calor e de sol; quanto mais velhos mais precisam dos raios solares que ajudam a mantê-los em forma. Em terras frias é comum vê-los sentados sobre toalhas postas a secar nos radiadores. Mas nada vale algumas horas de sol por semana, para felinos e humanos; tanto que em latitudes muito frias dão óleo de fígado de bacalhau pra crianças nos meses sem sol (hoje em forma de cápsulas).
Quando não chove, o meu gato exige passar uma ou duas horas meditando na lateral do prédio, observando de longe o movimento da rua. A área comum do prédio sempre foi movimentada deste ponto de vista. Os gatos de outra moradora entravam e saíam a toda hora; um Doberman galopava todas as noites (sem focinheira) ao redor dele e os gatos da vizinhança visitam regularmente o perímetro.
No entanto, o ex-dono do Doberman, que morreu, cogita mover processo contra o condomínio por causa do banho de sol do meu gato.
Nessa hora recordou um parágrafo esquecido da convenção... Este prédio é tão rico em processos quanto em animais domésticos; já existem duas ações em andamento- contra um síndico que fugiu com o dinheiro do condomínio e contra a senhora que tinha os gatos e agora possui Pinschers que regularmente molham e sujam as portas alheias (menos a minha, por sinal).
A pergunta chave naturalmente seria por quê? Por que motivo determinado senhor que na audiência isentou de culpa esse mesmo gato "heliófilo" no caso das portas batizadas agora se volta contra a presença dele? Terá o gato se tornado agressivo?
Não, a agressão partiu da esposa desse distinto, como relatado na postagem anterior sobre os perigos de se ativar energias negativas com motores, objetos a pilha e afins. O marido partiu em cruzada contra quem discordou da mulher, e eu em cruzada contra a cruzada do marido.
Não permitam que convenções preconceituosas e antiquíssimas cerceiem o seu direito a cuidar de animais de estimação que sem você seriam mais um número na Suípa. Aqui, é verdade que a convenção autoriza a sua existência, proibindo a permanência em área comum, o que até agora nunca ninguém lembrou de invocar por questão de bom senso.
Excesso de legalismo é uma coisa muito perigosa. Quando impera o excesso de legalismo, os bons cidadãos denunciam, cheios de virtude, e os judeus, com demais indesejáveis, vão queimar em Auschwitz ou nas fogueiras da Inquisição. Se estas ainda vigorassem hoje não tenho dúvidas que meu bom vizinho já teria alertado o inquiridor.
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domingo, 6 de julho de 2008
estudo de um caso I - escadas e escalas
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quarta-feira, 2 de julho de 2008
com a orelha em pé
Reflexos, falando do nosso corpo, são áreas distantes de um órgão ou mesmo de outra área em que estes se fazem sentir; através daqueles, estes podem ser tratados; por este prisma os pontos de acupuntura são reflexos, mas normalmente se usa o termo para pontos e pequenas áreas dos pés, das mãos, da cabeça e principalmente das orelhas.
Uma das mais eficazes, senão a mais eficaz de todas as técnicas de reflexoterapia é a auriculoterapia. A sua origem é polêmica (chinesa? européia? se for européia, por que motivo os europeus empregam termos chineses para os principais pontos?) e como toda técnica de reflexoterapia pode ser usada independentemente da acupuntura sistêmica- ou seja a clássica, que trabalha pernas, braços e tal.
Porém combinando as duas o resultado é fantástico!
Ouve-se muito que o pavilhão auricular representa um feto de cabeça pra baixo, ou um recém-nascido. Bem... é verdade contanto que você não vá exigir ver um desenho anatomicamente perfeito.
Mas não faria sentido que a orelha correspondesse ao corpo humano e fosse tudo espalhado, o reflexo do pé ao lado do reflexo do olho, faria?
E já que estamos falando de orelhas, é verídica a tradição popular segundo a qual os ouvidos zumbem quando falam da gente... a vox populi inclusive afirma que zumbe à esquerda quando falam mal e vice-versa... o que ainda não foi comprovado... pelo sim pelo não fiquemos de orelha em pé!
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Labels: acupuntura, dicas de saúde