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quarta-feira, 30 de outubro de 2013

o contrário da fofice

Não sou de perder tempo com as baboseiras que o provedor exibe quando a gente vai entrar. Atrizes, atores e gente que fico felz não sabendo quem é. Cenas de novela que não assisto- não assisto nenhuma.
Mas hoje havia uma gata amamentando ninhada de furões.
E não, não é fofo, se for no Brasil, ou no nosso continente. Com o devido respeio à gatinha.
É proibido por lei eles reproduzirem, e nem sei quem foi o imbecil que permitiu a entrada deles uns anos atrás.
Todos têm de ser castrados. Furão será um bom companheiro, mas é carnívoro sanguinário e caçador, é a natureza dele, e fofo ou não cometeria estragos por ai onde já há predadores suficientes, inclusive o mico-estrela. nenhum pior do que o homem, claro.
Na hipótese que seja furão do Hemisfério Norte, menos mal. Que sejam felizes com a gata e fiquem dentro de casa.
Se for no Brasil é uma catástrofe.

terça-feira, 22 de outubro de 2013

ilhados

Ao mesmo tempo que os ativistas estão presos na Rússia, como alias muitas outras pessoas inocentes segundo a avaaz, leio sobre uma ilha de verdade, Sri Lanka, ou Ceilão, antigo paraíso transformado em fim de mundo nos anos 80. Ainda não voltou ao normal. Havia 3 facções, uma foi eliminada, ficando o governo e os separatistas "apenas". O que não foi eliminado foram os desaparecimentos, as execuções, a repressão, a desconfiança e por aí vai.
Mas segundo o romancista Ondaatje*, no remoto passado houve até hospitais para parturientes, para doenças dos iolhos também, que o rei mantinha. Há muitos anos em ruínas. Ou seja Ceilão, Sri Lanka esteve na vanguarda da sáude pública, lá se vão uns séculos.
O que ainda havia faz poucos anos e talvez ainda haja era a cerimônia budista,. linda, de dar olhos à estátua. Buda não pode viver na imagem se os olhos não estão pintados (se estiverem danificados e for preciso re-esculpir, também não).
O pintor e / ou escultor, paramentado em brocado dourado e de turbante, ajudado por um rapazinho de sua confiança que lhe carrega uma escada, chega em pompa e circunstãncia, trazendo igualmente um espelho. Sobe a escada, DE COSTAS.
O rapazinho sustenta o espelho durante toda a operação (no caso da simples pintura, leva alguns minutos ou até uma hora; depende do pintor; já re-escultura leva bem mais.) O pintor trabalha por cima do próprio ombro, não podendo em momento algum olhar diretamente para o que pinta, até dar por encerrado o trabalho, descer, e poder saudar a imagem como um fiel normal.

Como é que foi? ah sim! para alguns brasileiros eles sao idólatras, irão pro inferno como católicos, umbandistas e não poucos outros... Pois é...

* "Anil´s Ghost"

sábado, 12 de outubro de 2013

et tu brute!

Este blog seria para falar de saúde holística, mas os acontecimentos não têm permitido. Afinal, não existe saúde holística sem folha e não existe orixá sem folha, também não. "Ko si ewe ko si orixá".

Quinta-feira 10 de outubro o jornal O Globo vestiu a camisa de um morador de Botafogo que não queria oferenda para santos perto de sua casa. Ora, sempre será perto da casa de alguém. Para que uma ofenda, feita com seriedade e capricho, não comportando bicho cortado, tenha ofendido tamanhamente, ao ponto do moço pôr um cartaz declarando que o canteiro "não era macumbódromo" é que a intolerância cresceu, voltou a crescer, muito.
O cartaz exige que se respeitem "o jardim e a passagem das pessoas".
Se trata de um canteiro, não tem que haver passagem por ali. Pisar nele é que seria desrespeitar o "jardim".
Pessoa que se ofende ao passar do lado de oferenda limpa como aquela é que desrespeita, entendo eu.

Um amigo reenviou  a minha carta pra coluna para 35 entidades; da maioria das quais eu não tinha o contato.  Formoso!
E mandou também para a seção de cartas do jornal, que não se manifestou apesar da atitude sensível da jornalista que atendeu o telefone.  Vindos de coluna até agora perfeitamente respeitadora e tolerante,  texto e silêncio deixam a gente ainda mais triste.

A coluna afirmou que punham despacho ali "dia sim e dia também". Dei a cara a tapa que não seria o caso, pois oferenda se arria para santos em datas específicas.
Tá certo, o filho de santo varie de canteiro de vez em quando. Mas não digam que está desrespeitando nada.
Agora, se tem tanto filho de branco em Botafogo que congestione a fila e todo dia tenha alguém arriarndo, por favor, me avisem, porque vou voltar a morar lá.

domingo, 6 de outubro de 2013

aonde não irá meu voto

Já votei nessa candidata apesar de ser evangélica, porque era candidata "verde" e admiro a sua trajetória. Ou admirava, não sei muito bem se foi boa idéia o recente "casamento" político. Bem, política é isso; e sempre fui contra associar religião e política, tendo declarado a opinião aqui e em "UMBANDA GIRA!"
Os mais recentes abusos evangélicos, não por primeira vez ligados ao tráfico de drogas, acontecidos em Vaz Lobo e Vicente de Caravlho me haviam convencido porém que sendo candidata a moça, melhor anular a escolhê-la. É guerra civil, votar em evangélico não posso mais.
A culpa não e minha e sim dos agresores. E viva aqueles que, seguindo estas religiões, são conscientes e respeitam as demais. Mas haverá? é uma contradição entre termos.

E não é que hoje  o diário carioca "O Globo" entrevista historiador que estuda a "esquerda evangélica" que até aceita aborto e homossexuais (disso já se sabia). E declara que uma ramificação desta esquerda "até participou da Marcha das Vadias".
Agora já sabemos, se não estivesse evidente desde o começo, quem foi que quebrou imagens sacras para ofender ao Papa Francisco, que estava no Rio, e ao mesmo tempo, claro, à Umbanda e a quem mais use imagens.
Cresce a minha lista de quem deixar na ilha deserta. Os Blac Blocs que tacam pedra em casa de caridade, a Marcha das Vadias, e agora, a tal esquerda evangélica cuja abertura não se estende a aceitar as demais religiões.
Repetindo: já é guerra civil. 

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

pontos multicores

Meu primo, lá na Cinemateca de Lisboa, que por sinal periga fechar, reclamou com razão do uso do termo ingreis "bike" no lugar de bicicleta.
Comentei, acho que os que usam pensam que isto confere "pontos verdes", que são mais ecologistas assim, ou que fabricar "bikes" polui menos do que fabricar magrelas ou bicicletas.
Como além de trabalhar na Cinemateca de Lisboa adora criticar, quase teve um filho achando que a coisa JÁ valia os tais pontos "verdes".
Mas quase, quase, está valendo, na cabeça de quem usa o termo. "Pontos verdes", sim, e também "pontos dourados", por indicar que a pessoa tem bala na agulha, pra adquirir mercadoria chique e "pontos fosforescentes" que brilham no escuro como só deveriam brilhar os coletes dos ciclistas e antes deles os vaga-lumes; pontos estes indicativos do brilho geral da pessoa, suscetível de sair nas colunas sociais, onde ciclista algum pedala reles bicicleta.
Como diria aquele colunista, bike é o c....
No mais esse primo diz que não é contra a ecologia em si (precisava declarar uma coisa dessas?) e cá no Rio há um cineclube que também periga fechar, por insuficientes "pontos ecológicos". Fica no Jardim Botânico, passa filmes de arte e de graça, não prograna documentários sobre biodigestores (nem tem por quê, funcionando UMA noite por semana, e deixando todos os demais horários para a programação do que o JB desejasse...)
Parece abusivo opor assim ecologia e arte. Sempre escrevo sobre ecologia. Muito mais importante , sempre tenho atitudes ecológicas. Mas quando vou ao cinema, quero ver cinema.
E cinema no Jardim Botânico conscientiza os cinéfilos maIs desligados....cheguem a pé, de ônibus ou de BICICLETA.