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sexta-feira, 4 de outubro de 2013

pontos multicores

Meu primo, lá na Cinemateca de Lisboa, que por sinal periga fechar, reclamou com razão do uso do termo ingreis "bike" no lugar de bicicleta.
Comentei, acho que os que usam pensam que isto confere "pontos verdes", que são mais ecologistas assim, ou que fabricar "bikes" polui menos do que fabricar magrelas ou bicicletas.
Como além de trabalhar na Cinemateca de Lisboa adora criticar, quase teve um filho achando que a coisa JÁ valia os tais pontos "verdes".
Mas quase, quase, está valendo, na cabeça de quem usa o termo. "Pontos verdes", sim, e também "pontos dourados", por indicar que a pessoa tem bala na agulha, pra adquirir mercadoria chique e "pontos fosforescentes" que brilham no escuro como só deveriam brilhar os coletes dos ciclistas e antes deles os vaga-lumes; pontos estes indicativos do brilho geral da pessoa, suscetível de sair nas colunas sociais, onde ciclista algum pedala reles bicicleta.
Como diria aquele colunista, bike é o c....
No mais esse primo diz que não é contra a ecologia em si (precisava declarar uma coisa dessas?) e cá no Rio há um cineclube que também periga fechar, por insuficientes "pontos ecológicos". Fica no Jardim Botânico, passa filmes de arte e de graça, não prograna documentários sobre biodigestores (nem tem por quê, funcionando UMA noite por semana, e deixando todos os demais horários para a programação do que o JB desejasse...)
Parece abusivo opor assim ecologia e arte. Sempre escrevo sobre ecologia. Muito mais importante , sempre tenho atitudes ecológicas. Mas quando vou ao cinema, quero ver cinema.
E cinema no Jardim Botânico conscientiza os cinéfilos maIs desligados....cheguem a pé, de ônibus ou de BICICLETA.





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