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domingo, 30 de setembro de 2012

só não lava a língua dessa gente

Por duas vezes nos ùltimos dez  meses tive os banheiros inundados por esgoto que voltava da coluna, que se soubesse de qual unidade provinha.  Deduzi, trabalhando com sinais, que teria problema com os vinhos já que me mandavam os seus dejetos... e não deu outra.
Agora fui inundada por água limpa proveniente da obra de um deles.  Em diferentes etapas e momentos, com diferents causas. Antológico.
Não é nada desejável e água escorrendo sem parar em pequenos filetes, além do desperdício, pode acabar trazendo grandes danos. Mas era água limpa, e as incessantes reclamações que fui obrigada a encaminhar me puseram em contato com o engenheiro que vem a ser parente de um dos "colunáveis" do esgoto.  Serviu para "desdemonizar" cada um de nós para o outro, trazendo mutuamente visão mais humana (infelizmente com o parente apenas até agora).
Permito-me um parêntese de cinismo: qual seria o grau da simpatia demonstrada se um vez de me estarem inundando estivessem sendo inundados?... mas é fato que os consertos acabarão por dar jeito em coisas que mesmo secas precisavam de reparos. Ou seja, vou acabar lucrando.
Bem, ainda não começaram os consertos... mas tenho as fotos que bati.
Vamos ver se "a água lava, lava, lava tudo" como dizia a marchinha.  Primeor o esgoto depois a água... pior seria se fosse o contrário. Vamos torcer!

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

rega natural

Há uns tempos falei aqui da surpresa da bióloga no Jardim Botânico quando veram lhe dizer que a "Terminalia acuminata" que lá viceja estava extinta. Extinta como? Chegaram a um consenso, está "extinta na natureza" e plantaram uma centena de mudas por aí para ver se revertem a situação.
Pois é, é dia da Árvore, que para mim é todo dia. De presente, elas ganharam sabe o quê? Chuva!!!!
A data pode não siginificar muito mas a chuva representa.  Vinha chovendo uma hor apor semana e ficamos mais de dez dias não apenas sem uma gota como num calor fora de época.
Bom lembrar, quanto mais verde mais chuva-  e mais água na torneira, antes que algum cínico  fanático por praia sugira o  desmate...
Árvore não é paisagem, embora paisagem seja importante também. É oxigênio, remédio, temperatura mais fresca e vamos repetir, água.
Fico indignada quando mandam "NÃO" regar em tempo de estio.   É só usar água reutilizada. Não dá para regar gramados, e esse é um motivo que eu prefiro mesmo árvores e plantas na vertical a   extensos gramados.... Qualquer um pode separar a água de lavar a salada, a água de enxágue no balde do tanque, a água de lavar o arroz.... usem a imaginação. Apanhar água de chuva quando cai, e deixar separada e coberta, claro, para não dar dengue.
Como hoje estou colhendo, em vasilhas lá fora....

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

língua solta



A criança, feliz com as minhas brincadeiras, sorria como sorriem as crianças de quatro anos que não têm preocupações -algumas já têm- e esticava a língua a cada vez mais, até encostar no queixo. A língua corresponde na acupuntura ao Coração, e contém, como outras partes do corpo, um mapa holístico do mesmo. Não tão acurado quanto a orelha... E até o mais rudimentar de todos, depois da mão, do pé e do nari

(Pois é. Nariz também tem reflexos e em tese daria para tratar só através dele. Que não se usem rotineiramente indica que os pontos são mais difíceis de acertar do que os da aurícula. E não tão completos.). Mas enfim voltando ao da língua, o mapinha existe e funciona. Coração na ponta, Vesícula Biliar nas laterais, e por aí vai.

Tudo isso demonstra a importância da língua nas emoções. Que fica seca em alguns casos, podendo até doer, todos já sentiram. Há pessoas que sorriem com a língua paertada pelos lábios, ponta esticada para fora. Indício de perturbação energética muito séria e provavelmente mental. Afinal, na acupuntura, o Coração rege a mente, não eixtindo meridiano para o cérebro. Indício, também, de que o sorriso é falso e a autoestima baixíssima. Evite gente assim, independente de sexo ou idade, saia correndo, não se envolva qualquer que seja a sigtuação. Caso perdido.

Paralelamente, criança feliz estirar a lingua ao sorrir é todo o contrário. Como se estivesse desabrochando em direção à pessoa, confiando totalmente, baixando as defesas.

Aí eleas crescem e aprendem na escola a "botar a língua" o que tem outro sentido, que elas geralmente ignoram mas nem por isso... Aproveitem enquanto a lingua para fora é sío felicidade.

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

abra a boca e feche a torneira



DESCULPEM A DEMORA- PROBLEMAS DE REDE
Abrir a boca e reclamar está na nossa natureza. Não reproduzir aquilo de que reclamamos são outros quinhentos mil-réis. A gente reclama muito de poluição, no entanto poucos sabemos da poluição que geramos.... Há muito tempo me inncomoda jogar no lixo comum escovas de dente velhas; mas que opção há? Depilá-las com pinça, pôr no lixo as cerdas e nos recicláveis pôr o cabo?

Li sobre um casal que faz mais ou menos isso, mas eles realmente reciclam tudo, até fio dental (para amarrar tomate) o que me parece um tanto exagrerado, para não usar outros termos. Palmas para eles, mas espero que nenhuma marca do tomate seco a que às vezes não resisto venha dali...

Pois um odontologista tupiniquim1 criou uma escova biodegradável. Chama-se "Dr Veit Bio" e ele, Avelino Veit. Chegou a isso após anos vendo as escovas serem descartadas no mato da Amazônia onde viveu... Há muita coisa boa neste campo sendo criada no Brasil, como o tira-cáries de papaína, totalmente indolor e natural. E cadê ele nos consultórios?

Vejo que existe um plano a que começam a dar execução de descartar escovas e tubos de qualquer marca nas agências dos correios. Reparem que no Rio pelo menos muitas vão fechar, por não se enquadrarem nas novas normas. Então a tal reciclagem de escovas só valerá para as maiores, portanto. Mas será muito bom, contanto que difundido e aplicado pela população.

Mas para quê tanta escova de dentes na Amazônia? por que não nos miramos no espelho africano, onde todo mundo tradicionalmente escova muito bem os dentes... mas com materiais naturais. Gravetos de certas árvores, em particular. Não acredito que inexistam plantas brasileiras equivalentes. As escovas (e tubos de pasta) estão gerando, na Amazônia, na serra e nas cidades, não apenas o lixo que preocupou com tanta razão o bom dentista, mas a necessidade de quantias respeitáveis para o governo fornecê-las.

E vamos todos abrir a boca para escovar direitinho... e fechar a torneira enquanto isso.




1Caderno "O GLOBO Amanhã" de 21 de agosto 2012