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domingo, 23 de abril de 2023

 


Aqui dessa vez não houve a Alvorada de Ogun no morro; houve um modesto foguetório de quinta para sexta, véspera de Tiradentes.. NADA no dia  23. O que geralmente quer dizer que o "dono do morro" da vez é evangélico. Bandidos  semi-evangelizados como se sabe existem, e aquele famoso pastor se a pandemia não o levou para outro plano, que abençoava as metralhadoras. Tinha os cultos do afro-brasileiro por demônio maior. Pena a estupidez humana; e digo "aquele " pastor, pode haver outros. Todos sabemos que existem muitos que são decentes mas aquele não o tenho por merecedor do elogio. 

Quanto a Ogun, aqui no asfalto alguns foguetes diurnos escutei. Nada como a Alvorada.

Me diz uma prima que a Academia de Letra da Bahia quer nomear, ou já nomeou, a famosa cantora de Santo Amaro para a cadeira deixada vaga por um historiador, remoto contra-parente meu. Mesmo tendo sido ogã de Xangô numa das grandes casas do Recôncavo não sei se apreciaria a escolha. O irmão da cantora tem letras históricas,, trabalhadas e poéticas. Tem excelentes livros publicados, autobiográficos sim e daí? A mana só tem a arte da interpretação, que sim é notável mas é a Academia de LETRAS, não de cultura.

O exemplo já vinha da ABL matriz. O que têm de comum um grande jornalista, uma imensa atriz e outro artista do Recôncavo? Estão todos na ABL. O artista tem um livro com suas letras publicado por alguém, disseram na época. Acho pouco. Mas todos estes (a atriz publicou as memórias, com colaboração de outra pessoa...) puseram "letras" no papel assim ou assado. A grande cantora não. 

Então se agora vai ser assim que Ogun dê caminho para que a casa se torne Academia Brasileira de Cultura. Sai ABL e entra ABC. Pode ser que ajude a acabar com o analfabetismo funcional.




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