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domingo, 14 de abril de 2024

os portões

O bilionário metido no que não lhe diz respeito não tem mesmo vergonha na cara bochechuda. Não se peja de dar pitacos sobre escolhas feitas a nível de governo, aqui. Podemos achar que a escolha foi acertada ou não, mas não podemos é aceitar esse tipo de atitude de quem se orgulha de ter ajudado em determinado golpe, para poder negociar lítio, por um lado. E de quem já andou apoiando, leio, ondas neonazistas e outras racistas, na Europa, por outro.

O que quero dizer é que este senhor precisa ser posto em seu lugar, e não apenas pelo governo. Nunca fui de sua rede com este ou outro nome, se fosse já tinha saído. Cadê uma campanha de petições?  Lembra daquela parábola que entraram no quintal do vizinho e mataram o galo, as galinhas, isso e aquilo e a pessoa não fez nada, porque não era com ela, Até que foi com ela sim, mas já tinham levado o vizinho embora; e não havia mais a quem pedir socorro. Se deixar esse cara solto, daqui a  pouco vai ajudar a polícia goiana (que vergonha meu Deus!) a invadir casa de manhãzinha atrás das Jennifer Nayara da vida.

E francamente, que expressão entediada e triste para tanto dinheiro.




 

domingo, 7 de abril de 2024

fardões, fardas e fardos

O grande Krenak, sem o rosto pintado desta vez, orientou o cardápio da Academia Brasileira, comidas de inspiração indígena com o pormenor das cumbucas de barro descartáveis numa bacia  d´água, no final, para que " se dissolvessem e voltassem à natureza". Espero que o Aílton tenha orientado também o descarte nos poucos canteiros da ABL; parece-me lembrar de modestas palmeiras onde sem dúvida cantará sim o sabiá, posto que o ouvi na Primeiro de Março ali do lado! Foi  (logo) antes da famigerada obra que destruiu o que restava do Morro do Castelo; então quem sabe justamente o jardinzinho foi refúgio?

Aílton, os indígenas em geral e os Krenak em especial merecem todas as homenagens e desculpas, como as que foram pedidas oficialmente outro dia. Descendentes dos que foram chamados Botocudos, os Krenak foram aprisionados, desterrados e torturados,  perseguidos desde o tempo do rei com a intenção de extermínio. Há muito não eram canibais, mas matar um botocudo era matar um canibal peçonhento. Na semana do pedido de perdão desenterraram foto dos anos 70, um Krenak amarrado no pau-de-arara  sendo levado pela rua "para exibir às autoridades", isso em pleno dia.  Os PMs usam aquele capacete típico dos anos de chumbo. 

Outros fardados reclamaram, numa página virtual exibida no Guga, denunciando que a Nação se punha "de joelhos para os índios". Senhores, confiram a foto. Sabemos que existem militares de todas as patentes que são decentes; os  da fotografia são do segundo tipo.

E outro macro-jê, esse ainda usando botoque com orgulho, o bravo  Raoni que deu nome a tantas crianças da cidade, ganhou medalha do presidente francês.  Sim, mas teria preferido respeito e terra limpa de garimpo. 

Para todos. Já. Sem mercúrio.



quinta-feira, 14 de março de 2024

crimes reais e outros menos

 Dias difíceis, além das inexplicáveis amizades  internacionais do presidente, Centrão a todo vapor, esse bando de saúvas; morticínio dos Yanomamis e no Rio,  querem homenagear a inacreditável ex-dama no Theatro Municipal. Nada fez pela cultura, muito pelo contrário.. Pior, é inimiga do Estado de Direito. Criminosa homenagem.

Certamente ela também censuraria romances. Não esperei nem O Avesso da Pele nem Um Defeito de Cor virarem polêmica, ou samba -enredo respectivamente para comprá-los; gostei do que vi no Segundo Caderno e bastou.  Resultado ao avesso, o censurado está vendendo que nem água. 

Por isso apelo para o escapismo dos romances policiais. Tupiniquim que sou, aprecio o delegado Espinosa, mas convenhamos que a sua namorada é a coadjuvante mais aborrecida da literatura brasileira e creio, mundial, sempre a subir as escadas trazendo "pães e queijos". Pede uma pizza mulher, e diz algo que preste! Meu coadjuvante predileto no gênero é o barrigudo Marino, que ajuda a improvável doutora Scarpetta a desvendar casos. A doutora gosta de cozinhar mas tem diarista, o que não é o caso do detetive Hyeronymus /Harry Bosch, cuja casa se limpa milagrosamente (ou fica imunda). Possui contudo um lava-louças, já é algo. Mas Bosch é no gênero meu personagem mais querido, qualidade das tramas, da escrita e a rede de personagens ao seu redor que também protagonizam livros da série.

Há também os diversos escandinavos, os chineses, mas empatado com Harry Bosch no meu panteão vem Adamsberg o francês, que protagoniza nem o terço de livros do californiano. E é vaidoso, herói de sua série é ele, nunca o meio-irmão advogado nem o jornalista que casou com a ex-namorada. Adamsberg é baixinho e baixinhos são estrela, têm de ser. 

Essa gente boa resolve muito crime para nosso proveito. o crime contra a dignidade nacional que representa homenagear a ex-dama nesse templo da cultura, isso eles não chegam nem perto.






domingo, 3 de março de 2024

esperar não é fazer

Impressionante como o porte oficial de armas e fardas, em ve de gerar proteção, acarreta temores em quem as usa.

Pelo menos os policiais militares que em 19 assassinaram com mais de cem tiros um catador e um ambulante  por se sentirem ameaçados foram condenados e estão recorrendo, insistindo na "ameaça".. Por ser na nefasta época daquela pós eleição muitos pensamos que nem isso aconteceria.

Em Israel soldados fortemente armados se acharam ameaçados por civis famintos, desarmados, e desorganizados sim. Massacre. Quanto ao exército israelense, vem parecendo necessitar de troca urgente na equipe que os prepara psicologicamente (deve haver uma, ou deveria. )

Não se pense que massacram apenas civis palestinos; Todos devem lembrar dos três reféns israelenses  que surgiram agitando bandeira branca e chamando pelos soldados em hebraico. Se sentiram ameaçados os soldados, passaram fogo nos reféns. Dois caíram, o terceiro correu gritando Socorro! em hebraico. Mas que ameaça! Morreu também.

Se isto não demonstra a necessidade de um cessar-fogo imediato, talvez as palavras do cineasta Amos Gitai ajudem. Ele declarou que não existe outra alternativa que não a paz entre israelenses e palestinos. Acredita nas flores vencendo o canhão, e todos precisamos acreditar enquanto aplicamos o ditado postado por amigo meu em seu perfil, Se vis pacem para bellum.


 

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2024

estrelas

Há estrelas de todo tipo. A Estrela Solitària, que tem evidentes problemas psicológicos para brilhar de forma contínua. A estrela vermelhinha do Partido dos Trabalhadores é outra.com problemas inversos, excesso de confiança em vez de carência, e sempre ao contrário da outra, cujos problemas vão pouco além de sua torcida, atrapalha o País quando se enrola.

Não pela primeira vez neste espaço imploro que meus amigos simPaTizantes se desloquem em pessoa ou via espaço virtual (vale teletranporte) para impôr  uma mordaça ao nosso mandatário. No coração de quem segue vivo um torneiro mecânico admirador do PC e convicto de que a salvação provém de Moscou, que não pode errar por ser Moscou. Ter sido torneiro só o honra. O próprio PC um dia pareceu a salvação dos povos; isso tem um bom século, mesmo se verdade for que nas células italianas vigora a independência de pensamento. A salvação cada um faz, não a importa de mecas.
Não representa a democracia quem apoia ditadores, sejam megalômanos europeus ou bigodudos latino-americanos. Não bastasse a Ucrânia.  O russo prende, mata os opositores e a reação é vergonhosamente tépida. Mesma coisa em relação a Caracas. 
A língua do presidente cresceu junto com a sua trajetória e nela tropeça com estrépito. É a arte do tiro no pé, desta vez num momento em que a Polícia Federal acua um número de inimigos da nação, civis ou estrelados nas ombreiras. Mas o presidente, que muito acertou ao reclamar de memes contra o filho do antecessor em página governamental, em vez de seguir a boa maré se afoga na própria boca. E todos nós pagamos. 
A Estrela de David foi e é usada pelos opositores, parte de sua estratégia. Não é motivo para comparar os desmandos sanguinários do exército israelense à arquitetada e cirúrgica tentativa de extermínio de um povo. Retraia-se, presidente. Pense dez vezes antes de falar, em casa ou no exterior.
E honre a memória de todos os Navalny do mundo. São estrelas cuja luz teima em brilhar.





domingo, 11 de fevereiro de 2024

Hora da Verdade

Quando o ministro revelou na entrevista ao Globo que tinha havido um plano para o seu sequestro e, segundo quem conspirava, subsequente execução (em praça pública ou na moita, num automóvel, aí também segundo o conspirador) alguns presumíveis aliados seus duvidaram, nas entrelinhas.. Era a primeira da série comemorando a resistência do Estado de Direito após a intentona do 8 de janeiro 2023.

O plano, sabemos agora, não só era verdade como de início incluía mais dois sequestrados, o presidente do Senado e outro ministro do STF. Revelou agora o ex-ajudante de ordens que o então mandatário deu "uma tesourada, enxugou o texto". Não foi o texto, querido, foi a ideia; pode ter achado que vivos dariam trabalho, executados causariam outros problemas, dissolvendo o foco.

O Brasil pôde apreciar o alto nível moral dos conspiradores. O Oxímoro Fardado, general chefe da Casa Civil, indignado com um coronel honesto que se recusava a participar, sugeriu infernizar-lhe a vida, e da sua família. Faceta da preocupação com a família que apregoavam sempre? Já o então ministro da Justiça resumiu: - Vamos todos se foder, senhores.  Concordância do ilustre. Dos outros generais, um queria virara a mesa antes da eleição, e o outro descreveu opositores como "inimigos, ressaltando que como militar é treinado para pôr inimigo fora de combate.

Neste momento? um destes quatro-estrelas recebeu a visita da PF que saiu carregando vultosa sacola de documentos. Outro coronel retornou ao Brasil para ser preso a o descer do avião. O Comandante da Aeronáutica declarou que quem infringiu a lei deve ser punido. E o ex-mandatário? Esse já se dissociou das atitudes dos citados generais. Diz que não tinha nada com "isso daí", porque não saiu da boca dele.  Ah?

Bem, devagar se vai ao longe, um passo depois do outro e o jogo de pega-varetas continua. Hora da verdade.





sexta-feira, 2 de fevereiro de 2024

fantasia mortal

No Rio de Janeiro uma faceta da violência urbana é invadirem os bandidos hospitais onde são tratados seus desafetos de outras facções. (Até rendeu um excelente filme logo antes da pandemia.) Isso, imagino, só não é muito mais comum porque acabam sendo poucos os bandidos que chegam ao leito de hospital. A maioria dos que entram em confronto com a polícia ou fica pelo chão  ou já chega sem vida ao hospital (algumas vezes ajudado pelos policiais.)

Pois não é que Bibi  fantasiou três militares ou paramilitares seus de médico para executar palestinos internados? Não tenho ideia do que pensam a respeito no Velho Mundo, acredito que só a extrema-direita israelense possa aplaudir a inovação criativa. Por aqui não calhou de ter lido comentários devido às revelações recentes da política envolvendo aqueeeele clã.

Mas provoca engulhos, pois não? Importante ressaltar que os três executados não merecem uma lágrima. Era  gente do Hamas e do E.I. Opressores de mulheres, negadores do Holocausto, defensores da violência extrema e antissemitas. Nem por isto se invade hospital. E menos ainda fantasiado de médico. Os bandidos cariocas têm a hombridade de entrar sem disfarce. 

Bibi, comentei com o palestino das falafel, para quem separo matérias do Globo e da Folha, conseguiu se equiparar aos terroristas que pretende derrotar.