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terça-feira, 27 de julho de 2021

"narrativas"

 As aspas vão por conta da súbita popularidade do termo com integrantes do governo e ex-simpatizantes, como a própria parlamentar que sofreu agressões. Agressões sem dúvida violentas, e só  isso creio que já justifique a solidariedade prestada a ela pelas colegas, sem aguardar o fim da investigação.

A história pode estar incompleta ou mal contada, mas é difícil acreditar que produziu tal estrago em si mesma. A escassa simpatia que nutro pela pessoa se deve inteiramente ao seu célere afastamento do clã presidencial. Tenho-a por capaz de raciocínio e de vergonha na cara, por conta do afastamento, e sem investigar seus ditos, feitos e escritos.

Mas certa ou errada, a história já revela profundezas abissais da vileza de alguns.  Um dos generais do governo, um que é tido por bom, por excelente militar ao contrário do mandatário, riu de se esbaldar e publicou que ria. Um senador, a quem a moça processa, declarou: " Ah, aquela deputada feminista?: Aquilo é de duas, uma. Ou duas de quinhentos (imita chifres com os dedos) ou Uma Bem Grande (funga, evocativamente).".

Talvez coubessem os propósitos em mesa de bar., bem como as gargalhadas do general. Porém muitas pessoas parecem esquecer de quem são ao chegar nas redes sociais, e mais ainda os defensores de um des-governante a quem têm por ídolo, já que este lhe fornece diariamente o mau exemplo. Ser bom militar não acarreta necessariamente ser boa pessoa. Boas pessoas dificilmente entram ou ficam num governo como o de um senhor que vai abraçar nazistas, imita o Duce e toma leite em público para demonstrar que não carrega sangue com mistura de índio ou oriental.

Independente da veracidade da "narrativa" relatada à Polícia Civil pela agredida, este senhor precisa ser removido. Logo. Destituição já.




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