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domingo, 31 de janeiro de 2021

é dose...

 Desculpem o tema. Mas estou preocupada com a forma de nos desfazermos dos corpos da vítimas da pandemia.

Não sou entendida na matéria. Rezo todo dia pelos coveiros e afins, junto com os demais profissionais de saúde, e descobri que são os profissionais mais importantes da face da terra. Não apenas "de saúde". Em geral. Quem pensar vai me dar razão.

E vejo nas fotos que cada vez mais estão protegidos, em todas as cidades maiores trabalham de roupa de astronauta. O problema, pois é, são as cidadezinhas de sessenta habitantes. E em todas as cidades, ocorrem enterros. Não seria o caso de exigir cremações? Infelizmente, talvez não seja. Estas não são possíveis fora de algumas grandes cidades. E levar para estes centros centenas de caixões é ideia que não se sustenta por um minuto.

O ex-ministro defenestrado já disse que o transporte de doentes vem sendo realizado de qualquer maneira, sem cuidados. Talvez não existam as condições, onde existe medo. Medo, ou o seu contrario. "A doença não pega, o pastor disse". Talvez os transportadores estejam cientes e não existam meios práticos de fazer melhor. Os vivos. Que dirá caixões

E como seja, muito mais da metade dos corpos são enterrados. Em breve, não tenho dúvida, em covas coletivas. E o vírus, que não é vivo e portanto não se pode matar, sobrevive em esgotos, que dirá na terra. Pouco animador, não é?

Mas para trazer uma nota menos sombria. Houve o caso da cidadezinha que precisou repartir sete doses entre 30 profissionais. Pois bem, noutro lugarejo Brasil adentro, o prefeito se apossou das poucas doses, porque ele é quem cuida da cidade, afinal. Vacinou alguns assessores, e a esposa, que é quem cuida dele. Sobraram duas doses.  Duas. A quem contemplar:? A prefeita teve um lampejo. Vacinaram os dois cachorros da família.




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