Em meio à votação para o Conselho Tutelar, o querido Gabeira se lembra de defender banheiro unissex. Teve sim alguma utilidade a declaração porque poucos sabem, talvez, fora dos que clamam por ele, que se trataria de cubículo individual usado por uma pessoa de cada vez. Não o quadro que nos passa pela cabeça, e que os pastores conservadores incitavam as suas agressivas ovelhas a rejeitarem, inclusive com informação falsas, já que o presidente longe de querer impor, é contra. Pois é, fui até ler a coluna tão mal informada quanto o presidente. Ainda assim para quê isso? Existem banheiros construídos e em uso, separados e completos, e para não melindrar pessoas que se sentem ofendidas por ter de optar por um gênero na hora de usar, teríamos de refazer tudo.
Há na Amazônia dez rios secos e (agora) 120 botos mortos, sendo 20 tucuxis e o resto cor de rosa. Será que cabe defender banheiros unissex? Vamos falar sério.
Outra construção flácida, infelizmente, é a cocheira, tombada ,de Paquetá, que virou favela, lemos. Pois é, não vão mais a Paquetá , não. Há favelas e também evangélicos que cortaram, lembram: o baobá porque "era do demônio". E como proibiram as charrettes, os cavalos sumiram (viram salsicha na Europa) e a cocheira do tempo do imperador se dissolve.
Jamais concordei com a forma de "acabar com maus-tratos a animal" que parecia muito com o "tirar o sofá da sala". Não assino petição que peça isto. Primeiro digam o que farão com os animais. E com o resto. Na cocheira de Paquetá há em caixas de madeira lacrada duas carruagens que a Família Real usava quando ia passear. Perigam se decompor, primeiro as caixas depois as preciosas carruagens. Isto se os invasores da cocheira não queimarem tudo numa noite de frio.
Socorro.
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