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domingo, 6 de agosto de 2023

o amigo

 Existe no interior de São Paulo uma Organização Não Governamental que acolhe cavalos e outros animai que sofreram maus-tratos. Cavalo é o foco, porque o fundadores não escondem a paixão,  mas recebe jegues e tal, bovinos e também cães, daí o nome, Abrigo São Roque.

Mesmo eles não fazendo mais parte da vida cotidiana como outrora raras são pessoas que lhes têm ojeriza. A importância do cavalo no passado, e no imaginário de todos nós, lhe vale no Brasil a proibição do consumo da sua carne. Não se come o amigo.  Então não se explica que dois estados nordestinos sigam lei diferente, nem que exportemos cavalos e jegues para países que não têm esse pudor. Não sei quais são, não me espantaria que fosse França, onde desde o Sítio de Paris passaram a comer, e seguem comendo mesmo sem guerra, e China, que come tudo que vê pela frente.

Mas, se for em vez disto o Baluquistão e o México, segue a mesma hipocrisia nossa. Não pode comer, ah, mas vender pode. Não se pode, talvez, deixar que proliferem sem controle, vão achar anti-econômico.  Ouviram falar de castração? O animal que serviu na roça agorinha, ou no caso do Nordeste que trocou jegue por motos (!) há poucas décadas, deve morrer de velho no pasto.  E nem entro no mérito do singular costume do Jóquei de abater na pista o animal que quebrou a perna. 

País que pretende acertar as suas pontas não pode se pautar pela hipocrisia nem a ingratidão. Parem de se achar superiores aos que não são dotados de fala; a cada dia demonstram o quanto lhes falta para chegar lá. É grande o hiato.

E no mês de Omolu e sempre, salve o Abrigo São Roque,  que possa ser abençoado. Viva o dia 16.














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