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quinta-feira, 29 de junho de 2023

tamanduás

Sabíamos: retirar, expulsar todos os garimpeiros e madeireiros e pior, os narcotraficantes infiltrados e mesmo associados seria difícil. Mesmo assim se veem resultados. Porém alguns voltam, um bando de formigas violentas e determinadas. Dede o começo foi dito, expulsar sem monitorar ou prender não adianta, abrirão novas frentes 

.Narcogarimpo só tem um lugar, a cadeia. Caso de exército mesmo, ajudado por indígenas que queiram e possam ajudar. Mas fiscalização perene, não podemos vivenciar outros casos de fardados avisando o garimpo ilegal que uma patrulha vai chegar.
Não vejo o governo falando de replantio, mas sabemos que existem áreas replantadas já do tempo do governo anterior, e certamente sem o seu beneplácito. E que alguns pontos já foram talados.
Creio que nessa luta o Ministério e o governo em geral poderiam empregar ex-garimpeiros e ex-madeireiros a que se daria como opção à prisão o trabalho no replantio. Um treinamento seria necessário. Não cabem é todos atrás das grades, e talvez nem todos mereçam.
 Treinamento deveriam também receber os integrantes das Forças Armadas que ali trabalham... Precisam entender, os que ali colaboram, que não seria vantagem "carro, televisão, sapatos" como muitos comentam ao ver os indígenas. Não são eles apenas, aquela senadora, que ano passado levou goleada da atual Ministra dos Povos Originários, exclamou ao ver a aldeia "mas quem fez isso com os índios?" Mulher bem-intencionada, pode ser que tenha entreaberto os olhos, mas a visão "índio com o tempo pode virar até gente", defendida pelo ex-mandatário, ainda grassa na sociedade. 
E por favor, presidente e o amontoados de "representantes de partidos aliados", saúvas esfomeadas, precisam todos aceitar que a mata de pé, além de valer mais do que cortada, é o que protege e alimenta os povos originários.
Você sabia que os territórios de Kayapó, Yanomami e Mundurucu, os três povos mais em perigo, não são contíguos como a minha ignorância imaginava? E sim separados por extensíssimas áreas que servem de terra de ninguém e de repositório de vida.
Agora imagina as formigas lá. Inverti a letra e estou cantando "vem aí o formigueiro, avisa o tamanduá".



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