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sábado, 2 de julho de 2022

negros como andre rebouças e princesa isabel

 O marombado merece a medalha. Ele leu 832 livros!! gente, ele os conta!!! Gostaria de saber quais.

Sem a menor dúvida estudou, acho que é formado em Direito. Um terço dos 832 serão livros de leitura obrigatória. E é possível que ele esteja computando também algum livro de sua infância. Não me arrisco a imaginar qual ou quais. 832!!

Mas o marombado quebrador de placa também questiona a definição de intelectual, daqueles diversos poetas que recusaram a homenagem ontem pra "não levar um tiro no coração em vez de uma medalha" na definição de um deles. Questiona, e é aí que entram os 832 volumes. Ele tem isso tudo aas estantes e NUNCA OUVIU FALAR dos poetas em questão. Não é o desconhecer que se reprova; nem todo mundo gosta de poesia.  Duvido muito que o físico ou contador médio conheça profundamente os poetas vivos brasileiro. Até aí nenhum desdouro. O problema é o moço definir a irrelevância dos poetas por NÃO estarem entre os 832. Li 832 livros e nenhum deles está ali, então quem são eles? Bota eles no Twitter pra ver se são populares. Palavras dele.

A César o que é de César, o primeiro quebrador de placa não foi ele e sim seu amigo com-cabelo, que quebrou sozinho a placa Zero, na Cinelândia, quando era assessor do Filho Um. Esse da medalha foi junto da inesquecível segunda vez, na serra, com o futuro e barrigudo ex-governador a gargalhar.

Repito, esse aí sabe ler e escrever com fluência, estudou (e leu 832 livros). Outro homenageado foi o ex-PM que usa três sobrenomes, o do mandatário, o da certidão que me recuso a escrever, e a alcunha de Negão. Jeito de miliciano, depois de eleito comprou muitas correntes de outo, um investimento.  Esse estudou menos; mas diz gostar de ler História do Brasil o que só é louvável.  Reclamou que aqui "enaltecem alguns negros mas esquecem de outros. Falam muito de Zumbi dos Palmares, mas esquecem de André Rebouças e princesa Isabel." Palavras dele.

Bem, Rebouças ganhou um túnel em sua homenagem, não anda tão esquecido assim. Abolicionista, era contudo muito confuso. Tinha escravos em casa, que ia libertando de um em um em festas nacionais ou de santos de sua devoção.  É muito possível que o adolescente médio de qualquer cor e qualquer extração social ignore quem ele foi, e que fosse negro, ponto para o recentemente homenageado nesse caso. Será como o famoso relógio parado que tem razão duas vezes por dia. 





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