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domingo, 17 de julho de 2022

já estão metralhando

Leio hoje na Folha  que é difícil para especialistas criminalizarem discursos de ódio quando não são seguidos por atos: "ninguém metralhou a petralha", diz o sociólogo, nem "incendiou fascistas". Cabe aqui dizer que ignorava tudo desta conclamação absurda. Deve ter circulado em redes sociais, de que me abstenho; que problema  traz escrever e gritar, Fora fascistas?  Criar telhado de vidro do nada é anti-estratégia. Vem o tal instituto e equipara o inequiparável.

Porque é impossível de equiparar. A charge da Folha lá do começo da semana mostra de um lado um alvo humano, do outro fuzis apontados, com os dizeres: Basta de Polarização. A coluna do BMF no Globo denuncia o termo, avisa que existe permanente fascistização de um lado e pronto.

Quem duvida analise as justificações do deputado Quebrador de Placa, o do-cabelo. Invadiu passeata do candidato mais democrático ao governo do Estado porque "não podia ficar assistindo o outro lado insultar a família dele e a do presidente da República". A ele, devem ter chamado de filho da puta, com todas as letras que merece. À famiglia, terão chamado de fascistas e ladrões. Esta merece as definições. Aquela, a do invasor, não era alvo específico e não teria ele ouvido nenhum impropério se ficasse em casa. Ouviu porque foi fiscalizar, como já tentou fiscalizar com o  Segundo Quebrador  o colégio PII. 

E discordar do presidente virou crime na cabeça de fascistas, como o ataque em Foz do Iguaçu demonstrou. Nos dois casos era um encontro a favor de algo, a comemoração de um aniversário, a passeata de um pré-candidato. Mas ser a favor do que os armamentistas condenam passou a merecer pena de morte. Ambientalista, nem se fala, e se o culpado for indígena. então.. Ontem, dois anos depois do atentado, a PF prendeu o suspeito de matar um dirigente Uru E Wa Wa. Se dependesse do governo, não prendia.

Num dia que em tese é do meio-ambiente, (mas deveriam ser todos os dias) é um modesta promessa de justiça. Melhor seria tê-lo vivo e ativo. Um aspecto positivo destes tempos mortíferos é a proliferação de jovens mulheres indígenas que põem cocar na cabeça e a boca no mundo. Outro é a união contra a destruição; daquele infeliz pajé obrigado a botar gravata e ir ao culto não se fala mais. Os povos nativos perceberam, muito antes do atentado de Foz, que já estão nos metralhando.














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