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segunda-feira, 10 de maio de 2021

lugar de fala

 As recentes barbaridades perpetradas por mães que  desejo possam nunca sair mais da cadeia nos levam ao óbvio, mulheres separadas não são necessariamente mais adaptadas a cuidar dos filhos do ex-casal do que o pai. E em todos os casos é preciso que o Conselho Tutelar seja mais atuante.  

No caso do menino da Barra, acompanhado pela avó e pelo pai, não parecia haver necessidade. Mas no caso da menina, que não teve sequer esta sorte, duas outras casas onde era querida; pelo menos desde que foi viver com a mãe e demais assassinas, só vivenciou o horror. Chegaram a fechar janela com tijolo. Os vizinhos sabiam, reparavam, e ninguém se mexeu. Agora os dois pais se lamentam, Sim, foram omissos em algum grau, mas não maltrataram e teriam mais condições. 

O que nos leva a uma reflexão sobe o ensino a domicílio. Que pais teriam que moral e que condições para isso? E como observarão anomalias na criança professores que não a vêem? Para nada dizer da socialização. \educar em casa deixa a criança à mercê do que os pais acham que deve ser ensinado, e ninguém proíbe que ensinem depois da aula. O que se almeja aqui parece ser evitar o contato com "demoníacos" colegas, por isso agrada tanto aos evangélicos, e é sempre bom lembrar que o atual ministro da Deseducação manifestou-se a favor dos castigos corporais. Imagina sem o respiradouro da escola.

Recebi um vídeo em que uma senhora negra e favelada (Jacarezinho?) abaixa a máscara para falar aos que a filmam, respeitando o distanciamento social. Totalmente franca, foca um auditório que como ela, tem parentes presos por crimes pequenos ou grandes. Vivendo nas condições que sabemos; em algumas celas fazem anos que dormir é por turnos, não há espaço. No entanto a senhora afirma de várias maneiras: não quer que venham criar nem uma só vaga a mais nos presídios. Que sigam como estão os parentes lá; o que é preciso é acabar com a espiral que leva ao crime. E criar o quê? Escolas. Que ensinem cidadania.

Há de ser um Treze de Maior no mínimo melancólico no país. Mas eu quero esta senhora em algum posto de destaque. No Senado, na Câmara.




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