Quando a barragem estourou lá atrás, e o presidente recém-eleito confundiu "refeitório de empregados" com "depositório de empregados", palavras dele, já o deviam ter destituído ou pelo menos investigado pelo ato falho. Quando outro dia se deixou fotografar bem à vontade segurando um cartaz dizendo "CPF Cancelado", não entendo como ainda pode permanecer no cargo. Que decência, que moral tem para tanto.
O CPF em questão não é o dele, e só os íntimos entenderam a necro-piada do necro-presidente. O CPF cancelado é acima de tudo de muitos apoiadores, que se recusavam a seguir as medidas de proteção. Mas de roldão levam a outros, e a muitos enfermeiros, estagiários e médicos da linha de frente, que independente do que pensassem trabalhavam e muito, e alguns destes tiveram de nos deixar antes dos 30, o que parte o coração de quem tem. Evidentemente não é o caso do ocupante daquele palácio lá em Brasília.
E que vergonha ver a ministros se vacinando escondido e depois confessando a travessura. Têm medo de quê exatamente? De escarcéu diante dos enfermeiros, de perder o cargo, de agressão física? Que vergonha ver a um time de ministros e senadores prepararem "cola" para evitarem perguntas incômodas na CPI, sim, e depois mandarem a lista para o que para eles são as mãos erradas.
Que a chuva torrencial limpe um pouco este país. De um fardo o Estado do Rio de Janeiro já se livrou: o retrato do ex-governador amorosamente montado com balas, das de chumbo, deixou o Palácio Guanabara. Ufa.
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