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sexta-feira, 20 de novembro de 2020

a consciência

 Para comemorar o Dia da Consciência Negra, dois seguranças de mercado no RS mataram a pancadas a um negro. Não sei o motivo da altercação se houve, mas a covardia já motivou o afastamento dos dois. Sim, vão responder a processo, mas o morto está morto. 

Era meu irmão-de-branco, tocador de tambor no terreiro. Me sinto enlutada como cidadã e como umbandista.

Está mais do que em tempo de exigir Ficha Limpa dos seguranças de mercado, e mais ainda, entrevista com psicólogos. São demais os atos violentos e criminosos praticados por eles em suposta defesa da propriedade alheia. Mataram, lembro, só no Rio pré- pandemia, a um rapaz acompanhado da mãe que fizera uma pergunta, à cachorrinha mascote de outra loja, e agora isso, dois contra um, o que no pátio do recreio se aprende que é errado; nem o rapaz que acabava de pôr o pé no mercado nem a cachorra haviam apresentado qualquer ameaça ou intenção de roubar coisa que fosse, e nem isso justificaria a violência. Não são pagos para exercê-la; e estes são só os casos de que melhor lembro.

O sempre surpreendente vice-presidente declarou que não há racismo no Brasil; escolheu mal o momento. Recentemente lembrei aqui que a governadora interina de SC é filha de pais nazistas. Racismo, venha de quem venha e direcione-se a quem se direcione, é nojento sempre.

Essa noticia ofuscou o brilho de outra, referente ao Camboatá, de que falarei noutra hora.



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