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quinta-feira, 20 de agosto de 2020

amoras e falta de amor

 Meu filho mora numa vila arborizada que ontem foi visitada por um casal de tucanos. Pousados numa amoreira (a árvore, claro, árvore essa notoriamente baixinha, nenhuma das que crescem na vila é alta) inverteram os papéis.

Enquanto iam comendo uma que outra amora, se divertiam jogando amendoim pros macacos, ou melhor, amora pras crianças, que as pegavam e metiam na boca.  Pois é, a gente não sabia que tucano era capaz de se distrair assim vendo outros bichinhos se alimentar com o que lhe atira. Quem sabe amanhã o tico-tico lá fora me traz umas sementes de almoço. Ou a corruíra, uma minhoca recém-achada.

Tico-ticos e corruíras e toda a avifauna que amamos precisam de verde. O sinistro da Economia esses dias andou usando de anti-diplomacia, avisando gentilmente ao primeiro mundo que acha correto lançar mão de erro já cometido por esses interlocutores, desmatando à vontade. Acrescentou se não me falha, que os que tinham índios os haviam massacrado.

Pelo mesmo raciocínio, os raros países que jamais conheceram escravidão ou canibalismo poderiam agora instaurá-lo, já que todos os demais tiveram essa oportunidade e eles não.

Atrás das gravatas prateadas e do estômago para ser tratado como um ex-superministro, este senhor esconde a mesma alergia ao mundo natural que exibe o seu patrão.

Este senhor carece mesmo é da vergonha básica de qualquer ser humano decente. Que os tico-ticos o atirem aos tubarões..

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