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sábado, 11 de julho de 2020

falta de Educação

Nomeou-se o quarto ministro da área. Não surpreende que seja pastor, mas é presbiteriano, não daquela famigerada congregação. Presbiterianos participam de eventos ecumênicos, pastores presbiterianos já apertaram a minha mão, pode por esse lado merecer um voto de confianças; basta lembrar sempre, como diz o jornalista, que o Estado é laico, e pronto.
Mas aí começam as dúvidas.
Poucos anos atrás este senhor, cujo currículo parece sólido, recomendava castigos físicos. Com pormenores e citando a Bíblia. Verdade é que  agora apagou a postagem, portanto não é crível que vá incluir tal uso nas escolas. Tanto ou mais preocupa que cite a Bíblia como se fosse bússola, mesmo sendo pastor, para coisa tão polêmica. Na Bíblia se acha de tudo. Está por exemplo escrito, Não deixarás viver a feiticeira. Vai ser apedrejamento ou fogueira, pastor?
E preocupam mais ainda os seus coleguinhas. Não estão gostando. Um particularmente falastrão e próximo, para mal dos pecados da nação, do clã que nos assombra, já estrilou. Que, alto lá! propor pacto com esquerdopatas não pode ser. Esse outro pastor, um mala que fala, já definiu quem pode e quem não pode merecer a luz divina.
Mas voltando ao novo ministro, o que ele precisa lembrar é que salvar o ano letivo pode ser bom mas não pode ser prioridade. Tocar pra frente de qualquer jeito, num quadro de ensino já não muito bom das pernas, é pior do que todos perderem o ano. Sim, muitos estão estudando em casa. Mas infelizmente a maioria dos discentes de escolas públicas Brasil afora não tem computador nem acesso a ele, e esta maioria simplesmente NÃO está estudando.
Estudar nunca é inútil. Seja particular ou pública a escola, os garotos que estão acessando aula virtual estão se beneficiando disso, mantendo aquecida a máquina, aprendendo novos saberes. Não devemos sacrificar mais estudantes já muito sacrificados; e determine a volta às aulas a total segurança para professores e alunos.

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