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sexta-feira, 29 de maio de 2020

de cores e obeliscos

Factóides, por motivos que só ele pode apreciar, fazia o ex-prefeito Maia. Achava bonitinho. Entendo que cunhou o termo, ou então o importou, um sinônimo muderno para "inverdade". E os dois prefeitos seguintes me provocam intensas saudades daquele tempo assaz grotesco, com Obelisco de Ipanema e tudo mais. Tudo é relativo. Ah, sim, o Obelisco não era factóide, quem dera.
Chamar porém o vociferante presidente de "factóide" as ameaças de seu bezerro 3, um de seus três zeros como definiu o brilhante colunista, é mais uma forma que encontrou de atirar a culpa no colo dos outros. Porque o referido deputado mais uma vez e mui claramente proferiu ameaças ao Estado de Direito, obrigando os generais em posição de maior evidência a ir declarar que ele "fala o que quer" para desmenti-lo. Ninguém sonhou, o moço disse aquilo mesmo.
Se o papai quer dizer que era "retórica", deveria ter criado melhor aos seus pimpolhos; por retóricas assim estão investigando os mais estridentes de seus apoiadores.
Os indecisos, os que achavam esse desgoverno regular ou não sabiam o que dizer, estão migrando para o campo dos que o acham condenável.
Mas como fomos  produzir em solo nacional a ainda inalterada dízima periódica que mantém o apoio e ainda o acha paciente ou dito com outras palavras, que ouvi na rua, "bundão"?
Como nasceu aqui esse movimento extremista, violento, de simpatias não raro nazi-fascistas e ainda por cima terraplanistas e ninguém notou?
Quando em fins de 2016 vi no jornal um movimento de militantes evangélicos uniformizados de preto, cabelo quase raspado, formando batalhão ao que só faltava (então) os fuzis, achei que tinha ligado o sinal amarelo em algum lugar.
Estava errada, era vermelho e agora incandesce.

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