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domingo, 10 de novembro de 2019

"quando ouço falar de armas, saco a minha cultura"

A frase não é minha, é do Geraldinho Carneiro "apud" Ancelmo Goes. Como se sabe, as pessoas têm citado o há muito extinto general nazista e a sua sinistra frase, tão atual nesse momento, e Geraldinho se saiu com essa; levando o blog a uma de suas raras exceções à regra de não reproduzir nomes. No caso é quase obrigatório.
E a Cultura saiu da responsabilidade de um ministro pelo menos educado, calmo e tocador de berimbau, qualidades que o fazem o melhor dos piores (piores são TODOS estes) pra ser jogada no ministério de uma pessoa que, corrupta e corruptora, deveria estar presa, e isso pra nem falar das ameaças de morte à ex-colega.
Mas como se fosse pouco, a Cultura fica numa pasta encabeçada pelo ex-dramaturgo que se tornou conhecido ao hostilizar a maior atriz do Brasil em seus 90 anos. Que pretende transformar uma sala do Rio em "teatro cristão".
As rádios nacionais agora precisam pontuar determinados anúncios do governo com a frase "Pátria Amada, Brasil" antes de voltar a Ernesto Nazareth.
Isso é triste. Por um acaso sou a favor dos brasileiros saberem cantar os seus hinos e conheço as letras. Mas a doutrina do anarquismo, e pode haver outras, doutrina essa bem pacífica é bom lembrar (pacifismo? ah, isso rima com globalismo. Deve ser coisa de "ongueiro")  não encaixa nessa frase e nem encaixa no amor forçado à pátria. Essa declaração é coisa de quem usa coturno. Não alto coturno, baixo, como em "baixo clero". Combina com "ame-o ou deixe-o" e quem define o amor não é o indivíduo.
Pior que tudo: a cultura sempre brotará. A vida humana, meu Deus.. tem gente demais no mundo. Mas o meio ambiente...

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