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segunda-feira, 27 de agosto de 2018

falei das flores

"Há soldados armados, amados ou não..."
Há também generais e generais. Respeitamos muito o general Villas Bôas e  estimamos sinceramente as melhoras (não leu ele próprio, por motivo de saúde, o discurso no dia do Soldado).
Mas quanto à queixa de que a sociedade não põe no mesmo plano as mortes dos soldados da intervenção e certas outras de grande repercussão, precisamos discordar. Não há mesmo comparação.
Lamentamos imensamente a violência de um modo geral, da qual a sociedade civil é sim responsável em grande parte; lamentamos as mortes de soldados e também de policiais derrubados por fuzis de bandidos, que muitas vezes algum colega insensato e corrupto fez chegar até ali; mas não há de fato comparação.
O general não quis citar nomes mas no contexto a referência era clara. Para início de conversa farda é uniforme, confere? uniformiza aos que a envergam. É esse o seu propósito e um civil costuma ter identidade mais nítida. Depois não se pode comparar o sentimento suscitado pelo assassínio frio e premeditado de -por exemplo- uma vereadora batalhando pelos desvalidos, e a morte em combate de um soldado. O soldado assumiu o risco lá atrás.
No mais, nas críticas ao pouco empenho dos governos locais e ao pouco caso da sociedade como um todo, o general Villas Bôas tinha razão.
Que floresçam rosas na boca dos fuzis e também nas campas dos que caíram.

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