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domingo, 26 de agosto de 2018

coexistindo

Recentemente um grande ator brasileiro declarou que precisamos com urgência aprender a discordar ouvindo as razões do outro (palavras neste sentido). Pois iraquianos que nunca ouviram falar do querido Fagundes tiraram de letra. Em Mossul, tão sofrida pelas violências da guerra e da política, muçulmanos fizeram uma vaquinha e chamaram um antigo amigo judeu radicado em Londres desde 1970, e com quem mantiveram contato por essas décadas, para rever a sinagoga que garoto ele freqüentara já que havia resistido aos bombardeios.
E ainda acrescentaram, esses amigos, que "judeus e cristãos fazem muita falta; sem eles não há diversidade, o que é fundamental para ensinar coexistência".
Recomendaria o desenho animado "O Gato do Rabino", dificilíssimo de se assistir por aqui, como ilustração dessa coexistência. E cito o ditado egípcio, Sê amigo do cristão mas só comas com o judeu.
Aqui como se tem dito e redito, pois infelizmente é verdade, coexiste-se cada vez pior. As redes sociais além de ajudarem a nos espionar servem de bordão para bater nos dissidentes da maioria burra, tanto a criatura que postou fotos onde a consideraram "feia" como a atriz que foi demonizada por portar "defeito de cor".
E o país está clivado (de mil maneiras, sul e norte, evangélicos e não-evangélicos, literatos e semi-analfabetos, et coetera ad nauseam) ; com outubro pela frente ou aprendemos a coexistir ou será melhor pedir abrigo na Venezuela, levando de cambulhão os imigrantes que afinal votaram quase todos no gajo. Quem sabe, unindo forças, o que está Maduro não cai? E no caminho para a fronteira, aprenderemos, ainda que no soco, a coexistir.

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