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quarta-feira, 5 de julho de 2017

muros de papelão

Apesar de promessa um tanto leviana, a Prefeitura não tem data para um certo revestimento anti-bala nos muros das escolas em área de risco. O material é importado e não se sabe quando chega.
Mas será que era por aí? leviano prometer no vazio e mais leviano prometer que a receita mágica resolverá tudo. Não deveria ser preciso revestir muro de escola e pior, de pouco adianta, se crianças, serventes, professores podem ser baleados a caminho. Ou na porta de casa.
Sabe-se que os traficantes prezam pouco a educação, não raro ameaçam iniciativas que se proponham alfabetizar aluno em dificuldade embora alguns lancem mão do que aprenderam para manter os livros de contas da boca. Escolas públicas em favelas são continuamente depredadas, num claro recado, e continuarão a sofrer, sem um investimento maior, em várias outras coisas.
Revestimento anti-bala impedindo que aluno ou funcionário morra no perímetro da escola, eu não quero ser mal pensada, mas até parece que é para excluir a Secretaria de Educação da responsabilidade em caso de óbito no meio da rua.
Até se não houver - tomara não haja mesmo- intenção oculta, ainda é um mau investimento.
Precisamos investir não em mais grades e revestimentos e blindagens e sim em polícia melhor paga e melhor formada; e muito além dela, em mais cidadania, educação e exemplos. Ah, os exemplos...
Blindagem e grade não impede que um bandido determinado baleie a vítima em rua movimentada do asfalto, durante a locomoção pela calçada. Que dirá um revestimento na favela?
Ah, sim, o blog escreve favela, sonora palava, que não considera palavrão que deva ser oculto pelo étimo "comunidade", outro revestimento anti-bala inócuo como esse que não vai chegar no porto de Santos.
 Imaginou o samba de Padeirinho, para ficar só nele, "é aí, é aí que o lugar então passa a se chamar , Comunidade."? Rimando com Nova Aquarela. Santo Deus.

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