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segunda-feira, 12 de junho de 2017

quando for, quando vier

Mais um dia de Santo Antônio; salve todos os Compadres, as Senhoras da Rua e as entidades que vibram com eles. Uma delas, bem curiosa é Seu Zé, um dos que "tiveram corpo". Há Exus que nunca tiveram. No Rio Seu Zé é associado aos Malandros, carregando nas tintas das emoções humanas, como o humano que foi; não se exime de sentir desejo de vingança nem raiva. No Norte, sem desprezar emoções que sentimos, tem forte pendor para a cura e o trato com ervas. E diz que seu nome então, para os que estão no Sul, é Seu Zé do Norte ou Seu Zé da Jurema, diferenciando a sua persona dos Malandros.
A indumentária é a mesma, mas nessa vertente ele pode ultrapassar fronteiras, ser louvado na Amazônia colombiana ou peruana por exemplo.
Seu Zé da Jurema, que no Norte é Seu Zé mesmo até onde sei, trabalha por exemplo no Marajó, sempre de terno branco e panamá.
Esta capacidade de preencher espaços, de estar aqui assim e acolá de outro jeito, é sugerida no seu ponto cantado.
Oi Zé, quando "vim" de Alagoas, toma cuidado com o balanço da canoa.
 Oi Zé, quando for, quando vier, só não maltrate o coração dessa mulher.
Há versões ligeiramente diferentes, inclusive corrigindo o erro de português, mas canto com gramática torta e tudo; dizer"quando vim, tomei cuidado" afasta a entidade exatamente desta sua característica de estar indo e vindo e sendo um aqui e outro lá.
Seu Zé pode muito, mas precisa de folha para trabalhar. Que os Céus e a Terra inspirem governantes pelo Brasil e pelo mundo. Replantio já.
Bem, o prefeito do Rio criticou o polêmico presidente dos EUA por sua atitude retrógrada em relação aos temas de ecologia. Pode ser um começo. Que replante com urgência tudo que o antecessor mandou cortar. E que seja imitado Brasil afora.
Vamos pedir a Seu Zé.
Mojubá!

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