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quinta-feira, 11 de agosto de 2016

Há coisas que só poderiam acontecer aqui. Ou essa é a impressão que fica. A entrada de armas ilegais periga ficar mais fácil, e não mais difícil, com a morte de determinado traficante, porque quem pegou o gajo foi um grupo rival e como "prêmio" autorizou um terceiro grupo a agilizar o percurso Paraguai -Rio sem etapas. O pistoleiro está preso e esperam que possa ajudar a polícia.
Outra anomalia, e essa creio que por algum triste motivo seja mesmo estréia mundial, são as tentativas de estupro de camareiras por parte de atletas de fora. Foram duas, como se uma não fosse já muito; e serão decerto as únicas, quando mais não seja porque os faltosos foram presos em flagrante e expulsos da competição.
E isso que os países desses infelizes não são nenhum Emirado ou afim. O Marrocos é sim muçulmano mas de longe não é o lugar onde mais se reprimem mulheres; e que dizer da Namíbia. Basta ver a linda foto da delegação no desfile (com o candidato a estuprador carregando a tocha). Mas são sim países onde a mulher é em muitos casos subordinada ao homem. Mas por que razão esses anormais foram escolher o Rio? Justamente porque são uns anormais e não estavam na Olimpíada anterior. Bom motivo; será suficiente?
Será que o turismo sexual, os cartões postais agora proibidos que só mostravam bundas, as esculturas de areia de mau gosto, agora também repaginadas por força maior, influíram? Será - e não culpo a vítima, não foram elas quem vendiam os cartões nem esculpiam mulher nua pra ganhar dinheiro (de quem? dos turistas!)- será que vendemos por demais e inclusive lá fora, a imagem do corpo em detrimento da mente?
Quando vemos o culto da maromba e das academias onde só se malha a parte externa podemos talvez associar uma coisa à outra.
E não me digam que o esporte enobrece tudo; aí estão esses dois cretinos em prova do contrário. Que sobrevivamos!
E viva o barulhinho de muitos dedos batendo na palma da mão e imitando chuva: essa é a criatividade que queremos. Que possa chamar a tão necessária água do céu!

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