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domingo, 10 de janeiro de 2016

os bons exemplos

Ser minoria ou pertencer a um grupo humano explorado nunca foi garantia de bons antecedentes nem de boas intenções. Não se pode livrar a cara de quem seja, independente de gênero, cor ou religião, por conta deste particular. Assim, estão sendo punidos os refugiados que na Alemanha atacaram, e em alguns casos estupraram mulheres que encontraram em seu caminho. O infeliz que invadiu delegacia parisiense, faca na mão aos gritos de Allahu Akbar! no aniversário do massacre no jornal Charlie Hebdo fora refugiado também, por coincidência na Alemanha.
Agora a nossa PF, tentando identificar o gracioso que arrancando a camisa em mesquita carioca exibiu bandeira do EI enquanto o imã pregava a não-violência, acabou chegando noutro freqüentador do mesmo local. O que foi contratado por uma das principais universidades do Rio, por conta do currículo, apesar de ter sido expulso da França pelos seus contatos e declarações de intenção.
E isto ilustra problema ético com que conviveremos a partir de agora; vai além da ética, passa pela auto-preservação. Podia ou não podia ter sido contratado o professor de física? Quando expulso pela França, devia ou não devia ter este país monitorado para onde ele seguia? Agora que todos sabem quem é, deve ser deixado em monitorada paz, já que no Brasil não cometeu delito algum até o momento?
A iniciativa na França de convidar para chazinhos da paz na mesquita (seguindo exemplo de imãs ingleses interessados na boa convivência) visa desarmar a desconfiança. Que fatos como esses mencionados acima só poderão favorecer.
Após décadas de bons exemplos de convivência vindos da Saara carioca, teremos de aceitar que nos dias de hoje, até no Rio de Janeiro, a confiança sera sempre um tantinho desconfiada. E é pena.


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