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segunda-feira, 9 de novembro de 2015

O secretário estadual de Segurança reclamou com razão que a sociedade não se importa com as mortes dos PMs. A mim parece que metade das pessoas quer que todos eles morram (já ouvi tijucano dizer isso para a mãe) e a outra metade os trata como bonecos de barro do qual têm a cor, feitos a partir de inesgotável reserva, sem sentimento humano e completamente descartáveis.
Até assinei a petição da Anistia sobre PMs e execuções extra-judiciais; poderíamos acrescentar, crimes forjados como houve caso recente com rapaz de 17 anos. Não esqueçamos contudo do outro lado; dois dias antes disso OUTRO rapaz de 17 anos em Duque de Caxias executou um policial arrastando-o primeiro vários minutos com o seu cavalo. Desde então quantos morreram, como o moço que era PM por idealismo, tendo outra profissão?
E quantos civis foram executados por bandidos em morros onde não havia PM? inclusive há poucas semanas uma família inteira, casal de idosos e dois filhos.
Muito mais fácil encaminhar petição contra uma organização, como a Polícia Militar. Mas não é ela só que está doente e sim a sociedade inteira, atolada em suas contradições. A quem encaminhar este abaixo-assinado senão a cada um de nós?
As camadas favorecidas querem fumar e cheirar comprando da mão do bandido ou do avião que ele põe na rua, e não se sentem responsáveis pela violência. Chamam a odiada PM assim que aperta para o seu lado. A lei pune os que cultivam maconha para uso próprio. Coleciono, sem querer, histórias de PMs inclusive várias catarses de homens desesperados, amargurados; e como muito carioca tive um caso a prantear, um rapaz que ia sendo enterrado como indigente com carteira de reservista no bolso. Nada disso me faz discordar do Secretário. A polícia reflete a sociedade e temos a que merecemos.
Que a próxima petição da Anistia sobre crimes de PMs seja encaminhada para o Brasil.





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