Bem-vindo ao Blog do Caminho das Folhas.

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

um brilho mortal

Se os Quinze de Luanda ainda estão sendo julgados, a portas fechadas, é bom dizer; e se o cantor MC Kapa foi proibido de viajar para o Rio esta semana, já se tem noção bem clara de como vai mal Angola,  queridinha dos cantores brasileiros nos anos 80.
Não é, e seria igualmente inaceitável que fosse, algo focado contra o rap: só Luaty Beirão entre os 15 é do ramo, creio. Mas o rap tem uma voz crítica, e crítica é tudo o que o Camarada Presidente não quer ouvir. Tem fama, o Camarada, de cleptomaníaco: chefe de estado com problemas psicológicos tem mas é que renunciar.
Mas há outros críticos; costumam ir pra cadeia. Que é onde está Rafael Marques pelo seu livro -denúncia cheio de críticas construtivas ao tráfico de diamantes angolanos.
Os diamantes africanos causaram muita dor e guerra civil nem tão longe assim; enfeitaram a coroa daquele assassino com cara de vigia noturno bêbado da África central (que nome tinha o país na época? república é que não era se o gajo se dizia imperador). Os diamantes de Angola estão sendo parte da vergonha do seu governo.
Angola não tem só música nem só escritores-famosos-de-origem-portuguesa-radicados-no-Rio; tem pensadores, gramáticos e jornalistas de excelente nível todos. O governo do Camarada não os merece.
E os descendentes de angolanos no Brasil fariam bem em divulgar as campanhas da Anistia portuguesa, que é a seção que se interessa pela sorte dos angolanos, porque de teoria só não se vive.
Muito antes pelo contrário.


quarta-feira, 18 de novembro de 2015

luto

O luto é por mais que as vítimas de Paris: onde desta vez, como disse o correspondente do Globo, parece que ao focar o homem comun quiseram mostrar que divertimento não é um projeto bem visto pelos jihadistas.
E naturalmente mataram no embalo diversos descendentes de árabes não radicais e é bom lembrar que numericamente as vítimas principais são árabes e muçulmanas pois estão bem ali à mão... Um jornalista publicado pelo Charlie Hebdo declarou que diferentemente de outras guerras não é preciso denegrir o EI/Daesh /ISIS ou como se chamem os famigerados (lá não tem patrulha ideológica contra o verbo, e há muitos africanos assimilados) "pois eles fazem isso tão bem sozinhos"....

O luto é pelo rio Doce e pela civilidade urbana. Pode um sujeito beber todas, cheirar todas e agredir com barra de ferro a mulher que rejeitou a sua gracinha?  (Acho que ela fez muito bem em revidar, como revidou). Podem a seguir dez homens comprarem a briga não no sentido de prestar auxílio à mulher, dominar o agressor e chamar a polícia mas protagonizando um linchamento?
Quanto ao Rio Doce a presidente afirma que ficara melhor do que antes e é bom mesmo; vamos lembrar que o Tâmisa foi declarado morto e nele agora nadam peixes, assim com muitos rios alemães.
E mesmo se ela cair, será tarefa pra quem ficar cobrar tudo da mineradora.
Salve a doçura do rio Doce, viva a doçura perdida do Rio e FORA CUNHA!

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

O secretário estadual de Segurança reclamou com razão que a sociedade não se importa com as mortes dos PMs. A mim parece que metade das pessoas quer que todos eles morram (já ouvi tijucano dizer isso para a mãe) e a outra metade os trata como bonecos de barro do qual têm a cor, feitos a partir de inesgotável reserva, sem sentimento humano e completamente descartáveis.
Até assinei a petição da Anistia sobre PMs e execuções extra-judiciais; poderíamos acrescentar, crimes forjados como houve caso recente com rapaz de 17 anos. Não esqueçamos contudo do outro lado; dois dias antes disso OUTRO rapaz de 17 anos em Duque de Caxias executou um policial arrastando-o primeiro vários minutos com o seu cavalo. Desde então quantos morreram, como o moço que era PM por idealismo, tendo outra profissão?
E quantos civis foram executados por bandidos em morros onde não havia PM? inclusive há poucas semanas uma família inteira, casal de idosos e dois filhos.
Muito mais fácil encaminhar petição contra uma organização, como a Polícia Militar. Mas não é ela só que está doente e sim a sociedade inteira, atolada em suas contradições. A quem encaminhar este abaixo-assinado senão a cada um de nós?
As camadas favorecidas querem fumar e cheirar comprando da mão do bandido ou do avião que ele põe na rua, e não se sentem responsáveis pela violência. Chamam a odiada PM assim que aperta para o seu lado. A lei pune os que cultivam maconha para uso próprio. Coleciono, sem querer, histórias de PMs inclusive várias catarses de homens desesperados, amargurados; e como muito carioca tive um caso a prantear, um rapaz que ia sendo enterrado como indigente com carteira de reservista no bolso. Nada disso me faz discordar do Secretário. A polícia reflete a sociedade e temos a que merecemos.
Que a próxima petição da Anistia sobre crimes de PMs seja encaminhada para o Brasil.





segunda-feira, 2 de novembro de 2015

a língua dessa gente

Uma vendedora mineira preside uma organização de preservação visando limpar rios, e onde mais acharam campo pra atuar por enquanto foi no Estado do Rio! Guerreira assim merece muito sucesso e que a sua meta de limpar rios paulistas, sulistas e mineiros  se concretize, que o seu trabalho seja abençoado. Agora, se limpar é muito bom não sujar, e já o dizia Chico Xavier, é melhor; nem as comunidades ribeirinhas, nem as favelas cariocas, nem os governos, parecem entender tão sinples fato.
Não é de hoje que este blog reclama do município estar pondo a Limpeza Urbana pra podar árvore. Não é função deles, antes limpassem os rios e dessem palestras visando preservação. Árvore é até onde se percebe a maior inimiga desta Prefeitura, tanto que ao discar AQUELE famigerado número "poda de árvores" era dos poucos ítens que não caía no quesito "outros". E não podia ser diferente, decidiram que abricó de macaco cheira mal quando apodrece e puseram a Companhia de Limpeza pra "podar", mutilando, as belíssimas árvores do Largo do Machado.
Prefeito, tudo que apodrece cheira mal: inclusive o corpo humano, já reparou? E nem por isso... Melhor seria se os garis as recolhessem simplesmente. Mas existe uma vereadora, amiga de pendurar faixas nas esquinas alheias e inimiga há muito de árvore crescendo, que incentivou...
E com tais hostes a seu desfavor, lá ficaram os abricós sem o perfume da floração colorida.
Portanto mais ainda cabem loas à senhora mineira amiga dos rios. Ela sabe que com água suja a limpeza é precária, e sem água, inexistente.
Só uma coisa, dizia a marchinha, a água não lava: a língua dessa gente. Poderíamos acrescentar burrice e insegurança, base do ódio. E por isso, na terra da guerreira de Minas, um núcleo de mal-amados resolveu usar rede social para ofender com o seu preconceito malcheiroso a linda atriz carioca. E que fosse feia, não é essa a questão, certo?
Que a polícia ponha atrás das grades estes inafiançáveis, porque já cheiram pior do que os inocentes frutos do abricó. E sem direito a usar aplicativos. E vivam as flores do bom senso.