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quarta-feira, 9 de setembro de 2015

misturebas...

Li que andou de moda na década bicho-grilo misturar feijão com leite condensado. Bicho, aí, ainda bem que eu estava fora do País no período... parei na mistura infantil de feijão e macarrão na casa da nossa tia.
Outra estranha mistura foi o paralelo traçado na imprensa entre a atual presidente e a Princesa Isabel. Vamos com calma aí (bicho). Sem dúvida duas mulheres fortes, voluntariosas e relativamente impopulares, herdeiras  políticas de alguém mais carismático; mas aí acabam as semelhanças.
A presidente teve quando jovem a coragem inegável de lutar pelos ideais que tinha, arriscando a vida nos anos de chumbo; viva ela. Melancolicamente, quando depois eleita, pôs a máquina política na frente de tudo e perdeu bondes e bondes onde poderia ter feito diferença. Desde o início critico o Minha Casa, nem tanto por proporcionar moradias de baixo custo, mas pela baixa qualidade e nenhuma criatividade das construções. Era o momento de usar água de chuva, reciclar a "água cinzenta" para descargas... nada disso foi sequer pensado. Favelinhas horrorosas sem infra-estrutura. 
 A Princesa longe de pôr a máquina à frente de tudo, perdeu o cargo pelos seus ideais como lhe haviam avisado na famosa frase. Já era mal quista na Corte, ela e a irmã, por insistir em usar as "Camélias do Quilombo" (do Leblon, protegido oficiosamente pela Casa Real. Está na moda em determinados meios dizer que a Lei Áurea quando veio já era inócua; mas 3 breves anos antes, em Campos, abolicionistas resgatavam escravos no tronco!) Se a Lei fosse tão inócua a Princesa não caía...
Enxergo trajetórias morais opostas, invertidas, entre as duas figuras; mas não é tempo de atirar pedras: que os ventos bons inspirem e protejam a todos nos que estamos aqui hoje, trazendo estabilidade, criatividade...e respeito aos ideais.

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