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quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Cauô Cabiecile, é dia 30 de setembro.
Que haja justiça para as mulheres escravizadas no mundo, as yazidi, que o EI usa como coisa sua "porque não são muçulmanas", as mauritanianas que ainda são escravizadas oficialmente; para as africanas, muçulmanas ou não, submetidas à infibulação nos casos brandos, à ablação do clitóris nos casos médios, ou ainda à extirpação de toda a genitália externa nos casos extremos, como é praticado na Somália; as nigerianas e vizinhas raptadas pelo EI e obrigadas a servir os seus combatentes após a conversão forçada; as mulheres que mesmo em países nem africanos nem muçulmanos são escravizadas em casa pela família não raro refugiada ou imigrada, e os ministérios locais não querem enxergar o problema; 
que haja justiça para as almas das mulheres e meninas assassinadas a sangue-frio em nome de Deus; 
e que haja justiça para as bravas combatentes curdas enfrentando os soldados do Estado Islâmico sabendo que não podem ser capturadas, que a última bala terá sempre de ser para elas próprias; eles acreditam, explicam elas, que se forem mortos por uma mulher perdem o lugar no Paraíso. E esse pavor que inspiram as tem protegido.
Que as siga protegendo; que sejam vitoriosas, e na verdade o seu ato já é vitoria em si.
Uma bênção às repórteres de guerra brasileiras que foram enviadas ao front e desempenharam seu papel com coragem e brio; e aonde estejam, carinho para as minhas amigas de infância curdas, Shirin e Tara, que deste horror que vivemos possa nascer um Estado Curdo, justo e luminoso.
Cauô!





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