Faz sangrar o coração o estupro e assassínio das duas meninas Dalit (Intocáveis) na Índia. Assim como ocorria com indígenas e negros nas colônias, intocável só na hora dos direitos civis; na hora do estupro tocam, encostam, e tocam terror. Tentaram mascarar como suicídio. (Nas cidades indianas, agora os direitos dos Dalits valem; mas no campo os outros dão bem pouco valor à letra da lei. Se então se tratar de mulher...).Há um ano aquele estupro-e-morte horroroso indignou a Mãe Índia; muitos outro ocorrrem por lá, e no vizinho Paquistão outro dia a família matou a moça que ousara casar com quem queria... e se soube que esse amado assassinara a esposa para poder casar com ela (não foi por isso que a família "justiçou" a noiva grávida diante do tribunal).
A vida das mulheres parece que segue valendo bem pouco, haja vista o seqüestro e conversão forçada na Nigéria, cujo segmento norte é dominado por islâmicos há décadas.
Tem-se nojo de estar viva.
Uma das raras coisas positivas resultantes do tráfico negreiro no Atlântico terá sido - e isso o poeta esqueceu de cantar- o surgimento de mulheres sacerdotisas cumprindo funções mais abrangentes do que do lado de lá. Não que lá inexistissem ou inexistam; porém é mais restrito.
E a esse respeito lembro de um amigo senegalês lamentando que a batalha conra a excisão e circuncisão feminina, que ele apoiava, não tivesse o discernimento de separar a excisão do saber daquelas mulheres que a praticavam; notadamente o conhecimento de ervas que elas tinham e é de se esperar ainda tenham.
Creio que as feministas dos anos 70 podiam ter voltado os olhos para muita coisa que ficou então sem dizer..
sábado, 31 de maio de 2014
papo mulher
Posted by Caminho das Folhas at 12:22
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