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segunda-feira, 12 de agosto de 2013

numa escola de j américa....

Um professor de biologia do Grande Rio   (escola Herbert Moses) assustou-se com o preconceito entre alunos do ensino fundamental. Muito racismo, apelidos absurdos como "galinha de macumba" e "asfalto". Além do clássico "macaco".
 Decidiu fazer com que cada um "apadrinhasse" um dos quase 200 cativos que participaram da Revolta de Vassouras em 1838, tema que deixava de todo indiferentes os alunos de qualquer matiz de pele.
A iniciativa ou pelo menos a preocupação deve ter sido em 2008, data redonda em relação à revolta, pois em 2009 o projeto teve início, muito bem chamado "Qual é a Graça?", aludindo às piadas de mau gosto e aos nomes dos cativos, que o projeto procura resgatar.
Até quando o nome de alguns era ignorado, vão simbolicamente para o muro do quintal da escola num taquinho de mármore gravado com os dizeres "Deus Sabe o seu Nome", junto com os nomes que foram registrados, Cesária, Concórdia (havia não poucas mulheres) Albino. Os alunos patrocinaram o mármore.
E como o professor Luiz Henrique é de biologia, resolveu ir mais além, fazendo plantar e cuidar de mudas que tivessem a ver com história do Brasil, de canela e café a alface e couve.
Não, nada disso vale pontos, mas tudo isso ajudou muito nas notas gerais, no comportamento, no entrosamento entre alunos. Para não dizer nada da auto-confiança.
Brotem além de pés de canela, muitos professores Luiz Henriques no RJ, brotem muitos no Brasil.

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