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terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

magia do tempo





Neste espaço se falou de tempo outro dia ; continuo pensando na magia do tempo ao pensar em meu compadre.
Na virada do ano tentei de todas as maneiras fazer contato; secretária eletrônica desligada, celulares também, e não respondia pela rede. Acabou que apesar de não ter lhe dado um abraço não fez propriamente falta na minha virada, que foi das mais completas de que tenho lembrança- alguns dias depois notei que não houve nenhum tipo de ceia, mas acreditem, isso fez ainda menos falta.
Há dois sábados apareci pelas dez da noite no bar carioca que apesar das proporções minguadas é o gigante do samba. Estava fechado, estranhamente, com um avisinho na porta. Dei alguns passos no calçadão, com a vaga intenção de ir até o Leme onde tenho conhecidos que frequentam... e meu compadre aparece, me chamando, a poucos metros.
O "milagre"não foi só que, não tendo sido encontrado quando não fariat anta diferença, apareceu para tornar interessante uma noite que subitamente descera pelo ralo. O que ele contou me impressionou. Adotara um menino de doze anos; fora despedido do trabalho na semana em que saíra a adoção provisória; eu não o achara em nehum lugar por conta da muidança de emprego e de endereço, pois acabva de comprar um apartamento a prestação quando foi despedido. Semanas depois já tinha sido chamado para uma companhia muito maior.
O caminho deles dois também coincidiu: o garoto fugiu de casa, onde apanhava muito, exatamente pelos dias em que o meu amigo se resolvera a entrar na fila da adoção. Dormiu, o menino, uns dias na rua, lavando carros, e aceitou prontamente ir para o abrigo quando a prefeitura recolheu. Encaminhado para adoção, la idade não lhe era favorável, mas meu compadre preferia mesmo não ter que cuidar de criança muito pequena. Em um mês estava apadrinhado, em um ano adotado.

O tempo às vezes sabe o que faz.

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