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quinta-feira, 23 de junho de 2011

Deixa essa pedreira aí...

Em uma coisa avançamos na despoluição da nossa Baía de Guanabara: um bando de colhereiros foi avistado e devidamente fotografado na Ilha do Fundão. O biólogo (inclusive há poucas semanas mencionado aqui) explica que foi replantado mangue -vermelho; árvore da família das rizoforáceas, originária do Pará, vejo no pai-dos-burros digital (também existem mangue-branco e mangue-preto, e cada uma pertence a uma família diferente).
Como o nome diz é típica de manguezais e é extremamente vivaz e expansiva: tem a peculiaridade de soltar sementes já prontas para germinar. Por isso em pouco tempo a área atraiu as aves, que Deus possa abençoar. O nome “vermelho” corresponde à cor que vemos ao se raspar a casca.
Vermelho, cor de Xangô.
Quando mencionei o trabalho heróico desse biólogo, logo antes do 13 jde junho, foi em relação aos assassínios absurdamente impunes no Pará, que além de mangue-vermelho também dá coronel sem-vergonha, polícia corrupta e madereiro corruptor. Nesse meio tempo mataram mais um. Quem diria que o vermelho do partido agora no governo iria um dia fechar os olhos para essas mortes e para a destruição (além de propor e incentivar medidas que a acelerem).
Pedi a Exu o que peço agora a Xangô, caminho para a justiça. Justiça no caso não pode ser apenas pôr na cadeia quem apertou o gatilho, nem que vá junto o mandante também; e nem isso se fez até agora. Justiça precisa ir além da retribuição e restaurar aquilo que serviu de estopim, reflorestando a área.
Peço que deixe a pedreira e exerça a sua força, pois a terra precisa dela.
Xangô, meu pai, deixe essa pedreira aí,
Umbanda tá lhe chamando, deixe essa fogueira aí;
Cauô Cabieciele! Salve o São João!

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