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terça-feira, 5 de abril de 2011

deixe de dengos

Não deu outra, o tipo 4 da dengue chegou ao Rio. A vantagem é que parece dura pouco, julgando por um amigo que a contraiu. Não se fica prostrado dias e semanas convalescendo como no tipo um. Não vamos soltar foguetes, até porque a hemorrágica (salvo engano tipo 2) sempre está a postos e matando gente.
Como alguns particulares, e também responsáveis por não poucos prédios oficiais continuam deixando acumular água em pneus, latas, pisicnas desativadas, traseira de camionetas e o escambau, inclusive no centro da cidade, nunca estaremos de todo a salvo.
Mas podemos não só comer inhame todo dia, preventiva e curativamente (o amigo citado é biólogo e comeu bastante) como examinar atentamente a nossa casa. Dizer “não tenho pneus na varanda, no pátio” e “tirei há anos os pratinhos de debaixo dos vasos de planta” é pouco. Todo pernilongo aprecia a água das paredes molhadas após a sua chuveirada. Uma garrafa de água sanitária furadinha na tampa deve residir no banheiro em permanência, e esguichada após cada banho (ou série de banhos se várias pessoas vão todas tomar de noite, de manhã, mais ou menos à mesma hora) ajuda muuito. Impossível dizer que assim estarei sempre a salvo da dita cuja. Mas digo sim que durante todo o verão houve poucos pernilongos, nenhum deles Aedes, não precisando usar nem velas especiais nem outro recurso a não ser óleo de andiroba (o mesmo que mata piolhos) nas áreas expostas antes de dormir, para evitar que o eventual mosquito turista me desperte com zunidos.
Sim, essa recomendação o governo esquece de fazer. Mas já divulgou que o mosquito prefere a água limpa a cerca de um metro do piso, as gotas de depois do banho que demoram a secar. E os outros pernilongos também adoram.
E mesmo não morando em andar baixo (mosquitos voejam, e viajam muito bem de elevador) fiscalize poças d´água na rua, ralos externos da casa ou do prédio, e afins. Eu contrai o tipo um, na primeira epidemia, morando no décimo quinto andar!
Agora, se contrair, acupuntura acelera muito a cura. A esposa do zelador saltou do carro dele se queixando que o mal-estar da convalescência não acabava nunca, que tinha vindo só explicar à patroa; fiz um atendimento rápido e informal com sementes na orelha e para espanto de ambas ela trabalhou e não sentiu mais nada.
Já comprou a provisão de inhame da semana?

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