Bem-vindo ao Blog do Caminho das Folhas.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

a vacina do pajé

Quando comecei a estudar fitoterapia comprava os livros à medida que os encontrava, e na minha estante existe um, chamado “Plantas que curam, plantas que matam” de uma editora portuguesa. Um pouco maniqueísta para o meu gosto. Na seção de plantas horríveis feias malvadas está o tabaco.
Ora, além de servir para elaborar florais CONTRA o tabagismo (ninguém duvida que o cigarro faça mal; sei que Minas tem essa essência, e outras linhas também; presumo que funcionem já que florais de um modo geral funcionam maravilhosamente, mas esta ex-fumante parou há muito tempo sem floral nem adesivo, e quem chega aqui, até socialmente, por acaso nunca é fumante) além desse uso vibracional, e além da clássica receita para afastar pulgões das folhas do quintal, leio que de uma variedade de tabaco vem sendo desenvolvida vacina contra febre amarela, mais segura do que as existentes. Ah, e é criada no Brasil, por pesquisadores da Fiocruz.
Isso é um belo retorno de carma para os detratores da planta. Nenhuma planta é feia horrível malvada, nem a coca (muito menos a coca, que é usada em ritos divinatórios andinos e ainda serve para curar o “sorocho” de quem chega da planície) nem outra alguma. Um pouco como no caso dos pitbulls, quem tem culpa do mau uso são os seres humanos. Se a espécie está ali, cumpre uma função. (Sim, até barata. Mas não na casa da gente! Que sirva bem longe daqui de alimento para os animais – e exóticos humanos- que a têm por iguaria...)
Claro que na magia ainda existe outro uso para o tabaco. Nas Américas, o fumo tradicionalmente ajudava e ajuda nas divinações; em cachimbo ou charuto. Na Umbanda a maioria dos guias adultos fumam uma coisa ou a outra: mais uma vez ajuda à divinação. E a fumaça pode ajudar o guia a defumar e mesmo a curar um consulente. Ou seja ninguém precisa frequentar a terra daquele moço soturno do cavalo e do chapelão para aprender com essa folha de usos múltiplos, como são múltiplas as facetas do entendimento.

Nenhum comentário: