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segunda-feira, 26 de julho de 2010

Salve o dia de Santana

Do meu livo Umbanda Gira (Ed. Pallas):

Nanã, vibração jeje "importada" para o culto nagô pelo sincretismo que se deu no Brasil, não está entre as mais conhecidas do grande público. Geralmente é vista como um orixá velho; em conseqüência, muitas filhas ou afilhadas temem recebê-la. Dizem que têm vibração de Oxum por exemplo. Ora, quem tem Nanã nasceu com ela... Nanã, orixá da lentidão, da terra molhada, da lama, é uma vibração que entre nos ficou também ligada ao fundo do mar, ao fundo dos lagos onde o lodo permite ao lótus vir brotar à luz do Sol. Os estranhos peixes das águas sem luz, e que portam a luz no seu terceiro olho, navegam nas suas águas - não é à toa que Nanã representa a sabedoria. O fundo das águas representa morte e vida, e Nanã é uma das vibrações que acompanha na última viagem. Nanã é uma guardiã dos mistérios da vida, é Mãe da raiz do mundo, Mãe dos segredos primordiais dos velhos mares de onde os primeiros seres saíram.

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