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quarta-feira, 9 de setembro de 2009

nunca ferva a seiva

Consegui erva-macaé no horti-fruti e tenho consciência da minha sorte, pois veio com muitas sementes que estou deixando secar pra ver se consigo semear. Explico. Já nasceu para mim, trazida pelo vento (Eparrei!) no outro apartamento, em Botafogo, e olha que era no décimo-quinto andar. E eu consegui identificar, vi que era bom para febres, quando alguém teve uma virose braba usei e passou miraculosamente. Pouco depois a erva morreu me deixando desolada. Meses depois rebrotou e mais uns meses outra virose (não lembro se foi a mesma pessoa, não fui eu) e outra cura, e outro sumiço quase instantâneo da folha. Erva de Ossãe, como a maricá.
Aí não passou uma quinzena, fiquei sabendo que não se deve nunca ferver essa folha ou o pé seca. Depois fui sabendo que essa e essa outra também não pode. Em resumo, como nem sempre sabemos se determinada folha pode ou não ser fervida, NÃO FERVAMOS JAMAIS. Não se ferve a seiva, em suma. Folha seca não tem problema. Se a folha é fresca ou foi conseguida fresca e ainda não secou de todo, o que se faz é uma infusão, vertendo a água no bule ou caneca onde estão as folhas.
Isso até se o pé não for do seu quintalzinho, não é, minha flor; até se comprou ou ganhou os galhinhos. É bem evidente por quê.
Fitoterapia em todo caso vai muito além de preparar chás ou banhos; os vegetais que você come são fitoterapia se estiverem frescos claro, nada congelado ou desidratado e tal... Os temperos: sementes e folhas são. Lembro de um casal que tomava de manhã em vez de café, capim-limão. É fitoterapia e como tal não devia ser tomada sem interrupções. Capim-limão todo dia pode baixar a pressão. Voltarei ao tema do café...
Fitoterapia pode ser até algumas folhinhas frescas grudadas num machucado pequeno ou em ponto de acupuntura. Funciona muito bem.
E para fechar com a macaé, também chamam de rubim, amor-deixado, santos-filhos y otras cositas más; por isso importa saber o nome científico, Leonurus sibiriticus. Agradeço quem souber a tradução me enviar: até aí não foi o meu latim.
Caminho das Folhas, o blog que fornece os nomes científicos.

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