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quarta-feira, 12 de agosto de 2009

joga fora no lixo

A Lua está minguante, boa fase para limpezas. Em boa hora segue o lixo inglês de volta para o lugar de origem, ponto para o Minc. Não sei se a televisão mostrou o que alguns jornais publicaram: o lixo inglês não aparentava estar separado como manda a cartilha, e sim vergonhosamente misturado, mesmo descontando as sacolas inevitáveis que forram lata de lixo. A Piauí falava de vidro e eletrônicos tudo de cambulhada, mas além de eu não ter visto com meus olhos pode ter se misturado tudo dentro dos receptáculos.
Ah sim, havia, claro, um agente tupiniquim em Londres servindo de elo.
Nada disso é motivo para não separarmos o lixo aqui. Se você mora em área sem coleta seletiva, mas tem carro, separe mesmo assim e deixe em pontos de coleta. Os papéis o catador também pode levar. Se nem catador na sua área tem, do que duvido, leve os jornais para a Suípa que sempre está pedindo.
Muita coisa que vai para o lixo não deveria ir. A multimistura que salvou tantas vidas de criança era feita quase que só com cascas comestíveis. Infelizmente as cascas são as mais contaminadas, mas em sua casa podem servir de adubo. E naturalmente: se consumirmos um pouco menos geraremos menos lixo...
O que não se nota muito no País é uma política urgente, abrangente e fundamental em termos de descarte, em particular de pilhas e baterias. Parece que estamos nesse ponto ainda nos anos 50, fascinados com o brinquedinho que mexe, a maquininha que fala. E quando acaba a pilhinha, rebola no mato, como diziam. Literalmente no mato, às vezes. Alguns pontos da cidade aceitam bateria de celular, e as outras? e as pilhas? as cestas verdes da Comlurb são para pilhas, e aonde vão parar? Lixo contaminado com pilha velha NÃO serve para adubar hortas. Já houve casos assim no Brasil, o lixo orgânico separado na central revelou-se inadequado para os fins propalados. E continua inadequado, ou você acha que mais ninguém atira pilha na lata de lixo? Quero os relógios mecânicos de volta, os que faziam tique-taque e tinham conserto quando enguiçavam!
Procuremos saber o que fazem com as pilhas, tanto as devidamente separadas como as que largaram na lata da cozinha.
E embora já haja prazo para acabarem as sacolas de plástico nas lojas, ninguém explicou o que vamos fazer com o lixo doméstico: botar numa sacola de alças ecológica? Comprar sacos de lixo! que metade da população não usa, porque usa sacola de compras. Eles continuarão a ser como são? Não ouço dizer que têm prazo para se tornarem biodegradáveis. Biodegradáveis as sacolas do mercado também se podem tornar; não sendo biodegradáveis os sacos que seremos forçados a adquirir, haverá pouca vantagem... e olha que perguntei ao meu assessor para assuntos biológicos que concordou comigo. Falta uma política ambiental mais pensada e coerente, em suma falta o que sempre falta, educação.

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