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sexta-feira, 24 de abril de 2009

tempo bom, tempo ruim!

Além da óbvia homenagem a Oyá e a Caetano, no título pensei também na chuva. As moças do tempo usam tempo bom como sinônimo de sol, mesmo em período de seca. Deveríamos descrever o fenômeno- sol, chuva, o que seja- sem subjetividade. Mas li faz tempo que na Região Nordeste haviam conseguido eliminar essa expressão, que soava quase acintosa nas circunstâncias. Não sei se a conquista ainda se mantém. Chuva é o céu falando, se vem com desquilíbrio fomos nós que provocamos. Procuremos entender os recados. E lamento que mais uma vez a nobre Prefeitura da cidade de São Sebastião tenha firmado um convênio para mexer no tempo, afastando chuva. Não que tenha adiantado outro dia, quando o ilustre foi organizar festa na Lagoa...
O tempo cronológico merece respeito e atenção. Lua minguante é boa para todo tipo de limpezas não diárias, como armários, prateleiras altas, e limpezas astrais. Aproveite a energia a seu favor, é tempo mais de retirar obstáculos do que de erguer construções. Se seu quintal está entulhado de colchões velhos e tijolos quebrados, nada vai florescer nem ali nem na sua vida.
Na Lua Preta, como no dia do plenilúnio, é melhor evitar acupuntura como aliás cirurgias adiáveis. Lua Preta é o dia em que não se vê a Lua. Para mim Lua Nova é a primeira luazinha percebida na tarde seguinte. Existem excelentes calendários lunares e você pode montar o seu, com os dados do Observatório Nacional.
Na Lua Preta do sábado 25 finda realmente a energia da Quaresma. Sim, ela acabou outro dia para todos fins litúrgicos. Mas enquanto dura a sua segunda Lua a vibração mais pesada não foi embora. Sempre sinto mais difícil de levar a segunda Lua da Quaresma, e mais dinâmica a primeira. Sem me alongar aqui nos porquês, talvez não seja demais lembrar que a Quaresma - em tese 40 dias, muitas vezes mais- vai das Cinzas à Páscoa, abrangendo dois ciclos lunares incompletos. A Páscoa é o primeiro domingo após a segunda Lua Cheia depois das Cinzas (ou após o equinócio, se preferir); na ânsia de comer ovo de chocolate tendemos a esquecer, não só o motivo da festa, mas o muito trabalho que vamos ter pela frente.

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