Meu pai dizia que os astecas "já eram os romanos da história". Mesmo na aludida decadência moral mostravam imensa criatividade, servindo aos seus propósitos belicosos e violentos. Estes dias uma pesquisadora postou sobre os apitos de morte astecas; morte essa, entende-se, dos outros, não deles. Havia de dois tipos, ambos de barro com câmara de ressonância, um imitando lamentos de homens e outro gritos femininos de pavor. Usavam-se na guerra para declarar as intenções, ou nos rituais de sacrifício. Quem não quisesse morrer na faca podia morrer antes, de susto.
Agora ressurge um asteca tingido de louro, não literalmente canibal nem portador de faca; seu apito não é de barro, é eletrônico. Há dúvidas sobre a sua sanidade mental, mas o propósito belicoso e expansionista é muito parecido. É servido por eminência parda filho de imigrantes (como o asteca louro) que tenta fazer esquecer que os avós fugiam do Holocausto, O asteca ancestral não fugia de Holocausto; mas imigrou. Tivesse chegado no Mayflower nada mudaria: não se pode dar ouvidos ao apito de morte.
Não se pode morrer de véspera; entregar o ouro ao bandido. Nem, habitantes do Cone Sul, pensar: Isso tudo é longe daqui e um país mestiço assim não interessa a um racista. O Panamá não fica tão longe daqui. terra aliás mestiça.
O que se estira demais fura e esgarça. Apitos da morte eram de barro, e de barro são os pés dos falsos deuses.
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