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domingo, 11 de fevereiro de 2024

Hora da Verdade

Quando o ministro revelou na entrevista ao Globo que tinha havido um plano para o seu sequestro e, segundo quem conspirava, subsequente execução (em praça pública ou na moita, num automóvel, aí também segundo o conspirador) alguns presumíveis aliados seus duvidaram, nas entrelinhas.. Era a primeira da série comemorando a resistência do Estado de Direito após a intentona do 8 de janeiro 2023.

O plano, sabemos agora, não só era verdade como de início incluía mais dois sequestrados, o presidente do Senado e outro ministro do STF. Revelou agora o ex-ajudante de ordens que o então mandatário deu "uma tesourada, enxugou o texto". Não foi o texto, querido, foi a ideia; pode ter achado que vivos dariam trabalho, executados causariam outros problemas, dissolvendo o foco.

O Brasil pôde apreciar o alto nível moral dos conspiradores. O Oxímoro Fardado, general chefe da Casa Civil, indignado com um coronel honesto que se recusava a participar, sugeriu infernizar-lhe a vida, e da sua família. Faceta da preocupação com a família que apregoavam sempre? Já o então ministro da Justiça resumiu: - Vamos todos se foder, senhores.  Concordância do ilustre. Dos outros generais, um queria virara a mesa antes da eleição, e o outro descreveu opositores como "inimigos, ressaltando que como militar é treinado para pôr inimigo fora de combate.

Neste momento? um destes quatro-estrelas recebeu a visita da PF que saiu carregando vultosa sacola de documentos. Outro coronel retornou ao Brasil para ser preso a o descer do avião. O Comandante da Aeronáutica declarou que quem infringiu a lei deve ser punido. E o ex-mandatário? Esse já se dissociou das atitudes dos citados generais. Diz que não tinha nada com "isso daí", porque não saiu da boca dele.  Ah?

Bem, devagar se vai ao longe, um passo depois do outro e o jogo de pega-varetas continua. Hora da verdade.





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