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sexta-feira, 3 de fevereiro de 2023

pra não dizer que não falei dos cantos

 Esse vai pra Rubem Braga,

Na Argentina um engenheiro percebeu um cilindro de pau amarrado ao poste que devia vistoriar na pampa. Percebeu que o cilindro era um pedaço do poste antigo. E descobriu entrando e saindo pelo orifício que haviam produzido um casal de pica-paus.  Cuidando da ninhada. Parece difícil imaginar o par aguentando a barulheira de serrarem o poste acima e embaixo do pedaço preservado, mas preferiram isso a perder o trabalho.

Não descobri como se diz pica-pau por lá, Sabiá sei, é zorzal. Serve?

Na banca onde compro toda semana um exemplar da Folha e às vezes do Estadão, está suspenso uma gaiola mínima com um coleiro dentro.

Reclamo com o jornaleiro, um da família que vejo pouco: o coleiro é dele

.- Esse é um que comprei pequeno ainda .Pequena? Gaiola grande não serve não pra passear. Em casa tem um gaiolão.

O jornaleiro vem trabalhar. O coleiro vem passear (e servir de rádio). Divisão de tarefas.

- Fêmea? Claro que tem. Dentro da gaiola grande. Em casa.

Pragmatismo, a fêmea não canta, então não "passeia", é uma coleirinha do lar.

Não suporto que engaiolem passarinho mas esses, comprados no criadouro ou viveiro ou como lá se chame, não têm vida ruim. Rubem Braga ia gostar de saber.




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