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sexta-feira, 11 de fevereiro de 2022

de bêbados e equilibristas

 Será que está, de novo, bêbado? há pouco o rapaz do tal Flow, convidado a visitar o Museu do Holocausto no Brasil, aceitou, ótimo, acrescentando que "será um prazer". Meu Deus, como é que esta pessoa tem seguidores e trabalha com comunicação? Totalmente sem noção do uso das palavras; totalmente sem estudo também ou pouco aproveitou das aulas de História. Talvez tendo familiares de origem árabe, como o sobrenome indica, expresse algo infelizmente não raro, o preconceito contra judeus que a História ajuda a explicar. Lembrando que antes da criação do Estado de Israel conviviam em harmonia, e existia um ditado "seja amigo do cristão mas só coma com judeus", isso porque as restrições alimentares aproximam bastante o que é kosher e o que é hallal.

Noto também a infeliz tendência ao uso do ingreis. Flow. Monark. Prefiro o saudoso sambista Monarca, com A mesmo. Isso o rapaz não inventou, é mal que assola o globo. Mas o principal é que EXISTEM sim  simpatizantes nazistas no país; em São Paulo um morador, brigando por vaga, chamou o outro de "judeu sujo"  e queria "acabar com a sua raça imunda"; se isso não é antissemitismo não sei o que é. E florescem, se cabe o verbo, partidelhos neonazistas no Sul.

Em Salvador a loja do aeroporto removeu as estatuetas de "Escravos, a 99,99 reais a unidade". Não peguei com a mão, não fui lá, mas parecem muito imagens comuns de loja de artigos religiosos, Pretos Velhos e Pretas Velhas, para uso em terreiro de Umbanda ou para se ter em casa. A loja acrescentou os grilhôes e deveria ter sido denunciada antes. Vale acrescentar que não há obrigação expressa no culto umbandista da entidade Vovô ou da Vovó ter sido escravo. Pode ter falecido bem depois da Lei Áurea, ou ter vivido forro. É impreciso. Alguns guias sim eram cativos e o dizem, outros calam. O que é certo é haver mais esta outra faceta no desrespeito, usar essas imagens destinadas ao culto para vender vergonha.

Muitas vezes tenho vontade de propor a criação de um país decorrente de secessão, sito no Sul, em forma de S serpenteante para haver acesso ao mar para todos, onde poderiam viver admiradores das pautas armamentistas e afins. Bem longe da Amazônia. Vejo que esse estado de pesadelo teria de acolher também baianos. O equilíbrio ainda está distante. Ai de nós.




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