quosque tandem

Hoje é dia do Meio Ambiente, que é como dia da Árvore, da Mulher, do Indígena e tal: todo dia.
Aí vai uma boa notícia pra todos nós. Sabe aquela doença no começo do ano que chamávamos de brincadeira de "algua"? Não era transmitida por algas proliferando em esgoto, não. Que bom, o vilão era esgoto mesmo, e também dejetos industriais. Por isso a sua reincidência geralmente tomava outra forma, como febre alta. Dejetos são indigestos. Nem pense você que esteja melhor agora, se era assim antes da pandemia e dos rolos governamentais, imagina agora, siga cozinhando com água filtrada.
Talvez para homenagear a semana do Meio Ambiente, talvez por motivo mais oportunista, brotaram duas vinhetas do Exército nas rádios nacionais. Uma diz que o Exército é a Mão Amiga pra defender o Meio Ambiente. Folgo em saber. Pena que esperaram ser enviados à Amazônia pra começar a proteger, e ainda assim tal proteção parece fraca e discutível. A outra explica, inacreditavelmente, que o Departamento do Meio Ambiente do Exército é subordinada a outro, do imobiliário! Mas, no mesmo lugar? Esta vinheta termina com Braço Forte, Mão Amiga e confesso que no contexto prefiro manter distância. A distância que não posso manter das vinhetas, que me obriguei a ouvir.
 Para ninguém achar que falo mal do Exército à toa, gostei da entrevista do ex-ministro general hoje sexta no Globo.
Agora o ministro que queria "passar a boiada" abriu licitação para um veículo blindado de um milhão, porque teme pela sua vida. Teria sido ameaçado por militantes da causa verde. Ou talvez um beija-flor.
Então quando a Europa diz que não se pode acreditar nas boas intenções do Brasil para com o Meio Ambiente, temos que lhe dar razão.
Até quando isso?