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terça-feira, 7 de janeiro de 2020

o pior em cada um

"No entiendo ni mierda..." afirmava furioso o jovem turista parado perto da caixa, em feroz discussão ao celular. O interlocutor parecia recomendar que perguntasse algo mas ele não falava nem portunhol o que dirá português e indignava-se porque as pessoas lhe falavam e ele "ni mierda".
À saída eu tirava dúvidas com o gente de frente de loja e ouço "escusê mi!" e passa o bólido, cara de poucos amigos e chapéu de palha de náilon.
- Caramba, com o esforço em falar mau inglês ele aprendia no mínimo portunhol, "escusê mi" francamente... - Contei a fúria monoglota ao celular e infelizmente conclui - Tomara que seja assaltado- abrindo no ato um enorme sorriso na cara do gerente e da segurança. A segurança, moça sem dúvida cheia de artes marciais por trás dos cachos, viva a igualdade.
É que, com ela e o gerente o rapaz já devia ter tentado o contato...
Porque pessoas como o jovem turista despertam o que há de pior em nós.
Assim como desperta o nosso pior gente que elogia milicianos, gente que afirma que jornal alimenta desinformação, gente que chama a mãe do jornalista de "égua sarnenta" e eu espero que perca o processo...
Viu? como despertou? Pessoas que trabalham com o pior, no pior vibram as emoções que despertam.
Entra ano, sai ano...



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